sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

Castelos do distrito de Bragança vão ser requalificados para atrair turistas e criar emprego

62 fortalezas de fronteira, desde o Minho até ao Algarve, situadas na raia entre Portugal e Espanha, que constituíram a defensa do nosso país perante Castela, vão ter uma promoção conjunta para dinamizar os territórios em que se inserem.
No distrito de Bragança foram identificados nove castelos, sendo eles os de Vinhais, Bragança, Outeiro, Vimioso, Algoso, Miranda do Douro, Mogadouro, Pena Róias e Freixo de Espada à Cinta. O programa “Dinamizar Fortalezas”, passa por requalificar as fortificações em que seja necessária alguma intervenção e deixá-las ao serviço do desenvolvimento regional, podendo criar emprego e gerar riqueza, tornando-as novos recursos turísticos. “Trata-se de inventariar os activos e, por outro lado, ter linhas específicas de financiamento que permita aos municípios alavancar actividade turística nesses mesmos activos e permitir que o turista tenha uma experiência empática e interactiva”, explicou a secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, ontem, na apresentação do projecto em Freixo de Espada à Cinta

O financiamento para o projecto ainda não está decidido uma vez que não está terminado o processo de identificação das necessidades de obra nas fortalezas e a verificação das condições de visitação.

O castelo de Freixo de Espada à Cinta, um dos que integra as fortalezas do distrito, já está a ser alvo de intervenção. Vão ser reerguidas quatro torres e junto ao perímetro das muralhas vai surgir uma área visitável, dando destaque à importância do castelo. O orçamento é de 1,9 milhões de euros e a candidatura para as obras foi efectuada a fundos comunitários através do Programa Norte 2020. Maria do Céu Quintas, presidente da câmara de Freixo, sublinha que o programa trará grandes benefícios ao concelho.

“Acho que as pessoas têm que começar a ver este centro histórico de uma outra forma, porque vai ser muito bom para quem queira investir neste espaço. Depois de termos a obra do castelo feita, com os turistas que aqui passam, depois de estar requalificada aquela zona, vai ser muito bom”, acrescentou.

A primeira fase do programa compreende 62 fortificações estudadas e desenhadas por Duarte D'Armas – escudeiro do rei D. Manuel – no Livro das Fortalezas, no século XVI, às quais acrescerão, mais tarde, outras, com data de construção posterior, também na linha de fronteira. A ideia principal passa por tornar as regiões, em que as fortalezas se inserem, mais atractivas enquanto destinos turísticos, gerando riqueza, criando postos de trabalho e novas dinâmicas económicas.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Carina Alves

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