terça-feira, 15 de outubro de 2019

Autarcas transmontanos e galegos querem ligação entre Macedo, Vinhais e A Gudiña

Autarcas transmontanos e galegos reuniram-se, ontem, em A Gudiña, Espanha, para pedir a concretização de uma ligação internacional entre Macedo de Cavaleiros, Vinhais e aquela localidade galega.
E para já conseguiram a garantia por parte do vice-presidente da Junta da Galiza, Alfonso Rueda, de que vai apresentar a reivindicação como uma prioridade em futuras cimeiras ibéricas.

“Penso que temos capacidade política para dar a nossa opinião e dizer que esta é a hora para que se faça esta ligação. Vamos dar ainda mais valor a esse enorme investimento, que é o comboio de alta velocidade e que merece estar ao alcance de muita gente, com acessos dignos e acessos rápidos, não só das pessoas da Galiza, mas também de todo o território português que, com esta ligação, estaria a uma distância razoável”, referiu.

Apesar dos atrasos no arranque do comboio de Alta Velocidade Espanhol (AVE), o facto de A Gudiña ter uma estação é um dos fundamentos para esta reivindicação.

“Para o concelho de Vinhais tenho a certeza que esta ligação era estratégica e era fundamental ainda mais para alavancar quer o norte de Portugal quer a região da Galiza. Eu peço é que entre todos esta ligação seja uma realidade”, sublinhou o presidente do município de Vinhais, Luís Fernandes.

Também o presidente da Comunidade Intermunicipal das Terras de Trás-os-Montes, Artur Nunes, pede união e valoriza a necessidade de um entendimento em relação às prioridades para que a obra avance dos dois lados da fronteira.

O maior esforço para construção desta ligação seria do lado português, já que implicaria a construção de 50 quilómetros de estrada entre o fim do IP 2 em Macedo e a fronteira, ao passo que em território galego o traçado será apenas de 7 quilómetros.

Na reunião foram ainda apresentadas as pretensões da CIM Terras de Trás-os-Montes da criação de ligações transfronteiriças ferroviárias e plataformas logísticas também a nível internacional.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Olga Telo Cordeiro

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