Bragança - Os heróis do momento

Fomos conhecer a dupla que salvou a criança de quatro anos nas Piscinas do Clube Académico de Bragança
Tem nove anos e é agora conhecido como “o pequeno herói”. Gonçalo Fernandes foi quem salvou a criança de quatro anos, que, no passado dia 16 de Julho, estava inanimada debaixo de água numa das piscinas do Clube Académico de Bragança.
“O garoto estava debaixo de água e eu pensei que conseguia estar muito tempo debaixo de água. Mas depois um garoto muito pesado veio do escorrega e caiu em cima dele e depois eu tirei-o debaixo de água e vi que estava com os olhos e os lábios roxos”, conta o herói.
Gonçalo encheu-se de coragem e não perdeu tempo para tentar salvar a criança, que ao que apurámos não sabia nadar. “Trouxe-o para a berma da piscina e pedi ajuda. Foi quando começou a vir toda a gente e também o enfermeiro que o reanimou”, recorda o pequeno Gonçalo.
O acto de coragem de Gonçalo, que fez com que salvasse uma vida vale-lhe agora o reconhecimento público. “As pessoas dizem-me que sou um herói e que fui muito corajoso. Fico muito feliz e orgulhoso”, confessa.
A mãe de Gonçalo também não cabe em si de contentamento pelo gesto do filho. “Senti-me uma mãe muito feliz, porque tenho um filho que foi muito corajoso, conseguiu salvar uma criança e isso para nós pais é motivo de orgulho”, afirma Ana Jorne.
O Clube Académico de Bragança também está a ponderar fazer uma homenagem ao Gonçalo por ter salvo a criança de quatro anos.
Enfermeiro alerta pais
Para além do Gonçalo, também o enfermeiro Norberto Silva teve um papel fundamental para que esta história tivesse um final feliz. 
“Há um menino que se dirige a mim com um ar apavorado a gritar: ‘Está um garoto morto na piscina’. Dirigi-me rapidamente ao local e vejo uma criança pequena inanimada na berma da piscina. Quando me apercebo que a criança está em paragem respiratória, e nestes casos não temos tempo a perder, iniciei de imediato as manobras de reanimação apropriadas”, conta o enfermeiro-chefe do serviço de Urgência do Hospital de Bragança, que se encontrava nas piscinas com as filhas.
O INEM foi accionado e a criança foi transportada pelos bombeiros para o hospital de Bragança, mas a intervenção inicial foi fundamental para a sua recuperação. “É muito gratificante. No dia seguinte pude falar com a mãe e com a criança e é bom perceber que 24 horas depois a criança teve alta do hospital e foi para casa sem nenhuma sequela do ponto de vista neurológico”, salienta o enfermeiro.
E porque nem todas as histórias têm um final feliz como esta, Norberto Silva deixa um alerta a todos os pais. “ As crianças têm o crânio mais pesado do que o corpo, o que diminui a capacidade de flutuar e rapidamente a criança entra em submersão. Por isso, quero deixar aqui um alerta para todos os pais, que vigiem sempre as crianças nos rios, nas albufeiras, nas praias, nas piscinas, porque infelizmente todos os anos assistimos a histórias tristes”, remata Norberto Silva.
Destaque
Enfermeiro que reanimou a criança alerta os pais para vigiarem de perto os mais pequenos

in:jornalnordeste.com

"Pequeno herói" salva criança em Bragança

Tem nove anos e é conhecido como o “pequeno herói”. Gonçalo Fernandes foi quem salvou uma criança de quatro anos, que, no passado dia 16 de Julho, estava inanimada debaixo de água numa das piscinas do Clube Académico de Bragança.
Quando percebeu que a criança corria perigo, Gonçalo não perdeu tempo em retirá-la da água. “O garoto estava debaixo de água e eu pensei que conseguia estar muito tempo debaixo de água. Mas depois um garoto muito pesado veio do escorrega e caiu em cima dele e depois eu tirei-o debaixo de água e vi que estava com os olhos e os lábios roxos. Trouxe-o para a berma da piscina e pedi ajuda”, conta o herói.
O acto de coragem de Gonçalo vale-lhe agora o reconhecimento público. 
A mãe, Ana Jorne, não cabe em si de contentamento pelo gesto do filho. “Senti-me uma mãe muito feliz, porque tenho um filho que foi muito corajoso, conseguiu salvar uma criança e isso para nós é motivo de orgulho”, afirma Ana Jorne.
Para além do Gonçalo, também o enfermeiro Norberto Silva teve um papel fundamental para que esta história tivesse um final feliz. O enfermeiro-chefe do serviço de Urgência do Hospital de Bragança estava nas piscinas com as filhas e não hesitou quando ouviu a criança a pedir ajuda. “Há um menino que se dirige a mim com um ar apavorado a gritar: ‘Está um garoto morto na piscina’. Dirigi-me rapidamente ao local e vejo uma criança pequena inanimada na berma da piscina. Quando me apercebo que a criança está em paragem respiratória, e nestes casos não temos tempo a perder, iniciei de imediato as manobras de reanimação apropriadas”, conta o enfermeiroA criança foi transportada para o Hospital de Bragança, onde foi assistida, e teve alta 24 horas depois, sem sequelas do ponto de vista neurológico. 
Mas como nem todas as histórias têm um final feliz como esta, Norberto Silva deixa um alerta a todos os pais.“As crianças têm o crânio mais pesado do que o corpo, o que diminui a capacidade de flutuar e rapidamente a criança entra em submersão. Por isso, quero deixar aqui um alerta para todos os pais, que vigiem sempre as crianças nos rios, nas albufeiras, nas praias, nas piscinas, porque infelizmente todos os anos assistimos a histórias tristes”, alerta Norberto Silva
O Clube Académico de Bragança está a ponderar fazer uma homenagem ao Gonçalo e a Norberto Silva, por terem salvo a criança de quatro anos.

Escrito por Brigantia

Faleceu ex-presidente da câmara de Bragança

Morreu hoje o ex-presidente da câmara de Bragança Adriano Pires.
Com 93 anos faleceu esta quarta-feira no Porto, onde estava a viver com uma filha.
Adriano Pires Nasceu na aldeia de Fontes Transbaceiro, concelho de Bragança e foi presidente da câmara de Bragança entre 1954 e 1967.  Residia na aldeia de Espinhosela, onde casou, e o presidente da junta de freguesia recorda-o como “uma pessoa de bem pois trouxe melhoramentos visíveis para a aldeia ao nível de calcetamentos e na estrada que liga a Bragança pois foi ele que fez o rompimento e na altura os trabalhos eram feitos à mão”, refere Telmo Afonso, acrescentando que “era uma pessoa simples com que se falava bem e que deixa saudades na aldeia”. 
Adriano Pires era regente agrícola.Foi presidente do Grémio da Lavoura de Bragança entre 1946/48, e um dos fundadores da Caixa de Crédito Agrícola de Bragança.
Em 1946 foi convidado para vereador da Câmara Municipal de Bragança, funções que desempenhou durante nove anos.Em 26 de Novembro de 1954 seria empossado como Presidente da Câmara Municipal de Bragança.
O corpo de Adriano Pires deverá chegar à aldeia de Espinhosela ao final da tarde de hoje, sendo que o funeral está marcado para amanhã às 14 horas.

Escrito por Brigantia

Capela da Misericórdia de Castro Vicente

Portugal, Bragança, Mogadouro, Castro Vicente
Arquitectura religiosa, vernácula. Capela de planta longitudinal simples, com cobertura interior homogénea em vigamento de madeira, iluminada por fresta junto ao altar-mor, rasgada na fachada lateral direita, com o antigo hospital, de planta rectangular, adossado ao lado oposto. Fachada principal enquadrada por cunhais apilastrados com pináculos e terminada em empena truncada por sineira de apenas uma ventana em arco de volta perfeita. Fachadas rematadas em beiral, a lateral direita rasgada por porta travessa em arco de volta perfeita. Interior despojado de qualquer decoração. Hospital de dois pisos com vãos rectilíneos sobrepostos.
Número IPA Antigo: PT010408080071
Categoria
Monumento
Descrição
Planta rectangular composta por capela com sacristia adossada à fachada lateral esquerda e o corpo do antigo hospital adossado à fachada lateral esqurda e formando um ângulo recto na fachada principal, com coberturas diferenciadas em telhados de 3 águas na capela, de quatro no hospital e uma na sacristia. 
Fachadas rebocadas e pintadas de branco, percorridas por faixa pintada a cinzento claro e rematada em beirado com dupla telha. Fachada principal voltada a O., com embasamento de cantaria e enquadrada por cunhais apilastrados encimados por pináculos, sobre plintos cúbicos, e terminada em friso e cornija, formando empena encurvada e truncada, por sineira, de ventana única em arco de volta perfeita, encimada por decoração concheada e coroada por cruz latina; portal em arco abatido, com moldura de cantaria e pequena cornija, tendo, sobre o fecho, escudete concheado anepígrafo, sobrepujado por janelão também em arco abatido, com cornija e peitoril em forma de avental. 
Fachada lateral esquerda virada a N., adossada ao edifício do antigo hospital e a oposta, virada a S., com porta em arco de volta perfeita, em cantaria de granito e postigo a iluminar o corpo da capela-mor. Fachada posterior com pequena fresta gradeada no corpo da sacristia, que forma um pequeno ângulo obtuso. Adossado, surge um nicho em alvenaria de xisto aparente, com as juntas argamassadas e cobertura em telhado de duas águas, com um vão rectangular gradeado, tendo, no interior, um registo de azulejo com 56 azulejos, de 7x8, monocromáticos, formando uma moldura com motivos fitomórficos enquadrando Nossa Senhora da Piedade com Cristo no regaço e a inscrição: "ESTAVA A MÃE DOLOROSA / AO PÉ DA CRUZ LACRIMOSA / ENQUANTO O FILHO PENDIA ... / CASTRO VICENTE, 18 Ag. 1988". INTERIOR rebocado e pintado de branco com pavimento em lajeado irregular de granito e cobertura, em vigamento de madeira. 
No lado do Evangelho, porta de verga recta de acesso à sacristia e nicho rectangular.
 A zona do altar-mor é definida por degrau sobrelevado. Sacristia com pavimento em cimento e tecto plano em madeira. A capela encontra-se adossada a N. a um edifício, construído originalmente para Hospital da Misericórdia, de planta rectangular, com a fachada principal virada a O., com vãos sobrepostos, rectilíneos e moldura de cantaria, compondo, no piso inferior, três portas e, no superior, duas janelas de peitoril, cuja moldura se prolonga inferiormente, formando falsos brincos, e janela de sacada com cornija e fecho salientes, tendo a sacada guarda em ferro pintado de prateado. Fachada lateral esquerda adossada a casa de habitação, sendo a oposta rasgada por porta e janela semelhantes às anteriores, no segundo piso. Fachada posterior adossada.
Acessos
A partir de Alfândega da Fé, 24 km. pela EN 215 até ao cruzamento com EM, 4 km. até Castro Vicente. Gauss: M=308.3; P=490.85; Fl. 92
Protecção
Inexistente
Grau
3 – imóvel ou conjunto de acompanhamento que, sem possuir características individuais a assinalar, colabora na qualidade do espaço urbano ou na ligação do tempo com o lugar, devendo ser preservado em tal medida. Incluem-se neste grupo, com excepções, os objectos edificados classificados como Valor Concelhio / Imóvel de Interesse Municipal e outras classificações locais.
Enquadramento
Urbano, adossado, no centro da povoação situada numa área aplanada no limite superior da encosta N. do vale do rio Sabor. A igreja situa-se no largo da igreja paroquial, pavimentado a alcatrão. Não existe qualquer área delimitada em redor da capela, abrindo as portas directamente para o largo.
Descrição Complementar
Utilização Inicial
Religiosa: capela de misericórdia
Utilização Actual
Devoluto
Propriedade
Privada: Igreja Católica
Afectação
Sem afectação
Época Construção
Séc. 16 (conjectural) / 17 / 18
Arquitecto / Construtor / Autor
Desconhecido
Cronologia
Séc. 16 - provável construção da capela; séc. 17 / 18 - provável edificação do hospital; séc. 18 - construção da actual fachada principal; 1999 - restauro da capela e colocação da actual estrutura do telhado.
Características Particulares
Capela quinhentista, transformada, no séc. 18, pela reconstrução da fachada principal, sem qualquer decoração interior, destacando-se a empena curva, a decoração concheada da sineira e o fecho saliente do portal axial e da janela de sacada do hospital. O portal é de grandes dimensões, tendo em consideração o tamanho da capela e o janelão que o encima. Possui nicho novecentista da Senhora das Dores adossado à fachada posterior.
Dados Técnicos
Sistema estrutural de paredes portantes.
Materiais
Paredes em alvenaria; cunhais, pináculos, cornijas, pavimento e molduras dos vãos em cantaria de granito; portas e tectos em madeira; cobertura em telha de aba e canudo.
Bibliografia
Documentação Gráfica
IHRU: DGEMN/DSID
Documentação Fotográfica
IHRU: DGEMN/DSID
Documentação Administrativa
Intervenção Realizada
CMMogadouro: 1999 - remodelação geral, colocação do telhado.
Observações
Autor e Data
Miguel Rodrigues 2004

in:monumentos.pt

Câmara Municipal de Bragança / Centro Cultural Municipal de Bragança

Portugal, Bragança, Bragança, Sé
Arquitetura político-administrativa, oitocentista. Câmara municipal de planta rectangular com fachadas evoluindo em dois pisos, de cunhais apilastrados, terminadas em friso, cornija e platibanda plena, e rasgadas regularmente por vãos abatidos, com molduras percorridas por filete e com recorte lateral. 
A fachada principal tem três panos, o central mais estreito, rematado em frontão triangular, com as armas do município no tímpano, e rasgado por vãos em arco de volta perfeita, correspondendo a portais no térreo e a janelas de sacada comum no andar nobre. 
Os panos laterais são simétricos, abertos por janelas de peitoril no primeiro piso e de varandim no segundo, tendo a fachada lateral esquerda o mesmo esquema de fenestração; a fachada posterior é muito mais simples e depurada. No interior, destaca-se o vestíbulo, com tecto de estuques relevados, a partir do qual se desenvolve escada para o andar nobre, coberta por claraboia oval, envolvida por decoração em estuques relevados.
Número IPA Antigo: PT010402450403
Categoria
Monumento
Descrição
Planta rectangular, de massa simples e coberturas homogéneas em telhados de quatro águas, rematadas em beirada simples, integrando clarabóia envidraçada central. Fachadas de dois pisos, rebocadas e pintadas de branco, percorridas por embasamento de cantaria, terminadas em friso, ritmado por argolas de ferro, e cornija, sobreposta por platibanda plena, com pilastras colossais nos cunhais, coroadas por vasos; são rasgadas regularmente por vãos de verga abatida, de molduras percorridas por pequeno filete e com recorte lateral, e com caixilharia de duas folhas e bandeira. 
Fachada principal virada a S. de três panos, definidos por pilastras, o central mais estreito, e terminado em frontão triangular com brasão municipal no tímpano; é rasgado por dois eixos de vãos, correspondendo no piso térreo a dois portais, em arco de volta perfeita, com chave relevada, e bandeira gradeada, e no segundo a duas janelas de sacada, igualmente em arco de volta perfeita e com guarda em ferro. 
Nos panos laterais rasgam-se, de cada lado, três eixos de vãos, correspondendo a janelas de peitoril no piso térreo e a janelas de varandim com guarda em ferro forjado no segundo piso. Fachada lateral esquerda com os pisos separados por friso e rasgada por cinco eixos de vãos, correspondendo a janelas de peitoril no primeiro piso e a de varandim no segundo. 
A fachada posterior é rasgada por janelas de peitoril de moldura simples em ambos os pisos, sendo as do piso térreo rasgadas a ritmo mais irregular, sem bandeira e abrindo-se ainda três portais. INTERIOR com vestíbulo rectangular central, com tecto de estuque, formando pequena quadrícula de motivos quadrifoliados relevados. À esquerda comunica com a antecâmara do auditório Paulo Quintela, onde está patente a toponímica da cidade, e à direita com a secretaria; neste piso existem ainda salas de apoio a actividades culturais e instalações sanitárias. Frontalmente desenvolve-se escada de acesso ao andar nobre, de três lances, o primeiro comum, e com guarda em madeira; no patamar intermédio e no final possui cadeiral de espaldar recortado e rematado em concheado, o primeiro encimado por amplo quadro, com as armas do município, de moldura ornada com concheados. 
A caixa das escadas possui cobertura plana integrando ao centro claraboia oval envidraçada, com tambor decorado por estuques relevados, com elementos fitomórficos e anjos inseridos em cartelas circulares. No segundo piso organizam-se salas amplas, uma com pavimento cerâmico e mesa com cadeiras de espaldar gravado com as armas municipais, e outra revestida a corticite. Sensivelmente a meio, do lado direito, desenvolve-se escada para o sótão.
Acessos
Rua Abílio Beça, nº 75-77, Rua Marquês de Pombal
Protecção
Inexistente
Grau
3 – imóvel ou conjunto de acompanhamento que, sem possuir características individuais a assinalar, colabora na qualidade do espaço urbano ou na ligação do tempo com o lugar, devendo ser preservado em tal medida. Incluem-se neste grupo, com excepções, os objectos edificados classificados como Valor Concelhio / Imóvel de Interesse Municipal e outras classificações locais.
Enquadramento
Urbano, adossado, disposto de gaveto num dos quarteirões do centro histórico, possuindo a fachada principal virada a um dos arruamentos que, desenvolvido a partir da Praça do Colégio, conduz ao Largo da Igreja de São Vicente (v. PT010402420086) e depois até ao Castelo (v. PT010402420003). Junto à fachada posterior possui pequeno pátio vedado. Nas imediações ergue-se a Igreja e Hospital da Misericórdia (v. PT010402420052) e, na mesma rua, o Solar Sá Vargas ou Centro de Arte Contemporânea de Bragança (v. PT010402450049), o Paço Episcopal de Bragança / Museu do Abade de Baçal (v. PT010402420022) e outros edifícios de interesse arquitectónico.
Descrição Complementar
O brasão do tímpano tem escudo peninsular [de vermelho], com um castelo de ouro, aberto e iluminado [de azul], tendo a torre central, carregadas pelas quinas antigas de Portugal; em chefe, surgem cinco estrelas de ouro em faixas; coroa mural de prata de cinco torres (equivalente a cidade); envolve-o colar de Torre e Espada. No vestíbulo existem duas lápides em mármore, com inscrições; numa reza: "EVOCAÇÃO DA VISITA DE SUA EXA. / O PRESIDENTE DA REPÚBLICA / DR. JORGE SAMPAIO / BRAGANÇA 22 DE OUTUBRO DE 1999"; na outra "NESTE EDIFÍCIO FUNCIONOU / A PRESIDENCIA DA REPÚBLICA / DE 15 A 26 DE FEVEREIRO DE 1987 / SENDO PRESIDENTE O DR. MÁRIO SOARES".
Utilização Inicial
Político-administrativa: câmara municipal
Utilização Actual
Político-administrativa: assembleia municipal
Propriedade
Pública: municipal
Afectação
Sem afetação
Época Construção
Séc. 20
Arquitecto / Construtor / Autor
Desconhecido.
Cronologia
1793 - Manuel Jorge Gomes de Sepúlveda compra a D. Mariana Josefa Joaquina de Ataíde Vasconcelos, viúva de Francisco Inácio Borges Rebelo "huas cazas nobres sitas na rua do Espírito Santo desta cidade, por baixo da Santa Igreja da Mezireicordia"; 1910 - obras de preparação do edifício para receber o rei D. Manuel II durante a visita à cidade de Bragança, a qual acabou por não se concretizar; 1937, 1 março - em sessão da Câmara delibera-se adquirir o palacete de Nuno da Cunha Pimentel, e que havia sido do Visconde de Ervedosa, filho do Tenente General Gomes de Sepúlveda, para instalação dos paços do concelho e de outras repartições públicas, deliberando-se também que o pagamento da primeira prestação e as imprescindíveis obras de adaptação e reparação fossem custeadas com o produto ainda intacto destinado à construção do mercado municipal; posteriormente procedeu-se à compra do palacete e procedeu-se à sua alteração ou construção do atual no mesmo local; 1982 - data até à qual aqui esteve instalada a sede do município; posteriormente recebeu obras de adaptação para instalação do Centro Cultural; 1987, 15 a 26 fevereiro - aqui esteve instalado a Presidência da República, sendo presidente o Dr. Mário Soares.
Características Particulares
Segue a tipologia dos edifícios oitocentistas, desconhecendo-se, no entanto, se aproveitou a estrutura do palacete existente no local ou se foi construído de raiz, na década de 1940. Na fachada principal destaca-se o pano central, pelo remate alteado e distinto e pela diferente modinatura dos vãos. Referência a algum do mobiliário interior, em revivalismo neobarroco e com as armas do município nos espaldares das cadeiras.
Dados Técnicos
Sistema estrutural de paredes portantes.
Materiais
Estrutura rebocada e pintada; embasamento, pilastras, frisos, cornijas, platibanda e molduras dos vãos em cantaria de granito; guardas em ferro forjado; portas e caixilharia de madeira; vidros simples; algerozes metálicos; pavimentos de lajes, de corticite e cerâmicos; revestimentos a corticite; tectos de estuque decorativo, simples ou de madeira; cobertura de telha e clarabóia metálica envidraçada.
Bibliografia
BERENGUEL, Alda, FREIXO, Fernando, RODRIGUES, Luís Alexandre, Presidentes da Câmara de Bragança. Da República aos nossos dias, Bragança, Câmara Municipal de Bragança, 2004; FERNANDES, José Augusto de Pêra, O Sumo das Pedras de Bragança, Bragança, Freguesia de Santa Maria de Bragança, 2008; JÚNIOR, Francisco Felgueiras, Roteiro e Escorço Histórico da Cidade de Bragança, Bragança, Amigos de Bragança, 1964; LOPES, Roger Teixeira, Heráldica do Concelho de Bragança, Viseu, João Azevedo e Terra Transmontana, 1996; RODRIGUES, Luís Alexandre, Bragança no século XVIII. Urbanismo. Arquitectura, Bragança, Junta de Freguesia da Sé, 1997.
Documentação Gráfica
Documentação Fotográfica
IHRU: SIPA
Documentação Administrativa
Intervenção Realizada
Proprietário: 1982, depois - obras de recuperação e adaptação a Centro Cultural.
Observações
Autor e Data
Paula Noé 2012

in:monumentos.pt

Acessos em Bragança

Em "Na Minha Terra", vamos hoje a Bragança. E vamos guiados por quem olha para a cidade a partir de uma cadeira de rodas.



Conhecer as Borboletas, Libélulas e Libelinhas na Estação de Biodiversidade de Santa Combinha

Este é o desafio lançado pelo Geoparque Terras de Cavaleiros para esta sexta-feira. Embarque nesta atividade de biologia do programa Ciência viva no Verão e percorra os 2,6 km da Estação de Biodiversidade de Santa Combinha, conhecendo as borboletas, libélulas e libelinhas que por ali se encontram.
Esta área, de elevada riqueza biológica, encontra-se integrada na Paisagem Protegida da Albufeira do Azibo, com uma vista fantástica em que sobressaem a Serra de Bornes e a Serra do Cubo e as abundantes manchas de carvalhos e sobreiros, acolhe 43 das 135 espécies de borboletas conhecidas em Portugal continental.
Nesta “aula” em tempo de férias, a formadora Paula Seixas propõe-se a dar a conhecer muitas destas espécies, os seus modos de subsistência e as características deste habitat.

O programa é gratuito. Pode fazer a a inscrição em geoparqueterrasdecavaleiros@gmail.com
Consulte o programa de Ciência Viva no Verão em Macedo de Cavaleiros:
Dia 12 agosto – Astronomia – Debaixo das Estrelas 22:00H – Formador: Rui Miranda
Dia 12 agosto – Biologia – Aves do Geoparque Terras de Cavaleiros 08:00H – Formador: Paulo Travassos.
Dias 14 e 15 setembro – Geologia – Rota Geológica do Geoparque Terras de Cavaleiros 09:00H – Formadores: Eurico Pereira e Diamantino Pereira.

in:noticiasdonordeste.com

Festival FARPA volta a Pombal de Ansiães de 3 a 9 de agosto

Nos dias 3 a 9 de Agosto, a Associação Recreativa e Cultural de Pombal de Ansiães (ARCPA) irá concretizar o programa que dá corpo, voz e alma à décima sexta edição do Festival de Artes de Pombal de Ansiães (FARPA).
As dissemelhantes composições artísticas são o mote de um festival que se quer, hoje e amanhã, um manifesto universal de arte e cultura conjugado com experiências irrepetíveis, contando com dezenas de atividades, entre espectáculos de teatro, concertos de música, exposições, workshops, distribuídos por diversos espaços da Freguesia de Pombal de Ansiães, num ambiente informal e repleto de utopias.
Mergulhe nas sensações maravilhosas que pode experimentar no Rio Tua, ou seja bafejado com os serviços disponibilizados pelas Termas de São Lourenço.
A fim de tornar ainda mais inesquecível para todos nós esta 16ª edição do FARPA, contamos com a sua presença e com a consequente divulgação deste que consideramos um festival de “todos para todos”.

in:noticiasdonordeste.com


Portela - Crianças foram ver como se trabalhava o ferro

Alunos do Colégio Sagrado Coração de Jesus estiveram na Aldeia Pedagógica desenvolvida pela Azimute, Portela.
A aldeia de Portela, no concelho de Bragança, está a ser transformada numa verdadeira escola ao ar livre. Na localidade vivem maioritariamente idosos que transmitem aos mais jovens os conhecimentos ancestrais.
A iniciativa é promovida pela Azimute (Associação de Desportos de Aventura, Juventude e Ambiente) através do projecto “Aldeia Pedagógica”. Na passada quarta-feira, Portela recebeu 55 crianças do Colégio Sagrado Coração de Jesus, de Bragança, que aprenderam a fazer pão e visitaram uma forja.
“Lá dentro fazia-se ferro antigamente que servia para fazer muitas coisas”, refere a Énia. “Vi uma coisa para aquecer as brasas que era para aquecer o ferro e depois martelava-se para fazer a forma e metia-se na água”, explica o Fábio. O Vicente nunca tinha visto uma forja, mas considera que “é fixe e divertido experimentar”.
A educadora considera estas actividades uma mais-valia para a aprendizagem das crianças. “É sempre bom experienciar as realidades uma vez que a maior parte deles vive na cidade e não têm um contacto tão directo com a vida rural e é sempre bom eles verem e tocarem”, afirma Lídia Augusto.
Dar vida à aldeia
O director da Azimute salienta que com este projecto se pretende dar mais vida à aldeia. “É uma escola ao ar livre e com professores diferentes e por vezes mudando um pouco o ar e os professores as crianças aprendem melhor”, refere João Cameira, acrescentando que “além de ser um dia diferente para elas também a população tem a oportunidade de partilhar experiências e ensinar as tradições”.
A Aldeia Pedagógica de Portela conta com o apoio financeiro da Fundação Calouste Gulbenkian e da Fundação Montepio Geral.

in:jornalnordeste.com

terça-feira, 30 de julho de 2013

António Maltta Gomes - Set fire to the rain | e | Some Nights

Um nosso conterrâneo de Macedo de Cavaleiros.
O MEMÓRIAS...e Outras Coisas, deseja-te muito sucesso!

Hi! 
I'm António Maltta (:
I´m a violonist, and a bagpiper.
I study Musical Training and Violin in Conservatory of Bragança (Portugal).
This is my first project in Bagpaipe. I do it because I love this music (:
Hope you like it (:
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Bom dia Tio João, o programa mais antigo no ativo da rádio em Portugal


Familia, é já ás 6h da manhã do próximo dia 1 de agosto que regressa o Vosso programa, agora em directo na Rádio Brigantia

Igreja assaltada e vandalizada em Constantim/Miranda do Douro

Ladrões levaram apenas 10 euros em dinheiro, mas os prejuízos chegarão aos 10 mil, explica o presidente da junta local.
Assaltantes roubaram apenas 10 euros da igreja paroquial de Constantim, no concelho de Miranda do Douro, mas causaram prejuízos de cerca de 10 mil euros, disse hoje o presidente da Junta de Freguesia, Francisco Preto. 
“Com recursos a ferramentas, foram destruídas as portas do sacrário e da sacristia, entre outros elementos, o que se traduz em prejuízos que podem chegar aos 10 mil euros”, explicou o autarca à agência Lusa. Contactado pela Renascença, contudo, o padre Manuel Marques, pároco da igreja em questão diz que o valor não deverá ser tão alto assim.
Populares admitiram “que não houve furto de peças de arte sacra” e contaram que os intrusos levaram cerca de 10 euros que se encontravam na caixa de esmolas. Contudo o sacerdote confirma ainda que a porta do sacrário foi arrombada e que foram roubadas hóstias consagradas lá de dentro.
O assalto, que poderá ter ocorrido na madrugada de sábado, foi participado à GNR e o Núcleo de Investigação Criminal daquela corporação já esteve no local a recolher provas.
Com esta ocorrência, sobe para seis o número de igrejas assaltadas no distrito de Bragança em menos de uma semana.

Olímpia Mairos in Renascença

Mogadouro dá ajuda de emergência a afetados por incêndio

A Câmara de Mogadouro vai disponibilizar "ajuda de emergência" no valor de 200 mil euros às populações afetadas pelo incêndio que atingiu 14.912 hectares naquele concelho, entre 09 a 12 de julho, deixando rasto de destruição e terra queimada.
"Já foi deliberado que os habitantes das aldeias das Quintas das Quebradas e Estevais ficassem isentos do pagamento da conta da água referente ao mês de julho, por se entender que as populações tiveram gastos e consumos acrescidos devidos ao empenho no combate as chamas", disse hoje à Lusa o vereador do pelouro da Agricultura e Ambiente, António Pimentel.
A autarquia vai ainda disponibilizar aos produtores pecuários alimentos para os seus animais, visto que o fogo deixou diversas explorações agrícolas destruídas e muitos hectares de terras de pastoreio queimadas.
"No imediato, vamos adquirir 120 toneladas de palha para distribuir pelos produtores pecuários de Quintas das Quebradas e Meirinhos. Os primeiros camiões de palha para ser distribuída deverão chegar na sexta-feira ou no sábado", acrescentou o vereador.

Lusa

Resistência no Parque Eixo Atlântico a 21 de Agosto em Bragança

O grupo Resistência vai atuar no Parque Eixo Atlântico a 21 de Agosto em Bragança. O concerto decorrerá a partir das 22 horas e conta com a participação de outros grupos como Melodia e Sindikato.
O concerto insere-se no âmbito do programa de animação “ Bragança em festa”, promovido pela autarquia.
Os “Resistência” foram uma das bandas de música portuguesa, particularmente ativa entre o fim da década de 1980 e o início da década de 1990. O projecto consistiu na união de esforços entre vários músicos, provenientes de diversas bandas, e na transformação, adaptação e nova orquestração de temas trazidos por eles (e não só) para uma vertente mais acústica e virada para uma valorização da "voz" como instrumento, e na junção dessas mesmas vozes, mostrando a força da união. Os temas, quando interpretados pela Resistência, ganharam vida nova e uma alma genuína, nunca antes vista.
O grupo era constituído por Alexandre Frazão na bateria, Rui Luís Pereira (Dudas) na guitarra, Fernando Cunha na voz e guitarras, Fernando Júdice e Yuri Daniel no baixo,Fredo Mergner na guitarra, José Salgueiro na percussão, Miguel Ângelo na voz, Olavo Bilac na voz, Pedro Ayres Magalhães na voz e guitarras e Tim também na voz e guitarras.

Rita Guera atua em Bragança no Parque Eixo Atlântico

A cantora Rita Guerra vai atuar no Parque Eixo Atlântico a 20 de Agosto em Bragança. O concerto decorrerá a partir das 22 horas e conta com a participação e atuação do grupo Lacre.
O concerto insere-se no âmbito do programa de animação “ Bragança em festa”, promovido pela autarquia.
Rita Guerra nasceu a 22 de Outubro de 1967, em Lisboa, e é como todos nós sabemos uma cantora portuguesa. Foi nos Açores, onde esteve a viver durante quatro anos, que começou a cantar e a tocar piano ao mesmo tempo. Desenvolveu um gosto especial por cantores como Elton John ou Kim Carnes.

Bagueixe recebe Concurso Concelhio de Bovinos de Raça Mirandesa 2013

O Concurso Concelhio de Bovinos de Raça Mirandesa de 2013 decorre no próximo dia 4 de agosto em Gralhós, freguesia de Bagueixe.
O evento é organizado pela Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros e pela Organização de Produtores Pecuários, em colaboração com a Associação de Criadores de Bovinos de Raça (ACRB) Mirandesa e a orientação técnica dos Serviços de Veterinária da Região Norte e da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte.
 Este concurso tem como objetivo estimular e orientar os criadores de animais de Raça Mirandesa, para a obtenção de carne de qualidade superior. Ao evento só poderão concorrer animais pertencentes ao concelho de Macedo de Cavaleiros e devidamente inscritos no Livro Genealógico dos Bovinos de Raça Mirandesa.
As inscrições decorrem até às 17.30h do dia 1 de agosto na sede da ACRIGA, no Centro Cultural de Macedo de Cavaleiros ou na Junta de Freguesia de Talhinhas. O júri de classificação nomeado pelos Serviços de Veterinária da Região Norte e pela ACRB.

in:noticiasdonordeste.com

Beneficiação do troço urbano da EN-102 em Macedo de Cavaleiros

Nos próximos 120 dias decorrerão as obras de beneficiação do troço urbano da EN-102. A intervenção é realizada na rua Viriato Martins entre o cruzamento com a rua Manuel Vasconcelos, vulgarmente conhecido como “rotunda do Lidl”, e o Prado de Cavaleiros, concluindo a requalificação entretanto efetuada desde o início da entrada norte da cidade.
A Câmara Municipal pede a melhor compreensão de todos, uma vez que a natureza das obras levará a muitos condicionamentos na circulação pedonal e à proibição do tráfego automóvel, de acordo com as diferentes fases da intervenção. O acesso aos moradores ficará naturalmente assegurado.
A paragem de autocarros é alterada para o largo da Bela Vista, na rua das Rosas, junto ao jardim de homenagem ao caçador, onde permanecerá até que o novo edifício esteja construído no Bairro de São Francisco.
A beneficiação deste troço da EN-102 permitirá a reformulação das infraestruturas das redes de abastecimento de água, iluminação, saneamento, telefónica e de drenagem de águas pluviais, a colocação de nova pavimentação na via rodoviária e nos passeios.
A zona junto ao cruzamento com a Av. Ilha do Sal será alargada, permitindo um melhor fluxo do trânsito automóvel. O orçamento da empreitada é de 336.065,54€, comparticipados em 85% pelo FEDER.

in:noticiasdonordeste.com

Produtos regionais ganham espaço em Lisboa

Os produtos da Terra Fria vão ser vendidos e promovidos em Lisboa.
A Corane- Associação de Desenvolvimento dos Concelhos da Raia Nordestina é uma das seis entidades que vai partilhar um espaço na Capital que vai promover as regiões.
A coordenadora da Corane, Luísa Pires, assegura que a associação já está a trabalhar para levar a Lisboa o que de melhor tem a Terra Fria. “Queremos que esteja o melhor da nossa terra lá representado. Estamos a fazer com que apareçam também produtos à base de castanha, de cogumelos, estamos a tentar que apreçam produtos com uma excelente imagem, a qualidade por si só não chega. 
Produtos como a carne mirandesa, o mel, a castanha, as compotas, o fumeiro podem ser degustados. E também vamos ter o nosso artesanato”, enumera a responsável.
Os circuitos turísticos vão ter paragem obrigatória neste espaço, para que os turistas possam conhecer o resto do País. “Vai ser um espaço dinâmico, que integra seis associações a nível nacional. Estabelecemos um protocolo com a Câmara de Lisboa em que aquele local vai fazer parte do circuito da Capital. Os autocarros vão passar por ali e vão parar e os turistas vão poder degustar os nossos produtos e vão no fundo conhecer a nossa região para posteriormente poderem visitar também”, realça Luísa Pires.
A abertura deste espaço promocional está prevista para o Natal. Até lá, a Corane vai ajudar os agentes locais a melhorar a imagem dos produtos que vão ser vendidos em Lisboa.

Escrito por Brigantia

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Campanha Eleitoral - Cuidado!

Cuidado, ELES ANDAM À SOLTA! São os mesmos de sempre. Nas campanhas eleitorais mudam a cara e o comportamento. CUIDADO MEU POVO! Depois de apanharem o tacho, são iguais a eles próprios. Servem-se e servem os apaniguados.

"Red Burros Fly-In" encheu os céus de Mogadouro

Em Mogadouro o aeródromo municipal recebeu mais uma edição do típico festival aéreo que presta homenagem ao animal mais tradicional do concelho: o burro de carga. Este ano com mais de 140 aeronaves de vários modelos e nacionalidades.

Parque Natural de Montesinho, destino de férias tranquilas

O Parque Natural de Montesinho, em Trás-os-Montes, é um destino de férias para quem gosta da tranquilidade da natureza. Nesta altura do ano são sobretudo os estrangeiros a procurar a região.



fogo de Bragança provocou prejuízos de 3 a 4 milhões

O incêndio que lavrou entre 09 e 12 de julho em quatro concelhos do Distrito de Bragança causou prejuízos de «três a quatro milhões de euros» na área agrícola, segundo o relatório preliminar sobre a destruição causada pelas chamas.
Animais mortos, destruição de alimentação para animais e culturas como olival, amendoal, vinha, frutícolas, pastagens, além de fardos, apiários e equipamentos e infraestruturas agrícolas, como maquinaria e sistemas de rega foram os principais prejuízos registados na área agrícola.
Estes dados são parciais, já que o levantamento global foi feito por várias entidades ligadas às áreas agrícola, florestal e ambiental e «já está concluído», mas o balanço final só será feito depois do cruzamento dos dados e da avaliação dos mesmos, segundo fonte o gabinete de imprensa do Ministério da Agricultura.
O gabinete da ministra Assunção Cristas confirmou à Lusa que «os relatórios preliminares já foram entregues às respetivas secretarias de Estado» e que se seguirá a «fase de avaliação, cruzamento de dados e ponderação».
O Ministério da Agricultura ainda não tem uma previsão sobre quando poderá estar concluído o processo das consequências daquele que é já considerado o maior incêndio de sempre na região.
O fogo teve também impacto nas medidas em curso ou já executadas de compensação e minimização das obras da barragem do Baixo Sabor, segundo as conclusões de um relatório preliminar que está a ser realizado pela EDP, concessionária do empreendimento hidroelétrico que se encontra em fase de conclusão naquela zona do Nordeste Transmontano.
Segundo informação disponibilizada à Lusa pela empresa, no relatório elaborado para análise conjunta com a Comissão de Acompanhamento Ambiental, «conclui-se que foram afetadas algumas plantações já efetuadas, caixas abrigo para morcegos e algumas câmaras para monitorização dos lobos».
A empresa esclarece que «estas afetações em termos de montantes monetários não têm expressão demasiadamente significativa» e que não foram afetadas as estruturas já construídas das duas barragens que fazem parte do empreendimento.
Dados oficiais indicam que as chamas consumiram uma área de «14.912 hectares», tendo ameaçado várias populações.
O fogo começou na noite de 09 de julho em Picões e Ferradosa, no concelho de Alfândega da Fé e alastrou-se de imediato aos concelhos de Mogadouro, Freixo de Espada à Cinta e Torre de Moncorvo.
Chegou a ter seis frentes ativas e a ser combatido por mais de 900 elementos de todo o país e só foi dado como extinto na manhã de 12 de julho, como recorda a Lusa.

Lusa

MIRANDA DO DOURO: INTERCÉLTICO DE SENDIM VAI INTEGRAR REDE EUROPEIA DE FESTIVAIS DE MÚSICA FOLK

O Festival Intercéltico de Sendim (FIS) vai integrar uma rede europeia de festivais dedicados à música de raiz folk e tradicional que engloba seis países, avançou o diretor, Mário Correia. 
A rede é composta por festivais que acontecem em Portugal, Espanha, França, Itália, Irlanda e Inglaterra que vai integrar de forma experimental este novo conceito.
"A ideia passa por criar fundos de apoio para haver uma rotação de artistas, sendo assim mais fácil negociar com determinado artista seis concertos do que apenas um. Assim, os custos ficam mais baixos, o que vai incrementar a programação de cada festival", adiantou o organizador do FIS.
Segundo Mário Correia, na edição deste ano do Intercéltico de Sendim, que se realiza no concelho de Miranda do Douro é esperada uma comitiva de 20 pessoas que são responsáveis pela organização de festivais folk europeus, assim constarão a qualidade e musicalidade do festival.
O FIS decorre de sexta a domingo, tendo no seu cartaz pela primeira vez uma referência da folk japonesa, para além das formações europeias.
Os Harmonica Creams, que vão atuar no primeiro dia do festival, são um quarteto nipónico onde pontifica Yoshito Kiyono, músico que divide o seu tempo em entre Paris e o seu país de origem e para onde leva a influencias folk europeia.
"Muitos são os que acreditam que a próxima onda celta poderá vir do Oriente, onde o exemplo vem dos Harmonica Creams, que apoiam o repertório na folk e nos blues europeus. Daí convidarmos esta formação de terras do Oriente para a edição deste ano do festival", destacou.
A aposta numa programação musical de reconhecida "qualidade e excelência" vai também para a estreia de representações do País de Gales, com a presença do "extraordinário" grupo Mabon, liderado por Jamie Smith.
O cartaz principal do festival integra outros sonantes da folk europeia, com o destaque para a estreia do País de Gales no festival transmontano, mas também "surpresas de última hora".
"Um município da região espanhola das Astúrias ofereceu uma atuação de uma banda de gaitas asturiana que marcará presença no recinto do festival e nas ruas de Sendim", frisou o responsável.
Na noite de sexta-feira, a festa começa no Parque das Eiras, com um grupo histórico de Braga, os Canto d'Aqui, seguindo-se a representação de terras leonesas (Espanha), a cargo dos Antubel. O serão encerra com a atuação com a gaiteira galesa Susana Seivane, que este ano é tida como a "atração" do FIS.
O cartaz das atividades paralelas para o 14.º FIS integra outras novidades e que passam por um círculo de fogo a gaiteiro, que vai juntar ao longo da noite em torno de uma fogueira, alguns dos melhores instrumentistas nacionais e europeus.

in:rba.pt

Mirandela - Noites quentes animam Parque do Império

As tradicionais noites quentes do xadrez no parque do império, que o CAMIR (Clube Amador de Mirandela) leva a efeito levando toda a sua logística para a parte mais movimentada das festas da cidade, e que concentra dezenas de jovens e adultos, todas as noites durante o mês de Julho, estão a manter a expectativa e sucesso dos anos anteriores.
Este ano é Miguel Moreira, o responsável pelas noites quentes, formador em xadrez e com a responsabilidade de rentabilizar os consagrados e ensinar os candidatos que apareçam a xadrezistas, está entusiasmado com o sucesso que o xadrez do CAMIR tem junto dos mirandelenses, espera no final do mês ter conseguido aumentar o número actual de atletas. 
É mirandelense embora tenha dado os primeiros passos em Vila Flor, tendo continuado em Mirandela até se ir especializar como formador. 
Acredita que a secção vai continuar a expandir-se e a dar muitas alegrias competitivas. “Mirandela é uma terra com tradições no xadrez, espero ajudar a melhorar os níveis dos actuais campeões e fazer dos que já entraram desde que começaram as noites quentes e os que ainda vão entrar, como futuros campeões dentro do possível”, referiu.
A frequência tem sido muito boa, com as mesas quase sempre cheias desde as 21 horas até à meia-noite. “Tem aparecido muita gente com apetência para a modalidade, e com vontade de levar mais a sério a pratica do xadrez, o que me leva a pensar que a modalidade ainda vai crescer mais em Mirandela”, concluiu.

in:jornalnordeste.com

Vinhais - Aldeias de Lomba com acessos melhorados

Catorze aldeias da zona de Lomba, no concelho de Vinhais, ganharam melhores ligações à sede do município.
A repavimentação da Estrada Municipal 103, que liga Sobreiró de Cima às Trincheiras, era uma aspiração antiga dos habitantes daquela zona do concelho, que anteontem assistiram à inauguração das obras. 
O presidente da Câmara de Vinhais, Américo Pereira, explica que a empreitada só foi possível graças a um acordo da autarquia com o Governo, numa altura em que não se falava de crise económica. 
“Esta estrada serve grande parte do lado poente do concelho, era preciso requalifica-la e tivemos a sorte de conseguir fazer este contracto com o governo antes da crise económica se instalar”, recorda o edil
Os habitantes daquela zona respiram agora de alívio e mostram-se muito satisfeitos com estas obras de requalificação da estrada de Lomba, que também tem ligação com Espanha.
A obra custou um milhão de euros, comparticipada em 60% através de um protocolo com o Governo.

in:jornalnordeste.com

Mirandela - Jovens músicos encantam familiares e professores

“Nervosismo, felicidade e medo” são as sensações descritas pelos alunos finalistas da Escola Profissional de Arte (ESPROARTE) de Mirandela durante o XVIII Ciclo de Recitais que decorreu durante a última quinzena.
Para estes alunos actuar em público não é novidade mas esta é sempre uma altura de maior pressão pois é uma prova de aptidão profissional.
“Sinto-me nervosa, tenho medo de falhar porque quero deixar os meus pais orgulhosos e também porque não quero deixar os meus professores mal vistos”, refere das alunas, Gabriela Teixeira.
E para tornar este momento especial foram muitos os pais e amigos que foram até ao salão nobre do Palácio dos Távoras para assistir e apoiar os seus entes queridos. “Sinto-me muito orgulhoso da minha filha, estou muito emocionado”, expressa Alberto Rodrigues, um dos pais presentes.
O coordenador do projecto, Nuno Scarpa, destaca a importância deste recital não só para os alunos da escola demonstrarem as suas aptidões, mas também para cativar e encaminhar novos talentos para a música. “É uma oportunidade para os alunos demonstrarem a sua evolução e de despertar ainda mais o interesse pela boa música”, conclui o coordenador.
Numa época de crise em que não há dinheiro para atribuir os prémios de mérito aos melhores alunos, a Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola Profissional de Artes de Mirandela (AEPEPAM) organizou o I Encontro de Bandas Filarmónicas, no passado dia 5 de julho, no Auditório Municipal de Mirandela, a fim de angariar dinheiro para os prémios.
Segundo a presidente da associação, Palmira Fernandes, a adesão do evento correspondeu às expectativas. “ Conseguimos angariar uma quantia considerável para podermos atribuir prémios de mérito aos melhores alunos finalistas de sopros e cordas tanto do 9º como do 11º ano”, explica a responsável.

in:jornalnordeste.com

IPB vai receber mais alunos de Moçambique

O Instituto Politécnico de Bragança assinou um protocolo com a Universidade Pedagógica de Moçambique que prevê a mobilidade de alunos e docentes entre as duas instituições de ensino.
O acordo contempla ainda a colaboração ao nível da investigação e da implementação de mestrados na escola moçambicana.
Este é mais um passo para a afirmação internacional do IPB. “Vamos colaborar na qualificação de docentes que vão fazer teses de mestrado e gostaríamos que eles passassem a integrar alguns dos centros de investigação do IPB”, refere o presidente do Politécnico bragançano, Sobrinho Teixeira. Segundo o responsável, “temos também o desafio de ajudar à implementação de três mestrados, nomeadamente o desenho curricular dos cursos”.
A directora da Escola Técnica da Universidade Pedagógica de Moçambique diz que o objectivo deste protocolo é garantir que os cursos leccionados tenham uma qualidade aceitável. “É um grande desafio, mas queremos fazer desenvolver a escola e garantir que o corpo docente tenha uma qualidade desejável para o funcionamento de todos os cursos”, afirma Brigida de Oliveira. “Queremos apostar na melhoria da qualidade de ensino e na concepção de novos currículos de forma a responder às necessidades do nosso país”, salientou.
No dia da assinatura do protocolo tomou posse o presidente do Conselho Geral do IPB e os directores das escolas, recentemente eleitos.

in:jornalnordeste.com

Concerto de violoncelo em Cidões

Mais de 700 velas espalhadas pelas ruas deram um ambiente mágico à noite deste sábado em Cidões.
A aldeia do concelho de Vinhais recebeu um concerto inédito, protagonizado pelo músico Vasco Alves, que levou pela primeira vez o violoncelo a esta terra transmontana.A Associação Raízes de Cidões organizou uma iniciativa diferente para dar as boas vindas aos filhos da terra. 
A presidente, Ortência Pinto, não tem dúvidas que este concerto de música clássica é uma alternativa à música popular que anima a maioria das aldeias no Verão.A música do violoncelo fez-se ouvir nas ruas de Cidões e quem assistiu ao concerto garante que este foi um momento único. 
Para o músico Vasco Alves este também foi um concerto especial. “É muito gratificante para mim tocar nesta aldeia, que é a minha aldeia adoptiva”, disse o músico. A noite ficou completa com a apresentação do livro de contos transmontanos, da autoria de António Tiza, intitulado “O Diabo e as Cinzas”. Composto por 13 contos, um deles é dedicado ao “Canhoto de Cidões”.
Os contos compilados neste livro são ilustrados por pinturas de Luís Canotilho e vão ser apresentados nas restantes 12 aldeias com tradições ligadas ao Diabo e às Cinzas.

Escrito por Brigantia

O Festival de Música e Tradição regressa a Palácios, concelho de Bragança, e, este ano, fomos acompanhar a segada. Diferentes gerações juntam-se na ceifa do cereal, uns para ensinar outros para aprender.

Na aldeia de Palácios, no concelho de Bragança, este foi um fim-de-semana de tradições.
A segada e a malha à moda antiga foram os pontos altos do Festival da Lombada. 
A população da aldeia junta-se para mostrar aos mais novos como se trabalhava antigamente, num ambiente festivo e onde reina a boa disposição. Este ano, o trabalho de separação do grão da palha foi facilitado com a introdução de uma malhadeira. 
Ainda assim, o presidente da Associação Cultural e Ambiental de Palácios, Raul Tomé, garante que estas máquinas já não são utilizadas há alguns anos.“Ao longo de 11 anos temos variado um pouco com o sistema da malha, desde o malho à trilha, no ano passado fizemos com uma malhadeira que não separava o grão da palha e este ano quisemos introduzir uma malhadeira mais mecânica que faz essa separação”, realça o responsável.
A população da aldeia recorda os tempos em que as segadas e as malhas faziam parte de um mês de trabalho durante o Verão. Tempos difíceis que agora são encenados num ambiente de festa.
Quem passou por Palácios durante o fim-de-semana juntou-se à festa e aplaudiu a iniciativa.“Venho de Amarante já há cinco ou seis anos e gosto muito de ver. Não ajudo muito, porque não percebo muito da segada e da malhada, mas gosto de apreciar os trabalhos antigos”, afirma o visitante.
Aos trabalhos do campo juntou-se a música tradicional, com a actuação dos Pauliteiricos de Mogadouro, do Grupo de Pauliteiros de Miranda do Orfeão Universitário do Porto, dos Gaiteiros e Tocadores do Nordeste e do grupo Trasga.
Escrito por Brigantia

sábado, 27 de julho de 2013

Resposta a Miguel Sousa tavares

Caro Miguel

Desde já peço desculpa pela familiaridade do trato, mas como nos conhecemos tão bem sinto-me no direito de ser mais tu-cá-tu-lá consigo. Li o seu artigo sem adulteração, aquele do Expresso do último sábado, do dia 15 de Junho de 2013. Escrevo a data completa porque a quantidade de textos que debita poderiam criar na sua cabeça alguma confusão sobre o espaço temporal a que me refiro. Devo dizer que é um texto bem escrito, daqueles que se aprendem a escrever quando se tem uma professora à moda antiga, das que nos ensinam a amar o saber e fazer da vida uma busca continua desse mesmo saber, das que nos ensinam a ter espírito critico, das que nos ensinam a pensar e a usar com racionalidade essa fundamental característica que é uma das que nos distinguem das restantes espécies da Classe Mammalia. 
Como se deu ao trabalho de fazer uma breve introdução romanceada do seu percurso pelo primeiro ciclo, então escola primária, vou, também eu, essa breve introdução, sem as figuras de estilo que o Miguel usa, porque em mim a escritora não pode florescer por falta não de vocação que essa até tenho, mas de tempo, e a seu tempo entenderá o porquê. Então vejamos, em 1976 entrei na escola primária. 
A escola que me acolheu, uma das obras positivas do tempo assumidamente autocrático, era linda, branca, com casas de banho que por acaso não funcionavam mas estavam lá, com as paredes preenchidas pelos trabalhos de desenho dos meus colegas mais velhos que a minha arte ainda não se tinha manifestado. Sabe porque é que a minha escola era linda? Porque eu não sou filha de nenhuma escritora, nem nenhum deputado, nunca os meus olhos tinham visto tanto livro junto, e refiro-me a meia dúzia que havia lá pela minha escola de aldeia, longe de Lisboa e do Porto. 
Sabe Miguel, acredito que pense efetivamente que sabe, ou não tivesse sido aluno da D. Constança, as vivências da realidade são diferentes de ser humano para ser humano, e por isso o quadro feio e negro da escola do Miguel pode ser belo e muito colorido para alguns dos seus colegas de carteira. Mas deixemos isto e continuemos na saga do meu percurso escolar. 
Tal como o Miguel também na minha escola éramos muitos, tanto que nem me lembro do número, será porque isso nunca foi relevante? É que das pessoas ainda me lembro bem, das brincadeiras também, das aulas também… As duas salas estavam sempre cheias, como um ovo, havia dois turnos de aulas com 4 professoras, duas de manhã e duas de tarde. A mim calhou a D. Maria Isabel, uma mulher linda, com o seu cabelo cinzento e os lábios pintados de uma cor fabulosa, um tom de laranja doce. 
A D. Maria Isabel acabou de me ensinar a ler, que alguma coisa a minha teimosia já me havia feito aprender. Sabe Miguel, em algumas situações a teimosia é uma característica boa, de tal forma que no final do primeiro período já eu substituía a minha avó na leitura de “O amigo do Povo” às suas comadres analfabetas. 
Vou agora refrescar-lhe a memória em relação ao que era o primeiro período: – período de tempo que mediava entre Outubro e meados de Dezembro, suponho que entende o que lhe estou a dizer, mas se não informe-se junto de alguns psicólogos e pedagogos credíveis. Abreviando um pouco, e quase para terminar este parágrafo, devo dizer-lhe que a minha professora foi tão boa que em 3 anos resolveu comigo as questões que para muitos se resolviam em 4, e para outros muitos em mais de 4. Tal como a sua, também a minha deixou em mim um apetite voraz para as letras, chamava-me “papa livros” tal era a minha voracidade, e todas as semanas, levava de Coimbra para mim muitos livros. 
A minha professora Maria Isabel era uma mulher completa com marido, 3 filhos, sendo um surdo-mudo, pais e sogros. Vivia do seu trabalho e como tal faltou algumas vezes, pois não tinha possibilidades económicas para delegar responsabilidades. Mas sabe o que lhe digo, foram muitos os alunos que mandou para a universidade, que hoje até leem o que o Miguel escreve com espírito crítico. Neste momento poderia considera-lo um mentecapto e situar este comentário no seu texto brilhante, mas não o vou fazer, porque o Miguel também teve uma boa professora na escola primária.
Mudando de parágrafo e de assunto, tal como o Miguel, sei que o país está à beira da bancarrota, mas na minha família só o direito ao voto responsabiliza por essa situação, sabe porquê? Nunca nenhum dos meus progenitores ocupou lugar em nenhuma das cadeiras da Assembleia da República, por partido nenhum quanto mais por dois e ainda mais relevante, nunca nenhum dos meus progenitores foi ministro. Sinto muito Miguel por ter que lhe lembrar que algumas das responsabilidades da miséria que crassa por esse Portugal fora tem genes que lhe foram a si entregues. Mais ainda, na minha família toda a gente produz, desde tenra idade. Sobre trabalho o Miguel, por certo, teria muito a prender comigo e com os meus.
Voltemos agora ao ainda cerne desta questão, a greve dos professores. Sabe Miguel, depois de ler o seu texto, volto a dizer, sem adulterações, fiquei a pensar se o seu sistema digestivo seria igual ao dos restantes mamíferos. E confesso que esta duvida já me assaltou algumas vezes frente aos seus escritos. 
Em relação aos professores o Miguel não sabe nada do que pretende dizer, seria bom e revelador de algumas sinapses ativas, que se calasse até conseguir saber sobre o que se pronuncia. Eu sou professora, há já muitos anos, executo a profissão que sempre quis ter, lá por causa da minha rica professora Maria Isabel, e trabalho que me desunho, e não falto, e estou disponível para os meus alunos até para ser mãe. O meu horário semanal ( e o da maioria) tem sempre muito mais do que as 40 horas agora na moda, tenho que me preparar, nem sequer para cada ano é mesmo para cada turma, pois são sempre diferentes os alunos e as suas interações; tenho que os avaliar, e isso exige muito pois sou acérrima defensora da avaliação formativa; tenho que tentar manter-me atualizada pois lecciono uma disciplina das ciências mais vanguardista, e isso requer muito tempo ( percebe agora porque não me dedico mais à escrita?). 
Eles, os meus alunos, que são quem me importa, sabem disso! Acho de uma arrogância tola o Miguel vir pronunciar-se sem saber do que fala. 
Eu também sou leitora e agora vou aqui falar de um escritor medíocre que já li. Vou tecer comentários sobre obras e escrita que conheço, não sobre números de origem duvidosa! O Miguel escreve com a qualidade necessária para ser comercial, isto é para ganhar dinheiro, muito por sinal. Quer assumir-se como um Eça? Sabe que está a anos luz, sobra-lhe a capacidade descritiva, mas falha nos pormenores, vou dar-lhe um exemplo concreto: descreve cenas de sexo/amor com minúcia, mas impraticáveis por imposição das leis da física. Tenta ser um critico social, mas o seu azedume natural tira-lhe a graça e a leveza que tornam Eça sempre atual. Poderia continuar mas acho que já consegui perceber onde quero chegar. 
O Miguel é um escritor medíocre, mas isso não faz com que todos os escritores de Portugal o sejam, repare a sua mãe até ganhou um prémio Camões. Até sei que vai pensar que estou a ser ressabiada, será um argumento de defesa legítima uma vez que o estou a atacar, mas totalmente desprovido de verdade. Entenda o que lhe quero dizer de forma clara, há professores medíocres mas a maioria é bastante boa, empenhada e esforçada. Esta greve serviu apenas para mostrar ao governo que o caminho da mentira e do enxovalhamento publico tem que acabar. 
Os direitos dos alunos estão a ser salvaguardados, é certo que temos menos alunos, mas também é certo que cada ano as turmas são maiores e os problemas sociais, que entram sempre pela sala de aula dentro, são cada vez mais. Sabe Miguel, seria mais proveitoso para os alunos trabalhar em salas com menos crianças/jovens e consequentemente menos problemas do que em salas cheias até à porta. Sabe que assim poderíamos desenvolver o espírito critico desses jovens e aí as coisas mudavam um pouco… Já imaginou um pais em que a maioria dos cidadãos tivesse espírito critico? Imagina o destino que seria dado aos medíocres? Acha que haveria lugar a tantas PPP’s? Acha que o dinheiro do Estado Social ( faço aqui um parêntesis para lhe dizer o que é o estado social, que eu sustento: EDUCAÇÃO, SAUDE e SEGURANÇA SOCIAL) seria desbaratinado em manobras bizarras sem que fossem pedidas contas? 
Acha que os gestores das empresas publicas que acumulam prejuízos continuariam a ser premiados? Acha que se assistiria a uma classe política corrupta, incompetente e desavergonhada de braços cruzados? Acha que haveria prémio para a mediocridade de textos que vendem como cerejas à beira do caminho? Ai Miguel depois destas questões até o estou a achar inocente… acabei de ficar com aquele sorriso que dou aos meus alunos travessos, mas simples, só que para eles é para os conduzir ao bom caminho, para si é mesmo com condescendência.
Falou no seu texto no estado calamitoso em que se encontram as contas públicas, e sou forçada a concordar consigo, só tenho pena que apenas consiga ver o erro, e lhe falte a coragem para imputar responsabilidades. 
O país está neste estado por causa dos decisores políticos e dos fazedores de opinião, entre os quais o incluo. A má gestão é que nos levou a este marasmo, não fui eu, nem os meus pais. Desde muito jovem que justifico o que como, foi assim que fui educada, é assim que educo os meus filhos e até os meus alunos, dentro do possível. Da má gestão posso ser responsabilizada por votar, mas sempre o fiz em plena consciência, acreditando que dava o meu voto a um ser humano digno. E continuo a fazê-lo! Quanto aos fazedores de opinião é um problema acrescido, porque esses nascem do nome que carregam, tal como o Miguel bem sabe. 
Por isso lhe digo em jeito de conclusão, este texto só será lido em blogues, porque o apelido Bragança não me abre as portas dos jornais. Fique bem Miguel e quando não conseguir mais dormir, por ter tomado consciência da sua responsabilidade pessoal no estado em que se encontra o país, não pense logo em suicídio, tome primeiro Valeriana e se não resolver tome Xanax.

Anabela Bragança, professora de Biologia, ainda com alegria e orgulho!
Coimbra, 19 de Junho de 2013