Chefes de cadeia em Bragança ajudaram um preso a fugir para o estrangeiro.
Foi um dos arguidos no processo, Alfredo Palas, que fez a denúncia que tramou o casal, que usava os cargos de chefia na prisão para obter bens e dinheiro dos reclusos em troca de favores, como pareceres favoráveis ao acesso à liberdade condicional.
Os arguidos ajudaram mesmo um preso a fugir para o estrangeiro durante uma precária, e por lá esteve fugido quase cinco anos. O casal responde por três crimes de corrupção passiva, dois deles para ato ilícito.
Os ex-presos ajudados estão acusados de corrupção ativa. Estão todos em liberdade, com termo de identidade e residência. O casal recebeu quantias em dinheiro, relógios em ouro, eletrodomésticos e até jantares e viagens pagas pelos outros arguidos no processo.
Era Carlos Alberto Cordeiro, chefe principal dos guardas prisionais no Estabelecimento Prisional de Bragança, entre 2004 e 2011, quem, quando se reformou, abordava os reclusos e lhes propunha os negócios.
A mulher, Maria Vanda Martins, chefe de secção administrativa no Estabelecimento Prisional de Izeda , sabia de tudo e era conivente. Atualmente, está proibida de exercer funções.
Tânia Rei
Correio da Manhã
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