segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Macedo de Cavaleiros: um palco de multiculturalismo com o Festival Internacional de Música Tradicional

Anualmente, o festival vai trazendo à cidade a música e a cultura de vários pontos do mundo e, desta vez, além de grupos portugueses, estiverem em destaque a vizinha Espanha e as sonoridades do continente africano.
O grupo espanhol Aljibe veio pela segunda vez, tendo sido a primeira visita há 12 anos. Juan Rodriguez, da banda, destaca a receptividade do público português. “O festival é uma maravilha e está consolidado com tantas edições e tantos anos. É muito difícil chegar a consolidar um festival assim que a cada ano se vai superando. A música em Portugal encanta-nos porque temos muito em comum, muitos ritmos e instrumentos tradicionais e a prova está no que fazemos. Temos muito em comum, mais que o que pensamos. A noite foi preciosas e o público magnífico”.

Quem também actuou no festival foram os portugueses Albaluna. A banda, de Torres Vedras, que em 2020 cumpre 10 anos, veio pela primeira vez. Para o músico Rúben Monteiro é uma forma de conhecer outras formas de fazer música. “Este tipo de festivais é das coisas mais importantes que se pode fazer dentro do nosso género musical e penso que, de uma forma geral, para dinamizar seja o interior seja o litoral. No caso dos Albaluna temos viajado muito, tanto em Portugal como no resto do mundo, e aquilo que mais gostamos de fazer é tocar, conhecer novas culturas, pessoas, e fazer novas amizades e podemos difundir a nossa música”.

Bruno Berça, dos Gaiteiros do Nordeste, grupo que tem vindo há vários anos a fazer parte do cartaz do festival, sublinha o intercâmbio que a iniciativa permite criar entre vários grupos. “Já há alguns anos que temos vindo a participar e temos um carinho muito especial por este festival. Dá-nos muito gosto participar porque o público acolhe-nos bem, as pessoas gostam e já nos conhecem. É sempre uma experiência muito boa. Dá a conhecer às pessoas aquilo a que no dia-a-dia aquilo não têm acesso. É importante porque é um festival internacional e permite o intercâmbio entre grupos”.

Pela primeira vez, o festival contou este ano com três dias de festa. Além dos concertos na Praça das Eiras também se levou a música à Praia da Ribeira, no Azibo, e à Igreja de São Pedro.

O festival decorreu ao longo do fim-de-semana.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Carina Alves

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