quinta-feira, 17 de outubro de 2019

O jornalismo como terapia

João Sampaio é o autor da página do Facebook “Correio Transmontano”. Numa altura complicada da sua vida, decidiu desafiar-se e criar o projecto que já mantém há 5 anos e onde é possível encontrar noticias, artigos de opinião, vídeos e até poesia.
“Há quatro anos tive que fazer um transplante de medula e quando estava em recuperação comecei a pensar: o que é que eu vou fazer depois disto e como é que vou ocupar o meu tempo? Uma pessoa cai em depressão por falta de ocupação, então lembrei-me que gosto de fotografar e de falar com as pessoas. Se estivermos com o tempo ocupado dificilmente cairemos em depressão, pois a depressão é inimiga da cura”, contou.

Foi professor durante anos e mais tarde inspector da educação. Antes disso, foi colaborador no Jornal O Tempo para ajudar a pagar a universidade e trabalhou no jornal O Público e Diário de Noticias. Mas o gosto pelo jornalismo surgiu quando ainda era jovem.

“Quando eu tinha os meus 14 anos, lembro-me que fizemos, no seminário, um jornal de parede e utilizávamos os recortes dos jornais desportivos e revistas e fazíamos sempre todas as semanas um jornal de parede. E a partir daí, o vício entranhou-se e comecei a gostar sempre desta área”, disse.

João Sampaio realizou ainda a conferência “Terapia e Cidadania- a experiência do cidadão repórter”, onde realçou a importância das pessoas pensarem não só nelas próprias, mas também nos outros. Aproveitou ainda para apresentar a ideia da criação de um banco de horas.

“A minha grande ideia é que alguma instituição faça uma plataforma ou crie um banco de horas, para acompanhar os doentes às consultas ao Porto e aos exames a Vila Real, porque aqui é uma zona em que os familiares estão emigrados”, explicou.

João Sampaio tem 62 anos e é o autor da página “Correio Transmontano”, que designa como um projecto de terapia e cidadania.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Ângela Pais

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