quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

Benjamim Rodrigues pronuncia-se sobre encerramento dos dois museus municipais em Macedo de Cavaleiros

Sobre o encerramento dos dois museus municipais Martim Gonçalves e Arqueologia Coronel Albino Pereira Lopo, Benjamim Rodrigues, autarca de Macedo, explica que ambas as entidades não chegaram até agora a entendimento e acusa a Associação Terras Quentes de ter tomado uma posição unilateral:
“Houve um desentendimento entre o presidente da Associação Terras Quentes e a nossa vereadora da cultura relativamente ao financiamento.

Depois, surge esta decisão unilateral de encerrar os museus, o que em termos das alíneas do contrato de comodato, significaria logo a cedência de instalações para o município.”

De recordar que em março do ano passado, estes dois museus estiveram fechados durante uma semana por falta de financiamento da autarquia, situação que ficou resolvida depois de uma reunião entre as duas entidades, com a qual a câmara se comprometeu a assegurar as despesas e o pagamento dos salários, permitindo que ambos os museus se mantivessem de portas abertas, havendo, no entanto, algumas contrapartidas por parte da associação.

Benjamim Rodrigues garante que essas obrigações não foram cumpridas, e que a afluência aos museus era muito baixa:

“No último mandato, ainda liderado pelo Dr. Duarte Moreno, os museus receberam 35 mil euros à Associação Terras Quentes para Manter os Museus abertos. O ano passado, nós demos entre 55 a 58 mil euros o que é substancialmente mais.

O que é certo é que, em contrapartida, eles tinham uma série de obrigações protocolares para connosco, nomeadamente a publicação de cadernos da Associação Terras Quentes, sobre o passado arqueológico do nosso município. Isso não foi desenvolvido, assim como outras atividades.

O número de visitantes que esses dois museus tiveram em conjunto durante o ano passado foram cerca de 340, ou seja, tiveram uma média de meio visitante por dia, o que é muito mau.”

No entanto, o presidente diz que a autarquia está disposta a voltar a dar o mesmo financiamento este ano, se as condições do contrato forem cumpridas por ambas as partes, e aponta já uma alternativa no sentido de tornar os museus mais funcionais:

“Há possibilidade de chegarmos a acordo e estamos dispostos a dar o mesmo valor dado o ano passado, se eles cumprirem as obrigações estipuladas em função do contrato de comodato.

Há a possibilidade de tentar reunir os dois edifícios em um só, racionalizando meios, tornando-o menos dispendioso e mais mais funcionais.

Os museus terão sempre que existir.”

Benjamim Rodrigues referiu ainda que o montante pedido o ano passado pela Associação Terras Quentes foram 85 mil euros.

Até ao momento, continuamos à espera da reação da gestora dos museus, a Associação Terras Quentes, sobre este encerramento.

Escrito por ONDA LIVRE

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