sábado, 20 de outubro de 2018

O pão e o tempo actual, onde se pode juntar o útil ao agradável.

Por: António Orlando dos Santos 
(colaborador do "Memórias...e outras coisas...")
No dia 16/07/2018 escrevi e publiquei um texto em que contei as idas à Padaria do Necho e em que eu e o meu irmão Marcelo, no regresso, parávamos na Rua dos Gatos, pousávamos os sacos em cima das escadas exteriores, que estavam como que feitas para o nosso tamanho e cortávamos à mão os têtos que sendo como que excrescências do próprio pão eram saborosíssimas! 
Lembro aí quase no fim do texto, que os agentes da Câmara de Bragança e hoje acrescento, da Associação Comercial e Industrial, que têm por missão, promover a Região, que deveriam promover mais o pão de Bragança, região no seu todo e louvar a gente que foi capaz de furar e vencer o marasmo em que caíram outras indústrias, considerando como indústria a própria agricultura, que tem como trunfo os sabores que os géneros alimentícios nativos possuem, aqui, nesta terra de sabores.
Dizia eu, que as e os padeiros de Bragança conseguiram produzir pão de alta qualidade por processos artesanais, onde se adaptou algum engenho e arte. Não me parece que alguém tenha ligado coisa alguma ao que escrevi, excepto alguém de Mirandela que hoje publicou um texto de semelhante cariz e que pede também para que a Câmara de Mirandela faça uma feira para promover a qualidade (que é também boa), do pão de Mirandela. 
O texto é assinado por Jorge Lage e pode ler-se aqui e que diz no último parágrafo ser interessante ver a feira do pão em Mirandela.
Estou certo de que a recepção da CMM, será em moldes diferentes da que dispensa usualmente a CMB. Claro, se os de Bragança dormem, alguém permanece acordado e bem desperto.
Pense-se nas alheiras, no fumeiro, no folar, no que aconteceu à caça e à pesca e pensemos qual foi a razão porque nas outras terras aconteceu o contrário! 
Do nada fez-se uma indústria e nós duma indústria temos nada (ou quase nada).
Este é mais um desabafo meu, que sei, está condenado ao destino dos brados de desespero gritados em pleno deserto.





Vila Nova de Gaia, 20/10/2018
A. O. dos Santos
(Bombadas)

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