terça-feira, 30 de outubro de 2018

Empresas aproveitam beneficiários de subsídio de desemprego e de RSI como mão-de-obra barata

Existem medidas de emprego que estão a servir de aproveitamento para as empresas e instituições para mão-de-obra barata.
Esta foi a principal crítica de Ivone Florêncio, responsável pelo Núcleo Distrital de Bragança da Rede Europeia Anti-pobreza, numa mesa redonda que decorreu ontem para assinalar o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, onde o tema principal foi o emprego.

“Os desempregados a receber o subsídio de desemprego e os beneficiários do RSI são de facto a mão-de-obra barata para as instituições, que os aproveitam. Mas é importante reflectir, sobre a dificuldade de encontrar trabalho ou emprego para as pessoas que não estão a receber, nem uma coisa nem a outra”, destacou Ivone Florêncio.

Outro dos problemas que foi destacado é a falta de trabalhadores para desempenharem funções nas instituições de solidariedade social, como salientou Telmo Mesquita, vogal das IPPS do distrito de Bragança: “cada vez mais as IPSS são procuradas para ajudar nesta pobreza, mas tem cada vez mais problemas em contratar colaboradores para as instituições. Nós temos relatos de instituições de meios rurais de encontrarem pessoas porque não existem pessoas capazes para trabalharem com os idosos”.  

A conferência decorreu em formato de mesa redonda promovendo o debate sobre As fragilidades do mercado de trabalho social e foi destinado a desempregados trabalhadores, empresários, comerciantes, dirigentes, técnicos de instituições e comunidade em geral.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Maria João Canadas

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