quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Envelhecimento do Nordeste Transmontano pode ser combatido com a imigração, defende Francisco George

O antigo diretor-geral de Saúde, Francisco George, defendeu em Torre de Moncorvo, no decurso do seminário: “Envelhecer no distrito de Bragança: Que Respostas?”, que as questão relacionadas como o envelhecimento do território do Nordeste Transmontano e do país, “não só de agora”.
“Tudo isto é um processo longo e gradual, do qual já se estava à espera, e que foi construído por nós próprios. Foram os governos, com as suas políticas sociais, com o Serviço Nacional de Saúde (SNS) que deram contributos para vivermos e melhor e mais tempo”, concretizou o médico, especialista em saúde pública.
Segundo o especialista há cada vez mais indicies de envelhecimentos acentuados, e uma “fecundidade” baixa.

“As mulheres em idade fértil poderiam ter mais filhos. Em cada 10 mulheres [em idade fértil], nascem 13 crianças, quando o desejável, seriam no mínimo, 21 filhos, na maioria do sexo feminino, Este seria o número ideal para se continuar a assegurar a continuidade das gerações”, vincou o palestrante.

Francisco George garante que os políticos ou órgãos de soberania em Portugal sabem desta problemática, mas pouco está a ser feito, apesar de haver algumas soluções.

“A imigração poderia ser uma solução para resolver o problema demográfico do país. Isto é, para além de se estimular a natalidade, como fazem os países do norte da Europa, não podemos ter receito de receber imigrantes, como outros estados o fizeram. Podemos, incluir, sem nenhum receio, mais refugiados”, adiantou o médico.
Este seminário foi promovido pelo município de Torre de Moncorvo e pela GNR, juntou vários especialistas e autarcas, no decurso das comemorações do dia do Comando Territorial de Bragança, daquela força de segurança.

Por seu lado, o presidente da Câmara de Torre de Moncorvo, Nuno Gonçalves, frisou que o envelhecimento da população é um tema que preocupa os autarcas do país.
“Nós, cada vez mais, somos confrontados com os toque dos sinos das nossas vilas e aldeias, a anunciar mais um funeral e cada vez menos confrontados com o nascimento de uma criança. Para mantermos a população atual do país, precisamos da entrada de 50 mil imigrantes, todos os anos e durante mais de três décadas”, contabilizou o vice-presidente da CIM - Douro, Nuno Gonçalves.

Em jeito de conclusão, o também autarca de Torre de Moncorvo, disse que os territórios de baixa densidade, começam a pouco mais de 50 quilómetros do litoral.
“Este é um problema que tem de ser combatido. Não acredito que seja através de subsídios, mas de outras formas de apoio social ”, concluiu o autarca.

Francisco Pinto
in:mdb.pt

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