quarta-feira, 19 de junho de 2019

Bragança centro da cultura judaica durante cinco dias

A cidade de Bragança é o centro da cultura judaica durante cinco dias, entre quarta-feira e domingo, com um encontro que, pelo segundo ano consecutivo, junta academia, empreendedorismo, artes plásticas, música e cinema.

O evento Terra(s) de Sefarad --- Encontros de Culturas Judaico-Sefardita assume-se como um momento de "reflexão sobre a memória e o património judaico em Portugal e em todo o Norte da Península Ibérica", promovido pela Câmara de Bragança.

A cidade tem dois espaços museológicos dedicados à temática que, junto com o encontro, têm como propósito "perpetuar a memória judaica no território, associada à diáspora, para que seja um fator de aproximação das pessoas", segundo o autarca, Hernâni Dias.

O encontro dedicado aos judeus da Península Ibérica terá como atividade-âncora um congresso internacional sob o tema "Diásporas, Identidade e Globalização", com a coordenação científica da Cátedra da Estudos Sefarditas da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

O programa contempla o I Fórum Económico e do Empreendedorismo Sefardita, um debate sobre "os bons exemplos da dinâmica pluricontinental", havendo ainda um encontro da historiografia local e regional sefardita, concertos, mercado 'kosher', entre outras iniciativas.

No primeiro dia do encontro sefardita, haverá um concerto nos jardins do Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, com o mote "Herança Longínqua", por músicos portugueses e espanhóis.

"Pretendemos com esta iniciativa envolver a comunidade local, para que haja um reconhecimento da temática da cultura sefardita na cidade de Bragança", indicou o autarca.

Durante a iniciativa haverá ainda tempo para uma mostra de cinema judaico, ao ar livre.

Inserida neste encontro está também a exposição que vai ocupar um dos espaços do Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, a partir de quarta-feira e até outubro.

"People | Saw but never met" (pessoas que vi, mas não conheci) é a maior exposição do desenhador e escultor israelita Kodav Ben-David em Portugal, com quatro mil peças inspiradas em pessoas reais que o autor fotografou pelo mundo.

Agência Lusa

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