quarta-feira, 16 de abril de 2025

Bragança é o distrito onde nasceram menos bebés no 1º trimestre do ano

 Em Bragança nasceram 124 bebés, número que deixa o distrito no fundo da tabela


Bragança é o distrito onde nasceram menos bebés no primeiro trimestre deste ano. Segundo os dados do Programa Nacional de Rastreio Neonatal, coordenado pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, em Bragança, nos primeiros três meses do ano, foram feitos 124 testes do pezinho.

No ano passado, em igual período, Bragança foi também o distrito onde nasceram menos bebés. Nasceram menos dois que nos primeiros três meses deste ano, ou seja, 122.

Depois de Bragança, foi em Portalegre e na Guarda que nasceram menos bebés. Já Lisboa, Porto e Setúbal estão no topo da lista, foram os distritos em que nasceram mais crianças.

O "teste do pezinho" é efetuado a partir do terceiro dia de vida do recém-nascido, através da recolha de umas gotículas de sangue no pé da criança.

Os dados foram divulgados hoje.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Carina Alves

E-Redes abateu árvores no Parque Natural de Montesinho mas não terá tido autorização

 Associação de Baldios de Cova de Lua denunciou abate. A população e a associação estão indignados porque a E-REDES abateu árvores na aldeia, alegadamente sem qualquer licença no ICNF. Em pleno Parque Natural de Montesinho denunciam ter sido cortada lenha de espécies protegidas à revelia


A Associação de Baldios de Cova de Lua denuncia a empresa E-REDES por abater árvores sem licença e acusa o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas de não ser coerente. No início do mês de abril, a população desta aldeia de Bragança apercebeu-se que uma firma subcontratada pela E-REDES estaria a cortar várias árvores perto das linhas de alta tensão, em terrenos privados, sem qualquer aviso. O presidente dos baldios, David Fernandes, contactou o ICNF e foi aí que percebeu que não havia qualquer autorização. “Vimos que não houve qualquer critério e cortaram carrascos, azinheiras e carvalhos. Isso causou, como é óbvio, incompreensão e alguma revolta nos privados. Entramos em contacto com o ICNF. Aquilo que nos foi dito foi que não haveria nenhuma licença, não havia nenhuma previsão de corte de lenha na freguesia de Espinhosela nesse período e então tomámos esta posição pública no sentido de denunciar aquilo que foi uma dualidade de critérios do ICNF, porque controla as pessoas ao máximo, não as deixa tirar algum proveito das suas propriedades e o Estado chega aqui e faz o que quer e lhe apetece”.

A aldeia está situada em pleno Parque Natural de Montesinho, onde são colocados diversos entraves ao abate de árvores, por se tratar de espécies protegidas. Já em 2023, a associação de baldios tinha solicitado uma autorização para cortar lenha, que só após “muita insistência”, o ICNF autorizou o corte do “carrascal jovem”, em quantidades “insuficientes”, que nem para uma família servia. David Fernandes mostrou-se indignado por agora não terem sido colocados entraves sobre um abate de árvores que considera “abusivo”. “Já não adianta dizer que não havia autorização, o corte está feito, os privados foram lesados e, portanto, houve aqui um excesso de descontrolo por parte do ICNF. Se não fossem os baldios a alertar para esta situação, eles não paravam em Cova de Lua, já estariam muito mais para a frente e, nesse sentido, nós entendemos que foi cometida uma injustiça, para com as pessoas da aldeia, em particular”.

O presidente da Associação de Baldios alertou ainda que na área protegia é proibido cortar árvores a partir de 31 de março.

Quando se apercebeu do que estava a acontecer contactou o ICNF e, no mesmo dia, vários técnicos deslocaram-se ao local e impediram que mais árvores fossem cortadas. O morador Leonardo Afonso testemunhou esse momento. Foi um dos proprietários lesados e nem foi informado de que iriam entrar no seu terreno. Assinalou que houve “falta de comunicação”, um “aspeto importante”, que falhou. Além disso, vincou que algumas das árvores cortadas “não eram impeditivas paras as redes” e “não prejudicavam os postes de alta tensão”. “Não percebemos como é que uma entidade, que não é da região, que não comunica com a região, tem a possibilidade de fazer esse corte, nomeadamente árvores que são protegidas”, frisou ainda.

A lenha cortada fica no terreno do proprietário e se não for levantada, a empresa E-REDES fica com a madeira.

Segundo o edital da empresa, ao qual tivemos acesso, iria ser feita a gestão de combustível em várias freguesias do concelho de Bragança, mas não está incluída a freguesia de Espinhosela, à qual Cova de Lua pertence. Contactámos por escrito a E-REDES, mas não obtivemos qualquer declaração.

Também contactámos a diretora regional do ICNF para pedir esclarecimentos, que pediu que fosse enviado um email, que até ao momento não teve qualquer resposta.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Ângela Pais

Operação Páscoa: GNR alerta para os cuidados na estrada devido ao aumento do tráfego

 Operação termina no dia 21


A GNR está na estrada a fiscalizar e sensibilizar os condutores, nesta época festiva. A Operação Páscoa 2025 vai decorrer até 21 de abril. Segundo o major do Comando Distrital de Bragança, Hernâni Martins, o objetivo é garantir a segurança rodoviária e diminuir a sinistralidade, numa altura em que há mais trânsito. “Nestes dias, exerceremos uma orientação do nosso esforço para os locais onde, normalmente, ocorrem festividades associadas ao período da Páscoa, mas sobretudo para as vezes circulação mais críticas, de forma a proporcionar deslocações em segurança. O objetivo será combater a criminalidade, garantir a segurança rodoviária, prevenir a sinistralidade rodoviária e apoiar os cidadãos na regularização do trânsito”.

A operação já começou no passado dia 11 e até agora, no distrito de Bragança, já foram registados 19 acidentes, nos quais, segundo Hernâni Martins, três pessoas ficaram feridas, uma com gravidade e duas sem.

Face às condições meteorológicas previstas para os próximos dias, a GNR alerta para os cuidados a ter na estrada, nomeadamente “atenção ao excesso de velocidade, às manobras perigosas, à condução sob efeito do álcool ou qualquer substância psicotrópica, à utilização de aparelhos, nomeadamente o telefone, que, durante a condução, é proibida e é perigosa, utilização do sistema de retenção de crianças e ainda o correto planeamento das viagens”.

Numa altura em que as famílias se reúnem e há até a vinda de emigrantes, a Guarda Nacional Republicana reforçou o patrulhamento nas estradas, com vista a promover a segurança rodoviária.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Ângela Pais

Miranda do Douro recebe a partir de amanhã a Feira da Bola Doce

 Certame decorre até sábado e é uma homenagem ao doce mirandês típico da Páscoa


Começa amanhã a Feira da Bola Doce em Miranda do Douro. O certame decorre até sábado, com cerca de 90 expositores da região, mas também do resto do país. O centro das atenções é este doce mirandês, típico da Páscoa, feito com sete camadas de massa, recheadas com açúcar e canela. A presidente do município, Helena Barril, lembra a dimensão que a bola tem para as famílias mirandesas, que hoje em dia já é procurada ao longo de todo o ano. “A bola doce está associada à Páscoa. Eu lembro-me que nós vivíamos a nossa infância com aquele encanto das férias da Páscoa, com o ajudar a avó no forno e do dia em que se abria a bola doce, esperávamos por isso. O facto agora é que se deixou de esperar pela Páscoa para comer a bola doce”.

Música e animação também não vão faltar nesta edição do certame, que conta, a nível musical com DAMA e Nena. Haverá ainda a presentação do novo livro de Pedro Chagas Freitas.

Para a autarca, mais do que um gasto do município de várias dezenas de milhares de euros, a feira significa um investimento, devido ao retorno que tem para a economia de

Miranda do Douro. “Vai ter uma repercussão económica muito grande no concelho. Os hotéis têm a capacidade praticamente esgotada. Já vemos muita movimentação na cidade, em termos de turistas, há turistas espanhóis, portugueses, franceses e belgas”.

A Feira da Bola Doce e Produtos da Terra, em Miranda do Douro, acontece nos Jardins do Frades Trinos. O certame tem vindo a crescer de edição para edição e este ano conta com expositores de todo o país.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Ângela Pais

"𝗗𝗼𝗰𝘂𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼𝘀 𝗰𝗼𝗺 𝗛𝗶𝘀𝘁ó𝗿𝗶𝗮" 𝗲𝗺 𝗲𝘅𝗽𝗼𝘀𝗶çã𝗼 𝗻𝗮 𝗕𝗶𝗯𝗹𝗶𝗼𝘁𝗲𝗰𝗮 𝗠𝘂𝗻𝗶𝗰𝗶𝗽𝗮𝗹 𝗱𝗲 𝗙𝗿𝗲𝗶𝘅𝗼 𝗱𝗲 𝗘𝘀𝗽𝗮𝗱𝗮 à 𝗖𝗶𝗻𝘁𝗮

 Está patente para visita, na Biblioteca Municipal, a mostra "Documentos com História", uma iniciativa que pretende dar a conhecer, através de uma exposição de livros e documentos existentes no acervo do Arquivo Municipal, resoluções e registos de dados importantes para o nosso concelho.
Esta mostra de "Documentos com História" dirige-se às escolas e à população em geral, tendo como objetivo tornar mais acessível o acesso de todos ao vasto espólio documental do concelho de Freixo de Espada à Cinta que se encontra à guarda do Arquivo Municipal.


𝐕𝐚𝐥𝐞 𝐝𝐞 𝐓𝐞𝐥𝐡𝐚𝐬 𝐯𝐨𝐥𝐭𝐚 𝐚 “𝐒𝐞𝐫𝐫𝐚𝐫 𝐚 𝐁𝐞𝐥𝐡𝐚” nos próximos dias 𝟏𝟖 𝐞 𝟏𝟗 𝐝𝐞 𝐚𝐛𝐫𝐢𝐥.

 Com um programa recheado, a aldeia de Vale de Telhas, no concelho de Mirandela, 𝐫𝐞𝐯𝐢𝐯𝐞 𝐮𝐦𝐚 𝐝𝐚𝐬 𝐬𝐮𝐚𝐬 𝐭𝐫𝐚𝐝𝐢𝐜̧𝐨̃𝐞𝐬 𝐦𝐚𝐢𝐬 𝐚𝐧𝐭𝐢𝐠𝐚𝐬 𝐞 𝐦𝐚𝐫𝐜𝐚𝐧𝐭𝐞𝐬. O evento oferece uma programação diversificada, que inclui 𝐞𝐧𝐜𝐞𝐧𝐚𝐜̧𝐨̃𝐞𝐬 𝐭𝐞𝐚𝐭𝐫𝐚𝐢𝐬, 𝐭𝐚𝐛𝐞𝐫𝐧𝐚𝐬 𝐞 𝐦𝐮𝐢𝐭𝐚 𝐦𝐮́𝐬𝐢𝐜𝐚. 
Uma das atrações principais é o "Serrar a Belha", uma tradição ancestral de origem pagã, que ocorre entre o Carnaval e a Páscoa. Esta encenação teatral remonta a um momento simbólico de arrependimento, no qual uma figura de uma velha, prestes a enfrentar a morte, percorre a aldeia a distribuir os seus bens e a satirizar os habitantes, refletindo a crítica social e as antigas crenças populares.

A celebração é um momento único de partilha cultural e de preservação das raízes da comunidade, reunindo locais e visitantes em torno de um evento que combina história, tradição e diversão.

Serra da Velha

 O Centro Cultural e Recreativo de Limãos continua a honrar e preservar o seu património cultural. No próximo sábado, dia 19 de abril, irá recriar as tradições de antigamente com o evento Serra da Velha.
O evento conta com a acarreja dos paus, a procissão da Serra da Velha, confissão da Velha, queima da Velha, entre outras atividades e muita animação.

Juntos preservamos as tradições!

"Rostos do Solstício de Inverno" em exposição no Parque Biológico de Vinhais

 O Parque Biológico de Vinhais acolhe a exposição de máscaras “Rostos do Solstício de Inverno”, uma mostra criativa da autoria dos alunos do Agrupamento de Escolas D. Afonso III – Vinhais. As peças expostas, inspiradas nas tradicionais mascaradas do concelho associadas às festas solsticiais, revelam um olhar jovem e contemporâneo sobre o vasto e riquíssimo património cultural da região.


São mais de 30 criações originais, produzidas com recurso a diversos materiais e técnicas, que podem ser apreciadas diariamente no auditório do parque. Os trabalhos foram desenvolvidos no âmbito das disciplinas de expressões plásticas e traduzem não só a criatividade dos alunos, mas também o seu envolvimento com as tradições locais.

Paula Ortega, uma das professoras responsáveis pelo projeto, sublinha que estas obras “refletem o empenho dos alunos e o crescente interesse por esta temática e pelas tradições da sua terra. Interesse esse que se tem intensificado desde que somos nós, na escola, a construir o Cabrão gigante para a Festa da Cabra e do Canhoto de Cidões, bem como a gigante para os Mil Diabos à Solta em Vinhais”.

Para Rui Correia, diretor do Agrupamento de Escolas, esta iniciativa “além de estimular a criatividade artística dos alunos, permite partilhar com a comunidade parte do trabalho desenvolvido em contexto escolar e contribui para a valorização das raízes culturais e das marcas identitárias do território onde os jovens crescem e se formam”.

Perfeitamente integrada no ambiente do parque, esta exposição oferece uma nova dimensão à visita, conjugando natureza e cultura. “Complementa aquilo que habitualmente se pode ver neste espaço de interpretação da fauna e flora autóctones do concelho de Vinhais, levando o visitante numa verdadeira viagem pelo património natural, material e imaterial da região”, destaca Miguel Fernandes, diretor do Parque Biológico de Vinhais.

A exposição tem entrada livre e estará patente ao público até ao final de agosto, constituindo um convite para descobrir o talento dos jovens vinhaenses e redescobrir as tradições que fazem parte deste pequeno rincão do nordeste transmontano.

Narradores da memória - Sendim

 São a memória do Portugal profundo. A histórias são passadas de boca em boca de pais para filhos. Em Sendim vivem dois guardiães do passado. 
A FOCUS falou com os criadores de mitos contemplados com o diploma narradores da memória. 

PARTE 1


PARTE 2

𝗫𝗜𝗫 𝗣𝗮𝘀𝘀𝗲𝗶𝗼 𝗣𝗲𝗱𝗲𝘀𝘁𝗿𝗲 𝗔𝗹𝗽𝗮𝗷𝗮𝗿𝗲𝘀 𝟮𝟬𝟮𝟱 - 𝗜𝗻𝘀𝗰𝗿𝗶çõ𝗲𝘀 𝗮 𝗱𝗲𝗰𝗼𝗿𝗿𝗲𝗿!

 Estão a decorrer as inscrições para o XIX Passeio Pedestre Alpajares 2025, que se realiza no dia 24 de maio.
As inscrições estão a decorrer até ao dia 14 de maio e devem ser efetuadas no Posto de Turismo de Freixo de Espada à Cinta (turismo@cm-fec.pt | 279 654 480).
👉 Saída às 08h30 em frente à Câmara Municipal de Freixo de Espada à Cinta;
👉 Concentração às 09h junto à antiga Escola Primária de Poiares;

O XIX Passeio Pedestre Alpajares 2025 é organizado pela Câmara Municipal de Freixo de Espada à Cinta e pela Junta de Freguesia de Poiares.

Inscreva-se!

“SERRAR A BELHA” REGRESSA A VALE DE TELHAS

 Nos dias 18 e 19 de abril de 2025, a aldeia de Vale de Telhas, no concelho de Mirandela, será palco de mais uma edição do evento “Serrar a Belha”, uma tradição secular transmontana que assinala o fim do inverno e celebra a chegada da primavera com rituais de purificação e renovação.


Fortemente enraizada na cultura popular de Trás-os-Montes, a cerimónia centra-se na figura da “Belha”, personagem simbólica que representa o passado e os males acumulados ao longo do ano. Em ambiente de sátira e humor, a comunidade encena o julgamento e condenação da “Belha”, culminando com a sua queima num ritual catártico que simboliza a libertação coletiva e a esperança num novo ciclo.

A edição deste ano traz novidades que prometem enriquecer ainda mais a experiência dos visitantes. Entre os destaques está o Festival do Polvo, uma aposta na gastronomia local que pretende atrair amantes da boa comida. A encenação teatral do “Serrar a Belha” regressa também com uma produção renovada, incluindo efeitos de fogo cénico que prometem surpreender o público. As festividades estendem-se ainda pela noite com concertos e espetáculos musicais que animarão o centro da aldeia.

O “Serrar a Belha” é hoje uma manifestação viva da identidade transmontana e uma importante alavanca para o turismo e a economia local, atraindo visitantes de toda a região e além-fronteiras.

Jornalista: Micaela Costa

Animação é coisa que não irá faltar na Feira do Folar e dos Produtos da Terra que começa já no próximo dia 17 de abril.

 Animação é coisa que não irá faltar na Feira do Folar e dos Produtos da Terra que começa já no próximo dia 17 de abril.
Pelas 15h00 no CAECA "Alice e uma Tremenda Loucura" , onde Alice já viu muita coisa estranha, mas isto é de loucos, o Chapeleiro Maluco fechado numa sala, preso no tempo, envolto em chávenas e bules de chá, uma  peça de teatro para toda a família. 

Já dissemos que a animação não vai faltar? A Ut!topia vai andar a espalhar diversão todos os dias da Feira.

MACEDO DE CAVALEIROS: “CABRITO À MESA” VAI ENALTECER A GASTRONOMIA TRANSMONTANA

 De 18 a 20 de abril, em época pascal, o concelho de Macedo de Cavaleiros volta a aliar a tradição culinária com o fim de semana gastronómico “Cabrito à Mesa”. A iniciativa, promovida pelo município, celebra o cabrito como uma das iguarias mais emblemáticas da mesa portuguesa nesta altura do ano.


Ao todo, 13 restaurantes do concelho participam nesta edição, apresentando propostas que vão desde as receitas mais tradicionais até abordagens mais criativas e inovadoras, sempre com o cabrito como protagonista.

Este será o último capítulo de um ciclo de seis fins de semana gastronómicos promovidos ao longo do ano, onde já foram destacados outros produtos regionais de excelência, como a castanha, o butelo com casulas, o azedo, o javali e o grelo. Integrado nas boas práticas do Geopark Terras de Cavaleiros, certificado pela UNESCO, o evento ostenta o selo Geofood — uma distinção que reconhece a utilização exclusiva de matéria-prima local e técnicas tradicionais de confeção, valorizando a identidade gastronómica do território.

Mais do que uma celebração da gastronomia, “Cabrito à Mesa” é uma afirmação da autenticidade de Macedo de Cavaleiros, promovendo o turismo, os produtos locais e o património cultural da região.

Jornalista: Micaela Costa

Algoso: Páscoa celebra-se com Sábado de Aleluia e Mercado Medieval

 Na aldeia histórica de Algoso, a Páscoa celebra-se com o Sábado de Aleluia e o Mercado Medieval, um evento religioso e cultural, em que a Ressurreição de Cristo é celebrada com uma procissão noturna até ao castelo, para daí iniciar os cânticos de Aleluia, na noite de sábado para Domingo.


O evento decorre no fim-de-semana de 19 e 20 de abril e faz parte da estratégia da freguesia de Algoso, para promover o seu património religioso, cultural e histórico.


A presidente da freguesia de Algoso, Cristina Miguel, explicou que o “Sábado de Aleluia” é uma antiga tradição da localidade, que consiste numa procissão noturna, da igreja matriz de Algoso, até à capela de Nossa Senhora da Assunção, edificada junto ao castelo medieval.

“Antes da meia-noite, toda a população de Algoso participa nesta procissão até ao Castelo. Na subida para o castelo, são levados estandartes e o povo vestido de preto, em sinal de tristeza e luto pela morte de Jesus, canta as alvíssaras. Chegados ao castelo, à meia-noite os sinos começam a repicar para anunciar a Ressurreição de Cristo e a procissão regressa à aldeia, com o povo a entoar cânticos de aleluia e aclamações a todos os Santos”, descreveu.

Esta antiga tradição foi recuperada em 2018, ano em que a freguesia de Algoso começou também a organizar o Mercado Medieval.

“Com o propósito de promover o riquíssimo património histórico de Algoso, onde se destaca o castelo do século XII, decidimos recriar o tempo da Idade Média. A aldeia é decorada, os habitantes locais vestem-se com os trajes medievais e é instalado um mercado medieval, com barraquinhas de produtos locais e regionais, artesanato e tasquinhas com a gastronomia típica da região”, indicou.

Este ano, vão participar no mercado medieval 60 produtores de doçaria tradicional, folar, pão, fumeiro, azeite, mel, frutos secos, vinho, licores e outros produtos.

Durante o fim-de-semana, a animação é uma constante em Algoso, com jogos tradicionais, teatro, falcoaria, espetáculos de fogo, carrossel medieval, animais, entre outras atividades.

Na noite de sábado, outro destaque é o concerto medieval do grupo “Manta d’Ourelos”.

“O público que pretenda visitar Algoso durante do fim-de-semana, tem a possibilidade de almoçar e jantar nas tabernas do mercado medieval, na Casa do Povo ou no restaurante da albergaria. No que concerne ao alojamento, a albergaria local já esta lotada, pelo que os visitantes devem procurar alternativas nas localidades próximas dos concelhos de Vimioso, Mogadouro ou Miranda do Douro”, indicou Cristina Miguel.

Em Algoso, o Domingo de Páscoa começa pela manhã, com a caminhada interpretativa pelo trilho do castelo. Neste percurso de 6,2 quilómetros, os caminhantes têm a oportunidade de conhecer os monumentos históricos de Algoso, como o castelo do século XII, a ponte românica, o pelourinho, a antiga Câmara Municipal e a fonte Santa, assim como a flora e a fauna da região.

“No Domingo, o maior destaque é a celebração da Missa da Ressurreição do Senhor, às 14h00, na igreja matriz de Algoso”, indicou a presidente da freguesia.

Na tarde de Domingo, a festa do Mercado Medieval prossegue com atividades como o jogo do cântaro, as oficinas de danças medievais e o baile medieval.

“Nesta altura do ano, Algoso recebe a visita de muitos dos emigrantes que trabalham em países como a Espanha, França e Suíça. Por isso, neste fim-de-semana esperamos a afluência de muita gente à aldeia para celebrar a Páscoa da Ressurreição do Senhor”, indicou a autarca de Algoso.

O evento “Sábado de Aleluia & Mercado Medieval” é organizado pela União de Freguesias de Algoso, Campo de Víboras e Uva e conta com o apoio do município de Vimioso. O evento conta ainda com a colaboração da Unidade Pastoral de Nossa Senhora da Visitação, da Santa Casa da Misericórdia de Algoso e das associações Palombar, AEPGA e Corane.

HA

Construção do Parque Eólico de Mirandela está suspenso pelo Ministério Público há dois anos

 Operador avisa: “Se não pudermos fazer o Parque, alguém vai ter de pagar. Isso é certinho”.


Fez ontem (14 de abril) dois anos, que está suspenso o processo do parque eólico de Mirandela, depois de o Ministério Público (MP) ter instaurado uma ação administrativa contra o Município de Mirandela para impugnar o licenciamento concedido a um operador para a instalação de seis aerogeradores na Serra de Santa Comba, alegando existir incompatibilidade com as regras do PDM e pela existência, no local, de sítios arqueológicos de interesse público, em vias de classificação.

A ação teve efeitos suspensivos, pelo que até haver uma decisão judicial, a obra não pode avançar. Já lá vão dois anos e até agora não houve qualquer desenvolvimento.

O operador lamenta a morosidade da justiça, lembra que já adiantou 500 mil euros à autarquia e vai avisando que alguém terá de pagar os prejuízos causados por um processo que já se arrasta há 17 anos.

No entanto, o processo de construção do parque eólico de Mirandela está suspenso há dois anos, à espera de uma decisão judicial.

Foi no dia 14 de abril de 2023, que o MP – via Departamento Central Contencioso do Estado e Interesses Coletivos e Difusos – instaurou uma ação administrativa contra o Município de Mirandela para impugnar o licenciamento concedido a um operador para a edificação do parque eólico na Serra de Santa Comba – cinco aerogeradores na freguesia de Lamas de Orelhão e um na freguesia de Passos – com fundamento na “incompatibilidade com as regras do PDM”, designadamente pelo facto do local integrar a Estrutura Ecológica Municipal, assim como “pela existência, no local, de sítios arqueológicos de interesse público, em vias de classificação como bem cultural”.

A ação teve efeitos suspensivos, semelhante ao embargo, pelo que até haver uma decisão judicial, a obra não pode avançar.

Dois anos depois não houve qualquer desenvolvimento, mantendo em stand-by o investimento privado de 30 milhões de euros para instalar seis aerogeradores na serra portuguesa que os arqueólogos dizem ter a maior concentração de pintura rupestre. “É de lamentar o juiz ainda não se ter pronunciado. É inaceitável este tempo todo de espera, com o prejuízo que nos causa, porque já gastamos mais de três milhões de euros e continuamos com tudo parado”, lamenta Vieira de Castro, da administração da P4, operadora que pretende instalar o Parque Eólico.

Ainda assim, “não vamos desistir”, garante. Vieira de Castro lembra que “já pagamos 500 mil euros à câmara”, pelo que deixa o aviso: “Se não pudermos fazer o parque, alguém vai ter de pagar. Isso é certinho”, afirma.

O assunto foi tornado público, na Assembleia Municipal de Mirandela, em abril de 2023 e nessa altura a presidente do Município de Mirandela (que agora suspendeu o mandato por ser cabeça de lista do PS, por Bragança, nas legislativas de 18 de maio) adiantou que o executivo iria responder aos esclarecimentos solicitados pelo tribunal.

Na altura, Júlia Rodrigues disse estar de “consciência tranquila” alegando que o executivo “limitou-se a cumprir as regras legais” ao conceder licença de construção ao operador “que apresentou todos os pareceres exigidos pelas entidades estatais nestes processos”, sublinhou.

Passados dois anos, o Município “não voltou a ser notificado pelo Procurador do Ministério Público”, revela o vice-presidente do Município, Orlando Pires.

PROCESSO CONTURBADO

Este “dossier” remonta ao ano de 2008, altura em que foi lançado o concurso público para a instalação de um parque eólico, por despacho do Ministro da Economia e da Inovação. Mas, só onze anos depois, em dezembro de 2019, o operador obteve a licença de produção que foi autorizada pela Direção Geral da Energia e Geologia.

Em abril de 2022, o Município concedeu a licença de alvará de construção do parque eólico depois dos pareceres de várias entidades externas, entre elas estão a Agência Portuguesa do Ambiente, Direção-Geral de Cultura do Norte, Infraestruturas de Portugal, CCDRN, ICNF e ANACOM.

No entanto, em outubro de 2022, saiu em Diário da República, o Início do processo de classificação da serra de Santa Comba como Sítio de Interesse Público. A proposta abrange a zona onde está prevista a instalação do parque e contempla a fixação de uma zona especial de proteção.

Nessa altura, a comunidade científica e o movimento cívico “Juntos pela Serra de Passos sem Ventoinhas”, avançaram com uma petição para suspender a construção, contestando o projeto. Entre outras razões, alegavam que o Estudo de Impacte Ambiental estava obsoleto, por refletir o que tinha sido descoberto até 2014, não incluindo as novas pinturas rupestres descobertas na última década, uma posição que também foi defendida publicamente pelos deputados municipais, José António Ferreira, do PS – secretário da mesa da assembleia municipal – e Jorge Humberto, da CDU.

A Federação Internacional de Arte Rupestre e o Departamento de Ciências e Técnicos do Património da Faculdade de Letras da Universidade do Porto enviaram cartas ao Presidente da Assembleia Municipal de Mirandela a apelar à suspensão da instalação dos seis aerogeradores, levando à realização de uma sessão extraordinária onde foi aprovada uma recomendação, proposta pelos líderes dos grupos partidários daquele órgão autárquico, para que as várias entidades estatais que estiveram envolvidas no processo de licenciamento fizessem uma reanálise aos pareceres concedidos.

Refira-se que, no contrato estabelecido com a operadora, está previsto que a autarquia tem direito a um milhão e meio de euros de compensação pela construção do parque eólico (já recebeu 500 mil quando foi emitido o alvará) e a 2,5% da receita bruta anual da produção de energia, enquanto 0,5% será para as comissões de baldios das freguesias de Lamas de Orelhão e de Passos, onde está prevista a instalação dos seis aerogeradores.

Além disso, está previsto que as duas comissões de baldios recebam mais 800 mil euros suportados, em partes iguais, pelo Município e pelo operador, sendo 500 mil euros para a comissão de compartes de Lamas de Orelhão e 300 mil euros para a comissão de Passos (que já recebeu 100 mil euros).

No entanto, o processo de construção do parque eólico de Mirandela está suspenso há dois anos, à espera de uma decisão judicial.

INFORMAÇÃO CIR (escrito por Rádio Terra Quente)

"ASPAS" Ciclo Teatro Bragança / NARRATIVENSAIO-AC - UMA RUA DE CADA VEZ

 Uma mulher recusa vender o bem herdado em nome de um princípio, uma jovem desiludida com o país encontra um passado inesperado e procura o seu lugar no mundo, um homem descobre-se a si mesmo perante o confronto com os mais banais dilemas humanos. Construído a partir de uma história real e com o direito à habitação e à cidade como ponto de partida, Uma Rua de Cada Vez evoca a herança de Abril e transporta-a para os dias de hoje.


Em palco, duas gerações dialogam e confrontam o público com as suas próprias angústias e convicções, numa narrativa onde todos se reconhecerão. Percorrendo temas como a importância da empatia, a busca da felicidade, as contradições humanas, a transformação das cidades e das suas gentes, o envelhecimento, a especulação imobiliária e a ganância, cabe neste espetáculo uma viagem ao país que fomos e queremos ser. Podem os pequenos gestos começar revoluções?

texto Mariana Correia Pinto; encenação António Durães e Luisa Pinto; interpretação Luisa Pinto, Gabriela Amaro e Cláudio Henriques; composição musical Cristina Bacelar; luz Francisco Alves; cenografia Luisa Pinto e António Durães; figurinos Raquel Ribeiro; vídeo Teresa Pacheco Miranda; fotografia Paulo Pimenta; interprete de Língua Gestual Portuguesa Cláudia Braga; coprodução Narrativensaio-AC com a Casa das Artes de Famalicão; projeto apoiado pela DGARTES - Direção Geral das Artes.

Espetáculo inclusivo com Língua Gestual Portuguesa.

GNR fiscaliza limpeza dos terrenos até ao final do mês, a partir de maio arrancam as multas

 Até ao final do mês, a GNR tem em Curso a Operação Floresta Segura, para sinalizar os terrenos que não respeitam a lei da limpeza da floresta.


A gestão de faixas de combustível em terrenos florestais pretende prevenir fogos rurais. Hernâni Martins, Major da GNR responsável pelas relações públicas, do comando de Bragança, faz o alerta.

“Nesta altura do ano, é uma altura muito muito importante, porquê? Porque é a altura em que nós visitámos o terreno, visitámos as corvoações e os locais onde será necessário e , onde deverá ser efetuada a gestão de combustível, um deverá ser feita a limpeza das bermas da estrada, das distâncias em volta dos aglomerados populacionais. Em ato continuo procurámos identificar as pessoas proprietárias para esse terreno e sensibilizá-las para a necessidade de nestes meses, fazerem a limpeza desse material combustível”, refere.

Os militares da GNR andam no terreno a sinalizar aqueles que não estão limpos. Mas a partir do próximo mês, os respetivos proprietários podem ser multados, avisa Hernâni Martins.

“A partir de maio, dá-se a fase de revisita desses locais e nós vamos averiguar se as pessoas limparam ou não limparam. Se limparam, efetivamente, que é o objetivo final, não há qualquer tipo de procedimento contraordenacional. Mas se não limparam, há o respetivo procedimento contraordenacional, às pessoas ou entidades”, explica.

As infrações para quem não limpar o terreno podem variar entre os 140 a 60 mil euros, para pessoas singulares e coletivas.

Escrito por Rádio ONDA LIVRE

Sinalizações na CPCJ de Macedo de Cavaleiros têm aumentado

 A Comissões de Proteção de Crianças e Jovens  (CPCJ) de Macedo de Cavaleiros revelou que só este ano já recebeu cerca de 40 sinalizações. A maior parte refere-se a casos de violência doméstica e negligência.


Os dados foram avançados, no sábado passado, à margem do jogo do Grupo Desportivo Macedense frente ao ADR Retaxo, já que a CPCJ está no terreno com uma série de iniciativas, devido ao mês de abril, que sensibiliza para os maus tratos na infância.

A presidente, Cristina Pires, revela que só em Macedo de Cavaleiros, esta comissão já recebeu 40 sinalizações e considera o número elevado, para este concelho.

“Infelizmente, tem aumentado, nós temos um concelho muito pequeno e temos várias comunicações, várias sinalizações, mas este ano comunicações feitas à comissão serão sensivelmente 40 e pouco, o que é muito para o nosso concelho.”

Cristina Pires revelou ainda as principais sinalizações.

“A maior parte das sinalizações que nos tem ocorrido na nossa comissão é por violência doméstica e negligência, portanto, os maus tratos da crianças e jovens em fases precoces”, revela.

Para prevenir os maus tratos, a presidente da CPCJ de Macedo de Cavaleiros, aponta que a comunidade deve trabalhar em conjunto.

“Portanto, nós para prevenirmos estas sinalizações é trabalharmos todos em conjunto, fazermos atividades, sensibilizarmos a comunidade, fazermos várias ações de sensibilização aos pais, porque, de facto, quem agride e quem maltrata não são só os progenitores, não é? São os avós, são familiares, são vizinhos…”

Ainda durante o mês de abril, a CPCJ de Macedo de Cavaleiros vai no dia 30 juntar-se para formar um laço gigante, com as crianças do pré-escolar, no parque da cidade.

Escrito por Rádio ONDA LIVRE

Falta de pastores mais jovens está a contribuir para a redução do efetivo do cordeiro mirandês

 A falta de jovens que se interessem pela pastorícia está a deixar uma das emblemáticas raças de ovinos do Nordeste Transmontano – o cordeiro mirandês - com um efetivo de animais insuficiente para satisfazer o mercado neste período da Páscoa.


O cordeiro, ou canhono mirandês, é uma espécie de ovino cuja carne é muito procurada neste período da Páscoa, mas não há efetivo suficiente para alimentar o mercado, e esse é um dos fatores que faz com que o seu preço duplique por esta altura do ano.

Os pastores do Planalto Mirandês afiançam que a carne de cordeiro de raça churra mirandesa, espécie de ovinos autóctones com chancela de Denominação de Origem Protegida (DOP), é bem paga, mas o efetivo é escasso porque as gerações mais novas não querem dar continuidade a este trabalho.

Andrea Cortinhas, secretária técnica da Associação Nacional de Cordeiros de Raça Churra Mirandesa, reiterou que falta um pouco de tudo para continuar a criação desta raça, principalmente pastores jovens, o que contribui para a perda de efetivo pecuário.

“É preciso reverter a situação. Para isso, é preciso gente nova que se queira dedicar à pecuária e à profissão de pastor. A profissão de pastor é digna e está a ser valorizada, principalmente nas raças autóctones, mas é preciso interessados”, lembrou.

Francisco Pinto

Bombeiros obrigados a comprar ambulâncias porque as do INEM são insuficientes

 Na semana passada, o Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-hospitalar alertou para a falta de meios do INEM, numa região onde os concelhos estão a grande distância do hospital central


Os bombeiros viram-se obrigados a comprar ambulâncias de emergência médica, porque o INEM cede apenas uma viatura.

Na semana passada, o Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-hospitalar alertou para a falta de meios do INEM, numa região onde os concelhos estão a grande distância do hospital central.

Segundo o comandante da corporação de Bragança, Carlos Martins, por mês fazem, em média, 370 ocorrências de emergência. Para conseguir responder às necessidades da população têm vindo a adquirir ambulâncias. “Se fizermos as contas facilmente percebemos que é impossível fazer estas ocorrências mensais só com uma ambulância. A nossa corporação além da ambulância PME do INEM tem mais nove ambulâncias de socorro, ou seja, com a tipologia igual à do INEM e é isto que nos permite fazer todas estas ocorrências, porque há dias que temos sete ambulâncias ao mesmo tempo em socorro”, adiantou.

No distrito há 15 corporações de bombeiros, 12 são Postos de Emergência Médica. Cada um tem assim uma ambulância cedida pelo INEM. Mas não chegam e por isso os bombeiros têm de atuar fora da sua área para ajudar outras corporações. Embora reconheça que o INEM devia disponibilizar mais meios, Carlos Martins critica os bombeiros que deixam de atender a emergências médicas só porque têm a ambulância do INEM ocupada.

O subsídio mensal do INEM dado às corporações que são Posto de Emergência Médica aumentou de 6 700 euros para 8 700 euros. Este aumento é para as próprias corporações comprarem as viaturas, que até aqui eram dadas pelo INEM. Segundo o comandante dos bombeiros de Bragança, este apoio chega e sobra. “Se fizermos as contas, em seis anos, esses dois mil euros a mais, chega para comprar a ambulância e se for preciso até sobra. Ao fim de seis anos essas ambulâncias não servem para PEM, mas podem ser aproveitadas para reservas e para segundos PEM. Assim quando comprarem a próxima, já fica com duas”, disse.

O Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-hospitalar reclama ainda ao Governo que permita que os bombeiros façam a formação dos técnicos pré-hospitalares. Carlos Martins reconhece que pode ser vantajoso e diz que estarem recetivos. “Se os bombeiros conseguirem alcançar esse patamar ou se tiverem acesso a esse tipo de formação vai ser muito melhor e as vitimas terão tratamento mais adequado quando foram socorridas por estes elementos”, defendeu.

Confrontado com as reclamações do sindicato, o INEM assegurou à rádio Brigantia que o aumento do subsídio vai “garantir a sustentabilidade do serviço” e “promover uma maior e melhor cobertura nacional da rede de emergência médica, com especial foco nas regiões do interior”. O presidente da Federação Distrital dos Bombeiros, Diamantino Lopes, desmente. “Esses dois mil euros preveem a aquisição de uma viatura, portanto não vem melhorar em nada a capacidade de resposta, por isso é que eu dizia que não concordava, melhora a situação financeira numa determinada perspetiva”, disse.

Na região há apenas uma VMER (Viatura Médica de Emergência e Reanimação), situada em Bragança, duas ambulâncias SIV (Suporte Imediato de Vida), uma em Mirandela e outra em Mogadouro, e um helicóptero do INEM, sedeado em Macedo de Cavaleiros.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Ângela Pais

Feira das Cantarinhas acontece entre 2 e 4 de maio em Bragança com quase 400 expositores

 Feira das Cantarinhas decorre na Praça da Sé e ruas contiguas e Feira de Artesanato na Praça Camões


Quase 400 expositores vão marcar presença na Feira das Cantarinhas que está de regresso a Bragança, entre 2 e 4 de maio. São ainda esperados mais de 60 artesãos locais e de outras partes do país na Feira de Artesanato que começa logo a 30 de abril.

Este ano, haverá uma rua dedicada aos produtos gastronómicos da região. “Na rua pedonal da Alexandre Herculano vamos ter expositores de produtos endógenos, como o azeite, o mel e o vinho, também vão dar outro ar aquela rua e vamos ter lá um palco com animação”, adiantou a presidente da Associação Comercial, Industrial e Serviços de Bragança, Maria João Rodrigues.

A Feira de Artesanato decorre na Praça Camões e a das Cantarinhas na Praça da Sé e ruas contiguas. Este ano com uma decoração especial, que envolveu as Instituições Particulares de Solidariedade Social e as escolas de Bragança. “Lançámos-lhes um repto para também os envolver. Cada uma fez uma cantarinha que vai ser colocada nos postes de iluminação”, explicou.

De 30 de abril a 4 de maio são esperadas milhares de pessoas em Bragança. De acordo com o vereador do município, Miguel Abrunhosa, os hotéis e alojamentos estão praticamente esgotados nestas datas.

Atualmente, no concelho de Bragança, a cantarinha é feita apenas por duas mulheres já com alguma idade. Corre-se assim o risco que esta tradição se perca. Para o vereador, o Instituto do Emprego e Formação Profissional devia apostar na preservação. “É um problema que é transversal a outros tipos de artesanato, não é só a cantarinha. Temos tentado sensibilizar os jovens, que é uma oportunidade de trabalho, mas nem sempre é fácil motivá-los para estas artes mais tradicionais e o Centro de Formação entendo que tenha de ter um papel ativo e colaborativo nesta missão de não deixar que estas tradições, que traduzem a identidade da nossa região e do nosso, acabem por ficar esquecidas”, apontou.

Animação musical também não vai faltar entre 30 de abril a 4 de maio, nos dois palcos instalados na Praça da Sé e na rua pedonal. Entre sexta-feira e domingo acontece ainda a segunda etapa do Campeonato de Portugal Trial 4x4 e a 11 de maio a conhecida Meia Maratona das Cantarinhas que conta com a participação de milhares de pessoas.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Ângela Pais

𝐂𝐎𝐌𝐄𝐌𝐎𝐑𝐀ÇÕ𝐄𝐒 𝐃𝐎 𝟐𝟓 𝐃𝐄 𝐀𝐁𝐑𝐈𝐋 🎙Assista ao Grande Concerto dos Cravos.

 O grupo Canto D'Aqui leva a palco "𝗖𝗮𝗻𝘁𝗮𝗿 𝗔𝗯𝗿𝗶𝗹 - 𝗖𝗮𝗻çõ𝗲𝘀 𝗰𝗼𝗺 𝗛𝗶𝘀𝘁ó𝗿𝗶𝗮", uma viagem musical pelo antes, o dia e o pós 25 de abril e que lembra todos aqueles que cantaram e impulsionaram, através da música, a Revolução de 1974.
Um espetáculo a não perder, no dia 25 de abril, às 21h30 no Auditório Manuel Faria.

Campeonato de Portugal -Trial 4X4

 Nos dias 3 e 4 de maio, Bragança recebe o Campeonato de Portugal -Trial 4X4.

🌍 🌳 𝐌𝐢𝐫𝐚𝐧𝐝𝐞𝐥𝐚 𝐚𝐬𝐬𝐢𝐧𝐚𝐥𝐚 𝐨 𝐃𝐢𝐚 𝐌𝐮𝐧𝐝𝐢𝐚𝐥 𝐝𝐚 𝐓𝐞𝐫𝐫𝐚 𝐞 𝐨 𝐃𝐢𝐚 𝐍𝐚𝐜𝐢𝐨𝐧𝐚𝐥 𝐝𝐨 𝐏𝐚𝐭𝐫𝐢𝐦𝐨́𝐧𝐢𝐨 𝐆𝐞𝐨𝐥𝐨́𝐠𝐢𝐜𝐨 com atividade na Ecoteca

 No próximo dia 𝟐𝟐 𝐝𝐞 𝐚𝐛𝐫𝐢𝐥, 𝐩𝐞𝐥𝐚𝐬 𝟏𝟒𝐡𝟑𝟎, decorre uma atividade especial na Ecoteca de Mirandela, assinalando duas datas de grande relevância ambiental: 𝐨 𝐃𝐢𝐚 𝐌𝐮𝐧𝐝𝐢𝐚𝐥 𝐝𝐚 𝐓𝐞𝐫𝐫𝐚 𝐞 𝐨 𝐃𝐢𝐚 𝐍𝐚𝐜𝐢𝐨𝐧𝐚𝐥 𝐝𝐨 𝐏𝐚𝐭𝐫𝐢𝐦𝐨́𝐧𝐢𝐨 𝐆𝐞𝐨𝐥𝐨́𝐠𝐢𝐜𝐨.
Com o objetivo de sensibilizar a comunidade para a importância da preservação do planeta, esta iniciativa pretende dar a conhecer a fauna, flora e geologia do Trilho Ambiental da Ecoteca, destacando a riqueza natural e geológica do concelho.

A participação é gratuita e aberta a todos os interessados.

𝑿𝑽 𝑩𝒊𝒆𝒏𝒂𝒍 𝒅𝒆 𝑷𝒊𝒏𝒕𝒖𝒓𝒂 𝒅𝒐 𝑬𝒊𝒙𝒐 𝑨𝒕𝒍𝒂̂𝒏𝒕𝒊𝒄𝒐

 A XV Bienal de Pintura do Eixo Atlântico está prestes a abrir a convocatória para a participação de artistas da Eurorregião Galiza – Norte de Portugal.


Já consolidado como um importante impulso para a arte da região, na área da pintura, este certame procura apresentar artistas cujas obras farão parte de uma exposição itinerante que percorrerá diversas cidades da Galiza e do Norte de Portugal durante cerca de um ano.

𝐐𝐮𝐞𝐦 𝐩𝐨𝐝𝐞 𝐩𝐚𝐫𝐭𝐢𝐜𝐢𝐩𝐚𝐫?

A Bienal destina-se a artistas plásticos com mais de 16 anos, nascidos ou residentes na Eurorregião Galiza – Norte de Portugal. Não existem restrições quanto à temática das obras, o que oferece uma ampla liberdade criativa. Cada participante poderá apresentar uma única obra original e inédita, sendo também de livre escolha as técnicas utilizadas.

𝐈𝐧𝐬𝐜𝐫𝐢𝐜̧𝐨̃𝐞𝐬 𝐚𝐛𝐞𝐫𝐭𝐚𝐬 𝐚𝐭𝐞́ 𝟐𝟏 𝐝𝐞 𝐣𝐮𝐥𝐡𝐨 𝐝𝐞 𝟐𝟎𝟐𝟓

O prazo de inscrição abre a 22 de abril e termina a 21 de julho de 2025. As inscrições realizam-se online, com a apresentação de uma fotografia da obra. As obras selecionadas serão exibidas na exposição itinerante que percorrerá várias cidades do Eixo Atlântico, dando aos artistas a oportunidade de mostrar o seu trabalho a um público diversificado.

🏆 𝐏𝐫𝐞́𝐦𝐢𝐨𝐬

Os artistas selecionados poderão concorrer aos seguintes prémios:

• Primeiro Prémio: 4.000 €
• Segundo Prémio: 2.000 €
• Prémio Jovens Talentos Luso-Galaicos: 1.500 € (para artistas entre os 16 e os 25 anos)

𝐌𝐚𝐢𝐬 𝐢𝐧𝐟𝐨𝐫𝐦𝐚𝐜̧𝐨̃𝐞𝐬 𝐞 𝐢𝐧𝐬𝐜𝐫𝐢𝐜̧𝐨̃𝐞𝐬 AQUI.

No próximo dia 01 de Maio venha participar nesta Rota das Capelas onde poderão usufruir do contacto com a natureza e com o nosso património religioso

 Será feita uma breve explicação em cada uma das Capelas e teremos um pequeno reforço, a meio do percurso, à moda de Sendim da Serra.
Por fim, na Capela de Nossa Senhora de Jerusalém, o nosso pároco, Pe. Manuel Ribeiro , fará a recitação do terço.

Regressarão ao local de partida, em transporte garantido, onde vos espera um delicioso almoço.

Faça a sua inscrição (obrigatória) através dos contactos telefónicos 917739216 ou 914215903 ou AQUI.

Associação da Comissão de Festas de Sendim da Serra

OS FIDALGOS

EDROSO

FRANCISCO DE VARJE, presbítero, natural de Edroso, freguesia de Quirás, concelho de Vinhais, erigiu, em 1797, uma capela junto às suas casas de moradia. Já tinha a imagem da Senhora «que mandara vir do Porto»(249).

EIXOS

1ª ANTÓNIO LUÍS DE MORAIS E CASTRO, natural dos Eixos, concelho de Mirandela, filho de Jaime de Morais e Castro, fidalgo da Casa Real.
Neto de Jaime de Morais e Castro.
Fidalgo-cavaleiro por alvará de 2 de Marco de 1757 (250).
2º ANTÓNIO BERNARDO DE MORAIS E CASTRO, dos Eixos, filho do precedente, teve o mesmo foro, por alvará de 10 de Outubro de 1781 (251).

FERREIRA

JOÃO DE MORAIS LEITE e sua mulher D. Ângela Soares, que residiram em Ferreira, termo de Bragança, erigiram, em 1668, uma capela na mesma povoação, em frente das suas casas de moradia, dedicada a S. João Baptista, a que doaram bens com vínculo de morgadio, constantes de olivais.
Foi seu primeiro administrador, após a morte dos instituidores, seu filho Manuel Morais Soares (252). Ver Corujas.
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(249) Museu Regional de Bragança, maço Capelas.
(250) Livro 11 das Mercês de El-Rei D. José I, fol. 274, in Dicionário Aristocrático.
(251) Livro 11 das Mercês da Rainha D. Maria I, fol. 279, in Dicionário Aristocrático.
(252) Museu Regional de Bragança, maço Capelas.
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FORNOS DE PINHAL

1º ANTÓNIO FERNANDES, presbítero, e seus irmãos Pedro Fernandes e Maria Gonçalves, de Fornos de Pinhal, erigiram, em 1783, uma capela dedicada a Nossa Senhora do Rosário, no sítio do Milhadouro, limite do referido lugar, com doação de bens (253).
2º ANTÓNIO DE ANDRADE TEIXEIRA, presbítero, confirmado das Aguieiras, erigiu, em 1697, uma capela dedicada a Santo António, na povoação de Fornos de Pinhal (254).
3º D. MARIA JOSEFA TEIXEIRA DE ANDRADE, e suas filhas D. Maria e D. Ana Luísa Joaquina, obtiveram, em 1784, licença para oratório particular nas suas casas de moradia, onde se pudesse celebrar missa (255).

FRECHAS

Família Araújo
1ª MANUEL JOSÉ DE ARAÚJO BORGES PINTO, de Frechas, concelho de Mirandela, casou com D. Vitória dos Santos Pinto.
Descendência:
2º ADRIANO JOÃO DE ARAÚJO BORGES PINTO, de Frechas, que casou com D.Miquelina Augusta Reimão de Meneses Machado Falcão.
Descendência:
3º FRANCISCO DE ARAÚJO BORGES PINTO, que casou em Roios, concelho de Vila Flor, com D. Albertina Pegado.
4º ANTÓNIO DE ARAÚJO BORGES PINTO, que casou com D. Emília Pimentel da Gama, de Cedães, filha de Manuel José da Gama, de Cedães, e de D. Emília Pimentel, de Vilar do Monte.
Descendência:
5º D. EMÍLIA GAMA ARAÚJO BORGES PINTO, solteira.
6º D. ADRIANA GAMA ARAÚJO BORGES PINTO, que nasceu em Frechas, a 18 de Janeiro de 1897 e casou, a 10 de Outubro de 1925, com António Eduardo Faria, tenente do exército, do Mogadouro, onde nasceu a 30 de Setembro de 1897, filho do doutor Eduardo Ernesto Faria, natural de Miranda do Douro, distinto advogado e professor do liceu de Bragança (a quem nos referimos em Carrazedo), e de D. Laurinda Augusta de Abreu Faria.
Descendência:
7º ANTÓNIO EDUARDO ARAÚJO FARIA, que nasceu em Frechas a 25 de Junho de 1926.
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(253) Museu Regional de Bragança, maço Capelas.
(254) Ibidem.
(255) Ibidem.
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MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA