sábado, 10 de novembro de 2018

Câmara de Bragança investiu 1,5 ME em residências universitárias

A zona histórica de Bragança vai acolher mais 12 estudantes estrangeiros numa residência universitária inaugurada hoje e que é já a terceira construída pela Câmara Municipal com um investimento global próximo de 1,5 milhões de euros.
Desde 2012 que, com recurso a fundos comunitários, o município adquiriu e recuperou três edifícios degradados da zona histórica da cidade e os entregou ao Instituto Politécnico de Bragança para alojamento de estudantes estrangeiros.

A parceria entre a Câmara e o Politécnico de Bragança foi apontada hoje pelo secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Sobrinho Teixeira, como "um bom exemplo da política que o Governo quer seguir e que passa pela humanização das cidades e a recuperação do edificado que existe para os estudantes".

O Governo apresentou, em maio, o Plano Nacional de Alojamento para o Ensino Superior (PNAES), ao abrigo do qual Instituições de ensino superior públicas e autarquias podem recorrer a um fundo de reabilitação de edifícios se os quiserem disponibilizar para residências universitárias.

De acordo ainda com executivo, estão em fase de celebração protocolos para cerca de 30 imóveis que envolvem várias instituições com um custo estimado de cerca de 10 milhões de euros, a assumir pela Fundiestamo, através da constituição de subfundos.

O Secretário de Estado disse hoje, em Bragança, que espera "até setembro disponibilizar as primeiras camas" a nível nacional, antes do início do próximo ano letivo, e desafiou as entidades locais a aderirem a esta estratégia.

O presidente da Câmara, Hernâni Dias, afirmou que Bragança não deixará de "apoiar qualquer estratégia que tenha a ver com a possibilidade de aumentar a capacidade de alojamento" para estudantes, mas ressalvou que "a responsabilidade cabe ao Governo a nível central, mais do que a qualquer autarquia".

"O Governo tem em primeiro lugar de disponibilizar meios financeiros para que nós possamos alocar também algum financiamento, mas o grosso terá que vir por via do Governo ou então arranjar alternativas que tenham a ver com a possibilidade de crédito bonificado", afirmou o autarca.

O secretário de Estado respondeu que "o envelope financeiro não vai ser problema", sublinhando que "um dos fundos não implica qualquer financiamento dos donos do imóvel e noutro é um empréstimo que variará entre zero e um por cento".

Para já, a estratégia da Câmara de Bragança continua a passar pela parceria celebrada há seis anos com o Instituto Politécnico e que já permitiu disponibilizar 57 camas em três residências, na zona histórica da cidade.

Este alojamento destina-se apenas a alunos internacionais que estão em mobilidade em Bragança, mediante acordos que com outras universidades, sobretudo de países de expressão portuguesa, como explicou o presidente do politécnico, Orlando Rodrigues.

A Câmara adquiriu e recuperou os edifícios e o politécnico assume a gestão e manutenção dos mesmos.

Esta parceria contribui, no entender do autarca local, "para a reabilitação do património na zona histórica, para o processo de internacionalização do politécnico e para a dinamização do centro histórico da cidade com mais gente ali a morar".

Agência Lusa

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