sexta-feira, 18 de abril de 2025

... E assim, o caminho coberto de lama... em OUTEIRO

 Não entendam como uma crítica que não o é. No entanto, em tempos que o critério dos gastos do dinheiro das Câmaras Municipais (pelo que bem sabemos) têm pouca parcimónia, talvez seja uma boa altura para dar, com paralelos ou alcatrão, a dignidade que (não o caminho) os Outeirenses merecem…

... E assim, o caminho coberto de lama tornou-se um símbolo de paciência e resiliência, lembrando a todos que, mesmo diante das dificuldades, a esperança é a última coisa a morrer...

Não se entende muito bem como é que um caminho que faz parte do trajecto da Basílica, passando pelo Núcleo Museológico, pelo Pelourinho e que leva à Igreja Matriz, se encontra neste estado (18 de Abril de 2025).

Não prossegui o caminho pela simples razão de que as sapatilhas que tinha calçadas estavam, e estão, com as solas rotas. (Verdade)

HM

É já no próximo dia 25 de abril, que se irá realizar no Parque Biológico de Vinhais o Encontro Micológico de Primavera.

 É já no próximo dia 25 de abril, que se irá realizar no Parque Biológico de Vinhais o Encontro Micológico de Primavera.
Certamente será um dia bem passado, onde a aprendizagem será uma constante.

Contamos com a sua presença, mas alertamos para a obrigatoriedade de efetuar a sua inscrição, até dia 22 de abril, através do formulário disponível no código QR, ou pelo contacto telefónico 933 260 304,   mesmo sendo gratuita, para que assim tudo corra de forma perfeita.

Os Lavadouros

 Valorizaram-se. Recuperaram-se. Todos ficaram felizes. Gastou-se dinheiro. E agora?
Agora, diria eu, que era necessário organizar uma actividade para que a Terra e eventuais visitantes soubessem que existem.

Por exemplo e depois da devida promoção e divulgação local:

Programar um sábado (já com calor) em que os tanques sejam utilizados para lavar as mantas, toalhas, carpetes e tapetes e outras peças para as quais as máquinas de lavar roupa não têm peito..

Garantir (sem dificuldade) que nesse entretanto se faça jus às antigas "Redes Sociais" e não seria necessário sugerir nenhum tema.

Tenho a certezas que não faltariam aderentes a ajudar a que a actividade tivesse êxito. Nem nesta parte nem a seguir. Depois, já com a roupa a corar, um almoço comunitário ao ar livre com a animação do Grupo de Gaiteiros, do Tio Físico e/ou de tantos mestres na área da animação que a Aldeia possui.

Após repasto, uma tarde de Jogos Tradicionais podia fazer sentido.

É apenas uma ideia e uma sugestão.

Comemorações do 25 de Abril - Vozes da Rádio

 O Centro Cultural de Macedo de Cavaleiros recebe no dia 24 de abril, pelas 21h30, o quarteto Vozes da Rádio.


Com mais de 30 anos de carreira, o quarteto do Porto Vozes da Rádio está de regresso aos palcos com as suas versões a capella e um espetáculo que tem tanto de charme e sutileza, como de louco e hilariante, combinando harmonias inovadoras com uma forte identidade musical.

Ao vivo, as canções reinventadas ganham uma nova dimensão, num espetáculo que revela não só́ os dotes vocais do quarteto, como também a sua boa disposição e capacidade de improvisação.

Contamos com a sua presença!

O bilhete tem um custo de 7,50€ e pode ser adquirido presencialmente no Centro Cultural ou através do telefone 278 428 100. 

Horário da bilheteira:

Dia útil
10h00 - 12h30 | 13h30 - 17h00 
Dia de espetáculo
16h00 - 18h00 | 20h30 - 21h30

Partiu um Democrata

 Um dos políticos maiores da nossa democracia que mais gostei de entrevistar, neste caso anos oitenta, para o semanário "Tempo", era então  João  Cravinho dirigente do Partido Socialista.

Fique o seu exemplo a perpetuar Abril neste mês de Abril em que decidiu partir. 

Carlos Pires (Colaborador do Memórias...e outras coisas - BRAGANÇA)

“O pão vem da árvore”

Por: Paula Freire
(colaboradora do Memórias...e outras coisas...)


 Recordo hoje, um dia em que a minha filha me surgiu com uma curiosa expressão da sua autoria, a propósito de um livro que andava a ler. Ainda que nada a propósito de religião, deixou-me a considerar que as suas palavras vieram mesmo a propósito. Disse-me ela que lhe parecia apropriado concluir, após a leitura do dito livro, que “o pão vem da árvore”. Ouvi-a e fiquei curiosa. Como é que o pão vem de uma árvore? Curiosidade minha não satisfeita, pois se foi sem quaisquer justificações.
Mas o pensamento não se me deu por vencido e procurei compreender o fenómeno à minha maneira. Por vezes, no meio do improvável, até existem acasos que nos fazem algum sentido. Afinal, encontramo-nos precisamente a viver uma época especial. E, enquanto cristãos, refletimos no tema da morte e da ressurreição e no que isso representa para nós…. Será que refletimos mesmo? 
Tradições, comemorações e umas quantas outras questões se levantam quando tentamos perceber onde, no meio de tudo, fica a fé de cada um. 
Fé, uma palavra pequena para um sentimento grandioso e que, por esta altura, vemos reduzida à Páscoa dos ovos de chocolate e de tantas iguarias, eventuais prazeres tão distantes da suposta contenção própria desta celebração. A Páscoa tão vazia por dentro como os tais ovinhos ocos de casca fina. A Páscoa tão distante de um tempo em que, quem sabe, talvez se acreditasse mais.
Aquela Páscoa em que o pão simbolizava vida; em que o pão, além de alimento para o corpo, era considerado também alimento para a alma em gestos de humildade, de bondade, de união, de partilha. E com estes se procurava a renovação. Em particular a renovação interior, o aperfeiçoamento de um modo de estar e de ser. 
Acredito pois, então, que o pão possa mesmo vir da árvore, como afiançava a minha filha. É que as árvores da vida presentes neste mundo, desde a sua génesis até ao seu apocalipse, fazem-me sempre lembrar a alegoria perfeita da caminhada de cada ser humano. 
Seremos nós como os olmos, dignos e confiáveis, a espalhar a magnífica beleza dos nossos ramos e folhagem ao olhar dos que connosco se cruzam? Ou como os fortes e perseverantes Carvalhos que resistem às intempéries do tempo? Ou ainda como os majestosos ciprestes de olhos postos no infinito a tocar as mãos da esperança? Ou teremos semelhanças com os vigorosos cedros que ladeiam as ruas e jardins da vida? Ou seremos tantas vezes como orgulhosos álamos, incapazes de se curvarem perante o sofrimento daqueles que padecem?
Árvores que procuram naturalmente a luz. Árvores com raízes profundas de firmeza e segurança, capazes de resistir às tribulações do seu percurso. Árvores capazes de dar frutos com verdadeiro significado.
A Páscoa de hoje não mostra produzir frutos dignos desse nome. Vive da aparência. E muitas árvores que existem parecem querer contar-nos a parábola do homem e da figueira plantada na sua vinha. São árvores sem vida que terminam cortadas nos lugares que vão ocupando inutilmente. O seu espaço, então deserto, é como o deserto na vida de tantas pessoas. 
Porque é tempo de Páscoa, mais importante do que abundante banquete, diria ser maior outro repasto que nos sustenta. E talvez o deserto não fosse o desse silêncio em que cada ser se afunda pela dor, pelo medo e pela solidão. Mas sim o silêncio que se faz experiência de reencontro dentro de nós e nos conduz à aceitação das nossas verdades e à valorização das nossas limitações e daqueles que fazem parte da nossa viagem. E, se assim for, talvez a fé não esteja dentro de quatro paredes, mas sim no interior do coração de cada um. 
Posso dizer-te, filha, que terias a tua razão. É da flor e do fruto que nasce o perfume de cada um de nós. É da árvore que vem o pão.


Paula Freire
- Natural de Lourenço Marques, Moçambique, reside atualmente em Vila Nova de Gaia, Portugal.
Com formação académica em Psicologia e especialização em Psicoterapia, dedicou vários anos do seu percurso profissional à formação de adultos, nas áreas do Desenvolvimento Pessoal e do Autoconhecimento, bem como à prática de clínica privada.
Filha de gentes e terras alentejanas por parte materna e com o coração em Trás-os-Montes pelo elo matrimonial, desde muito cedo desenvolveu o gosto pela leitura e pela escrita, onde se descobre nas vivências sugeridas pelos olhares daqueles com quem se cruza nos caminhos da vida, e onde se arrisca a descobrir mistérios escondidos e silenciosas confissões. Um manancial de emoções e sentimentos tão humanos, que lhe foram permitindo colaborar em meios de comunicação da imprensa local com publicações de textos, crónicas e poesias.
O desenho foi sempre outra das suas paixões, sendo autora das imagens de capa de duas obras lançadas pela Editora Imagem e Publicações em 2021, “Cultura Sem Fronteiras” (coletânea de literatura e artes) e “Nunca é Tarde” (poesia), e da obra solidária “Anima Verbi” (coletânea de prosa e poesia) editada pela Comendadoria Templária D. João IV de Vila Viçosa, em 2023. Prefaciadora dos romances “Amor Pecador”, de Tchiza (Mar Morto Editora, Angola, 2021), “As Lágrimas da Poesia”, de Tchiza (Katongonoxi HQ, Angola, 2023), “Amar Perdidamente”, de Mary Foles (Punto Rojo Libros, 2023) e das obras poéticas “Pedaços de Mim”, de Reis Silva (Editora Imagem e Publicações, 2021) e “Grito de Mulher”, de Maria Fernanda Moreira (Editora Imagem e Publicações, 2023). Autora dos livros de poesia: Lírio: Flor-de-Lis (Editora Imagem e Publicações, 2022) e As Dúvidas da Existência - na heteronímia de nós (Farol Lusitano Editora, 2024, em coautoria com Rui Fonseca).
Em setembro de 2022, a convite da Casa da Beira Alta, realizou, na cidade do Porto, uma exposição de fotografia sob o título: "Um Outono no Feminino: de Amor e de Ser Mulher".
Atualmente, é colaboradora regular do blogue "Memórias... e outras coisas..."- Bragança e da Revista Vicejar (Brasil).
Há alguns anos, descobriu-se no seu amor pela arte da fotografia onde, de forma autodidata, aprecia retratar, em particular, a beleza feminina e a dimensão artística dos elementos da natureza.

🚗 BAJA TT PASSA EM VINHAIS! 🏁

 No próximo dia 26 de abril de 2025, o concelho de Vinhais vai receber a adrenalina da Baja TT!
Entre as 8h30 e as 15h00, os motores vão rugir ao longo de um emocionante percurso que inclui as localidades de:
📍 Rebordelo
📍 Vale das Fontes
📍 Nuzedo de Baixo
📍 Agrochão (com zona de espetáculo)
📍 Mós de Celas

Venha assistir, apoiar os pilotos e viver de perto a emoção desta prova cheia de velocidade e emoção!

𝟏𝟖 𝐝𝐞 𝐚𝐛𝐫𝐢𝐥 | 𝐃𝐢𝐚 𝐈𝐧𝐭𝐞𝐫𝐧𝐚𝐜𝐢𝐨𝐧𝐚𝐥 𝐝𝐨𝐬 𝐌𝐨𝐧𝐮𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨𝐬 𝐞 𝐒𝐢́𝐭𝐢𝐨𝐬

 Hoje celebramos o nosso património, a nossa história e as raízes que nos ligam ao território.
A Associação de Municípios do Baixo Sabor assinala este dia com orgulho, partilhando a reportagem da CCDR NORTE sobre a “𝐇𝐢𝐬𝐭𝐨́𝐫𝐢𝐚 𝐚 𝐅𝐫𝐞𝐬𝐜𝐨 – 𝐑𝐨𝐭𝐚 𝐝𝐚 𝐏𝐢𝐧𝐭𝐮𝐫𝐚 𝐌𝐮𝐫𝐚𝐥”.

Este projeto pioneiro, criado para dar visibilidade a um património artístico quase esquecido, foi um dos 𝟏𝟖 𝐬𝐞𝐥𝐞𝐜𝐢𝐨𝐧𝐚𝐝𝐨𝐬 𝐞𝐧𝐭𝐫𝐞 𝐦𝐚𝐢𝐬 𝐝𝐞 𝟏𝟑 𝐦𝐢𝐥 no âmbito do programa 𝐏𝐮𝐱𝐚𝐫 𝐨 𝐍𝐨𝐫𝐭𝐞 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐂𝐢𝐦𝐚, da CCDR-N.

Financiado pelo quadro comunitário 2020, a Rota da Pintura Mural destaca a riqueza cultural do território e reafirma o compromisso da Associação com a preservação e promoção do património histórico.

Ficha Técnica
Textos: Luísa Pinto
Fotografia e Vídeo: Teresa Pacheco Miranda
Edição: Gabinete de Comunicação da CCDR NORTE
Coordenação: Jorge Sobrado
Identidade Gráfica: Opal Publicidade

𝟭𝟴 𝗱𝗲 𝗮𝗯𝗿𝗶𝗹 - 𝗗𝗶𝗮 𝗜𝗻𝘁𝗲𝗿𝗻𝗮𝗰𝗶𝗼𝗻𝗮𝗹 𝗱𝗼𝘀 𝗠𝗼𝗻𝘂𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼𝘀 𝗲 𝗦í𝘁𝗶𝗼𝘀

 Assinala-se hoje o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios - este ano sob o tema "Património resiliente face às catástrofes e conflitos"-, uma data aprovada pela UNESCO em 1983 com o objetivo de sensibilizar o público para a importância da salvaguarda, preservação e valorização do património cultural.


O Município de Freixo de Espada à Cinta associa-se à comemoração desta data, deixando o convite para que visitem o vasto património cultural e arquitetónico do nosso concelho, repleto de história, encanto e muitas curiosidades.

A Igreja Matriz, a Torre do Galo, o Museu da Seda e do Território, o Núcleo Museológico de Guerra Junqueiro, a Igreja do Convento de São Filipe de Néry, as portadas e janelas Manuelinas... e tantos mais estão à espera da sua visita.

Ainda não visitou Freixo de Espada à Cinta - Terra de Património Vivo e Cultura? Não sabe o que está a perder!

“Património Resiliente Face às Catástrofes e Conflitos”.

 Damos assim a conhecer a história do Pelourinho de Vila Flor como exemplo de Património Resiliente.

O Pelourinho, de provável construção entre os séculos XVII e XVIII, nem sempre esteve no lugar que hoje ocupa, fronteiro à Igreja Matriz. Até finais do século XIX, altura em que foi derrubado por quem o olhava como símbolo de opressão e despotismo, esteve localizado em frente aos antigos Paços do Concelho, hoje Museu Dra. Berta Cabral. Felizmente, parte do seu fuste e capitel foram guardados no jardim da casa de Alexandre Soveral Pastor, sendo classificado como Imóvel de Interesse Público em Outubro de 1933 (Decreto nº 23 122, DG, 1.ª série, n.º 231).

Nos anos 30, por iniciativa do Abade Baçal, é sugerida a reconstrução deste monumento. Por falta de verbas, em Maio de 1937, os Vilaflorenses elaboram uma subscrição no Jornal de Notícias para uma angariação monetária para a obra, a qual teve o melhor acolhimento por parte dos conterrâneos espalhados por todo o País: obtiveram-se 2600$00 escudos, ao qual se somou o valor de 1500$00 escudos da Câmara Municipal de Vila Flor.

O projeto de restauro do Pelourinho foi elaborado pelo arquiteto Rogério de Azevedo, e em Julho de 1937 foi o mesmo reerguido no largo em frente à Igreja Matriz. Do antigo Pelourinho, aproveitou-se parte do seu fuste e capitel.

A preservação e salvaguarda do nosso Pelourinho representa o respeito pelo herança do passado mas também a resiliência do povo, em nome da identidade local, pela garantia da memória coletiva do Concelho de Vila Flor.

Fonte: Museu Dra Berta Cabral de Vila Flor.

quinta-feira, 17 de abril de 2025

Celebra-se a Natureza e cultura do PARQUE NATURAL DO DOURO INTERNACIONAL, este ano com o epicentro das atividades na recém criada, cidade de MOGADOURO.

 Mas além do Parque Urbano da Ribeira do Juncal, as atividades vão estendem-se a aldeias e outros municípios da área protegida: Miranda do Douro, Freixo de Espada à Cinta e Figueira de Castelo Rodrigo

Em preparação estão: 

– um curso de introdução à observação de aves
ؘ– Saídas de campo 
– Caminhadas
– Passeios fotográficos 
– Oficinas para crianças
– Conversas
– Oficinas 
– Geologia 
– Música e poesia 
– Concerto

Descansa em Paz Querido Toninho

 Por vezes faltam as palavras e sobejam as emoções.

Um Bragançano que marcou o seu tempo com talento. Artista multifacetado. A Pintura a Escrita, o Teatro. Membro do nosso Grupo desde a primeira hora. Problemas de saúde impediram-no, nos últimos anos, de ser mais interventivo quer no Grupo quer na Sua Bragança.

Os meus mais sentidos pêsames a todos os familiares e amigos.

Até um dia destes António Afonso... !

"Café Chiado" - Vila Flor

 Nas comemorações do 51 º aniversário da Revolução, o Município apresenta um programa inclusivo que procura destacar algumas das principais conquistas do 25 de Abril.
Dia 24 à noite, o Auditório Adelina Campos recebe o espetáculo "Café Chiado", que retrata Portugal nas décadas de 60 e 70, através da música, da publicidade na RTP, das marcas consumidas nos cafés, com teatro e música ao vivo e com destaque para a participação das associações locais.

Um evento cultural que é também uma oportunidade de celebrar, em conjunto, a Democracia e a Liberdade. 

Estão todos convidados!

ASAE desmantela local de abate de animais ilícito em Bragança

 Foi desmantelado, no distrito de Bragança, um local onde se procedia ao abate de animais de várias espécies, “de forma ilícita, camuflada e sem condições técnico-funcionais e de higiene”


Segundo a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica, que realizou uma ação de prevenção criminal, enquadrada na Operação Páscoa, o local de distribuía e comercializava para estabelecimentos de restauração e talhos da região norte do país.

Foram apreendidos 381 quilos de carne de ovino, caprino e bovino, instrumentos de abate e corte, bem como de pesagem e diversa documentação relevante para efeitos probatórios, num valor aproximado de seis mil euros.

A perícia do médico veterinário oficial confirmou a degradação dos produtos, impróprios para consumo humano, tendo sido determinada a sua destruição.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Carina Alves

MAZAPIÉ: NOVA MODALIDADE DESPORTIVA UNE SUSTENTABILIDADE À DIVERSÃO

 Chama-se “Mazapié” e é uma nova modalidade com origem em Espanha. Criado por um professor de Educação Física do país vizinho, o novo desporto alia a prática de exercício físico à promoção da proteção ambiental.


O nome “Mazapié” resulta da combinação de dois elementos centrais da modalidade: a possibilidade de ser jogado com os pés e a utilização de sticks feitos com materiais reciclados, promovendo assim a preservação do meio ambiente. Para além da vertente educativa do projeto, o jogo conta ainda com uma componente tecnológica, tornando-o mais cativante. Durante os jogos, os participantes têm a oportunidade de utilizar cartas virtuais, que ditam regras inesperadas a meio das partidas, tornando cada encontro imprevisível e dinâmico.

O projeto é totalmente financiado por fundos da União Europeia e está a ser dinamizado entre escolas de Portugal, Espanha e Itália. Em Portugal, está a ser apresentado a escolas da região transmontana.

A modalidade é praticada em formato de encontros entre equipas, que decorrerão em diferentes escolas da região, com o objetivo de dar a conhecer este novo desporto. A equipa que se sagrar campeã em Portugal terá a oportunidade de viajar até Itália, onde se realizará um encontro com as equipas vencedoras dos outros países participantes.

O próximo encontro está marcado para Palermo, na Itália, reforçando o caráter intercultural da iniciativa. O primeiro jogo de Mazapié em Portugal decorreu nas instalações da EPA Carvalhais, em Mirandela, marcando o arranque oficial da modalidade na região e deixando boas expectativas para o futuro da sua implementação nas escolas.

O objetivo principal do Mazapié é promover a atividade física entre os mais jovens, aliando movimento, consciência ecológica e tecnologia num formato divertido e educativo.

Jornalista: Micaela Costa

Já há datas para a Feira de São Pedro de Macedo de Cavaleiros

 Entre os dias 28 de junho e 6 de julho, Macedo de Cavaleiros recebe mais uma edição da Feira de São Pedro. Este ano, o certame celebra 40 anos e terá novidades.


Serão oito dias de festa, este que é um dos eventos mais importantes para o tecido empresarial do concelho. Benjamim Rodrigues, presidente da câmara municipal de Macedo de Cavaleiros diz que este será “um ano diferente”.

“Este ano vamos encaixar o certame entre os dias 28 de junho e dia 6 de julho. São 40 anos, por isso mesmo, será um ano diferente, um ano com um cartaz que será digno de registo e ao mesmo tempo criar aqui algumas novidades”, refere.

O cartaz será revelado brevemente e promete uma forte aposta na animação, como adianta o autarca.

“Estamos à espera de lançar o cartaz definitivo, podendo já assegurar que iremos ter artistas de renome mundial e artistas internacionais que vão criar certamente aqui momentos de muita afluência de público e de aficionados deste tipo de eventos.”

O último dia, 6 de julho, será dedicado, como habitualmente, aos agricultores.

“Teremos, certamente, também toda a maquinaria agrícola exposta com novidades, , e com vários momentos de lazer e de confraternização ligados ao agricultor, e também nesse dia terminaremos com uma atuação de uma artista local que dinamizará também a parte lúdica da exposição e da feira”, conclui.

Este ano, o município vai dar continuidade ao Agrosummit, à Gala do Empresário e haverá uma nave tecnológica e de gaming para os mais jovens.

Escrito por Rádio ONDA LIVRE

Acidentes com tratores são uma “problemática” na região

 Acidente de trator que fez uma vítima mortal, ao final da tarde desta quarta-feira, no concelho de Alfândega da Fé, junta-se à lista de acidentes com máquinas agrícolas, que têm aumentado na região. A GNR diz que é uma “problemática” real.


Um homem de 42 anos morreu, no final da tarde de quarta-feira, num acidente de trator na aldeia de Cabreira, pertencente à União das Freguesias de Eucísia, Gouveia e Valverde, no concelho de Alfândega da Fé.

A vítima estava a trabalhar num terreno agrícla, quando o acidente ocorreu. Segundo Hernâni Martins, Major das Relações Públicas, do Comando da GNR de Bragança, o óbito foi declarado no local.

“O senhor de 42 anos ficou debaixo de uma máquina agrícola. As circunstâncias com o mesmo ocorreu estão a ser investigadas. O óbito foi declarado no local.”

O Major da GNR de Bragança reconhece que os acidentes de trator têm aumentado e são cada vez mais uma realidade nesta região.

“Os acidentes de trator são uma problemática de nossa região, fruto de muita ou alguma atividade agrícola que existe e do número de maquinas agrícolas que existe a circular e os acidentes com estas máquinas são uma realidade.”

A maioria dos acidentes com máquinas agrícolas têm registado várias vítimas mortais e, por esse motivo, Hernâni Martins partilha dicas fundamentais para os condutores.

“Os conselhos que nós deixamos sempre é que as pessoas tenham real noção de que estão a conduzir uma máquina agrícola, não estão a conduzir um veículo automóvel, que conheçam a máquina, que percebam quais são as limitações e o limite da máquina, que tenham o cuidado nos terrenos, principalmente aqueles mais inclinados, onde possa haver movimentação de terras e que usem o vulgarmente conhecido arco de Santo António”, explica.

As inspeções às máquinas agrícolas e agir com cautela são outros dos cuidados a ter.

Segundo uma fonte da GNR, em 2024, no distrito de Bragança, foram registados 19 acidentes, seis vítimas mortais, seis feridos graves e seis feridos leves. Este ano, já ocorreram dois acidentes de trator e as duas pessoas acabaram por morrer.

Escrito Por Rádio ONDA LIVRE
Foto: Arquivo

Regresso da ferrovia ao distrito mais perto: Resolução do Conselho de Ministros inclui estudos para ligação ferroviária Porto-Bragança

 Foi publicado em Diário da República, ontem, a Resolução de Conselho de Ministros que aprova o Plano Ferroviário Nacional, no qual está incluída a ligação ferroviária Porto- Bragança.


O documento determina ainda à Infraestruturas de Portugal a realização de estudos técnicos importantes para a decisão sobre os investimentos ferroviários, prevendo-se assim o regresso do comboio à capital do Nordeste Transmontano.

O presidente da Câmara Municipal de Bragança já reagiu, salientando que é “com grande satisfação” que veem “reconhecidas as reivindicações do Município e das várias entidades e forças vivas da região”, uma vez que a ligação Porto-Bragança ao estar inscrita no Plano Nacional Ferroviário será alvo de avaliação, que “apoiará a decisão final” da sua viabilização.

INFORMAÇÃO CIR (Escrito por Rádio Brigantia)

Empresário homenageado pelo Rotary Club

 O empresário brigantino Albino Lucas, da construção civil, foi homenageado sexta-feira pelo Rotary Club de Bragança, num jantar que contou com a presença de mais de 130 participantes, no restaurante Geadas.


"Tratou-se de uma homenagem que resulta do reconhecimento dos méritos profissionais que Albino Lucas tem tido ao longo da sua vida ativa", indicou o Rotary Club ao Mensageiro.

Albino Lucas completou, recentemente, 80 anos de vida.

Luís Mesquita é o atual presidente do Rotary Club de Bragança.

A próxima iniciativa acontece no final do mês de maio.

AGR

Entre Famílias é um lugar de aconchego e capacitação para 26 mulheres

 Entre jogos de dados, cartas ou micado um grupo de 26 mulheres, mães ou grávidas, todas jovens, dão os primeiros passos na aprendizagem de métodos ou dicas para se organizarem e procurarem trabalho em Bragança.


Os dados estão lançados. Os números decidem quem começa a falar.  Assim se quebra o gelo, com alguma ordem, neste grupo intercultural que reúne mulheres portuguesas sejam de etnia cigana ou não, africanas, brasileiras - em maior número- mas também aparecem de outras nacionalidades. “O jogo promove a conexão e os relacionamentos entre elas. Vão-se conhecendo aqui e estabelecendo laços fora”, explicou Andreia Afonso, coordenadora técnica da Entre Famílias.

Esta ação é desenvolvida pela Associação Entre Famílias e faz parte do Projeto Emprega(mente), cuja aprovação da candidatura ao programa da Fundação “La Caixa” – BPI Solidário, lhe granjeou um apoio de 31518,72 euros para apoiar a capacitação e inserção sócio laboral de mães com bebés e grávidas, já alvo de acompanhamento no Centro de Apoio à Vida Berço Feliz. “É sobretudo capacitação para a empregabilidade, mas como temos uma psicóloga hoje aproveitamos para promover a resiliência, a interajuda e para promover entre todas o aumento dos laços”, acrescentou a responsável.

No grupo partilham experiências boas ou más, sobre as dificuldades da vida, os filhos, ou os constrangimentos nos serviços públicos para tratar da documentação. “Ajudam-se mutuamente”, sublinhou Andreia Afonso.

(Artigo completo disponível para assinantes ou na edição impressa)

Glória Lopes

Posse de um terreno abre polémica entre Conselho Diretivo de Baldios e empresário

 O Conselho Diretivo dos Baldios de Sortes (CDBS) reclama a posse de uma parcela de terreno, localizada junto a uma pedreira, na área daquela freguesia, anexo a outro comprado por um privado e do qual este tomou posse e diz ser dono.


O caso chegou ao Ministério Público em 2022. Numa altura em que o empresário mandou limpar o terreno o CDBS chamou a GNR para impedir os trabalhos. Situação que originou uma queixa. Em fevereiro de 2023, o Ministério Público começou a ouvir as partes. O caso acabou arquivado.

Segundo o empresário, Dinis Crisóstomo, a justiça deu-lhe razão. “Não conseguiram provar nada, porque os terrenos são meus. Comprei-os. Vários terrenos são relacionados com o processo de legalização da pedreira, em sete ou oito artigos. Há um outro artigo que não entra na parte da pedreira, mas que faz parte da recuperação paisagística da pedreira, que é essa faixa que os Baldios querem”, explicou o empresário ao Mensageiro.

Os compartes não se conformam e, agora, querem avançar com uma ação para a justiça pelos próprios meios. “Há cerca de três anos, a Quota 700 comprou à Mota Engil o terreno, onde está localizada uma cabine. São uns 10 mil metros. A Mota Engil já nos tinha tentado comprar o restante terreno, mas nós não podemos vender por se tratar de um baldio”, argumentou Orlando Alves, presidente do Conselho Diretivo dos Baldios, que acusa o empresário responsável da Quota 700 “de se querer apropriar de outra parcela de terreno bem maior, anexa àquela que comprou”.

Há opiniões bem distintas entre as partes envolvidas neste caso.

O empresário da Quota 700, Dinis Crisóstomo, garantiu ao Mensageiro que o terreno lhe pertence. “Eu comprei o terreno à Mota Engil, tenho escritura. Serão uns 4500 hectares. Está tudo registado na Conservatória e nas Finanças. Tudo está legal. Tentei fazer o registo no BUPI, mas não consegui porque já estava registado pelos Baldios”, assegura Dinis Crisóstomo que terá feito compras a vários proprietários.

Orlando Alves, por seu turno, diz que tem provas de “que só foi vendida a zona onde está instalada uma cabine de alta tensão e a parcela em volta, não a quantidade de terreno que agora reclama a empresa” e sublinha que pode comprovar, nomeadamente através do artigo 3.º e das “delimitações e confrontações” que o restante terreno é baldio e sempre o foi.

Já Dinis Crisóstomo diz que o artigo 3.º “não existe”.

A polémica em volta deste terreno e sobre quem são os proprietários já não é nova. Remonta a 2007. Nessa altura houve uma divergência que terminou na justiça entre a junta de freguesia de Sortes e o Conselho Diretivo dos Baldios, precisamente, relacionada com a venda do terreno onde foi construída a cabine.

“A junta de freguesia vendeu-o ao empresário Jorge Quaresma, mas não podia fazer essa venda, porque o terreno era do Conselho Diretivo dos Baldios. Para o vender a junta efetuou uma escritura por usucapião”, contou Orlando Alves.

Segundo a ata N.º 5 da reunião da junta de freguesia com data de 2 de março de 1980 foi decidido vender o terreno a um privado por 15 mil escudos [78,82 euros).

O terreno está identificado no BUPI em nome do Conselho Diretivo dos Baldios, situação confirmada pelas partes opositoras. “O terreno devia ter uns sete hectares, mas devido à autoestrada está mais pequeno, e deve ter perto de cinco hectares”, atestou o responsável dos Baldios de Sortes.

Dinis Crisóstomo garante que o terreno lhe pertence e que “nem consta do mapa de baldios”.

Glória Lopes

Responsáveis da GNR e PSP apontam o distrito de Bragança como uma referência nacional em segurança pública

 Os comandantes da Polícia de Segurança Pública (PSP) e Guarda Nacional Republicana (GNR) no distrito de Bragança consideram que o Nordeste Transmontano é “uma referência nacional em matéria de segurança”, na sequência dos dados conhecidos no Relatório Anual de Segurança Interna (RASI), que apontam Bragança como o distrito com menos participações em todo o país.

O de Bragança foi mesmo o terceiro distrito com maior quebra de participações às autoridades no ano de 2024 (menos 6,3 por cento), que se traduz em menos 226. É, também, o distrito mais seguro pelo segundo ano consecutivo, com apenas 3348 participações criminais às autoridades.

“É de salientar que o distrito de Bragança foi, em 2024, o território com menor número de crimes participados a nível nacional. Este dado, para além de estatisticamente relevante, consubstancia uma prova inequívoca do clima de segurança e paz social que se vive na região, tornando Bragança uma referência nacional em matéria de segurança pública”, sublinhou o comandante da PSP, Rui Jorge da Rocha Silva, em declarações ao Mensageiro.

Rui Silva nota que esta tendência se vem registando ao longo de vários anos.

“A criminalidade geral no distrito de Bragança registou, na última década, uma evolução notavelmente positiva, traduzindo-se numa expressiva redução da delinquência e refletindo de forma inequívoca o empenho das forças de segurança, em particular da Polícia de Segurança Pública, no cumprimento rigoroso da sua missão de garantir a ordem pública, a tranquilidade social e a proteção dos cidadãos”, apontou.

Segundo os dados mais recentes, entre 2015 e 2024, o número total de crimes participados passou de 4.443 para 3.348, o que representa uma diminuição global de aproximadamente 24,6%. “Esta tendência decrescente, consolidada ao longo do tempo, merece ser destacada como uma evidência da eficácia das estratégias operacionais e preventivas implementadas. No ano de 2024, registou-se uma nova quebra, com menos 6,3% de participações criminais relativamente ao ano anterior, reafirmando o sucesso das medidas de policiamento de proximidade e da atuação integrada das forças de segurança”, frisou o comandante da PSP.

No que respeita à criminalidade violenta, Rui Rocha e Silva salienta que, “embora os dados de 2024 tenham mantido a estabilidade face ao ano transato, com 71 ocorrências, esta tipologia apresenta uma redução substancial desde 2015, ano em que foram registadas 86 situações”. “A persistência de valores baixos nesta categoria criminal reforça a perceção de segurança no distrito e atesta o impacto positivo do trabalho proativo desenvolvido pelas forças policiais. Neste domínio os crimes de resistência e coação sobre funcionário e o roubo por esticão evidenciaram-se entre os mais expressivos, registando aumentos de 6,3% e 66,7%, respetivamente. Contudo, contrapondo com estes aumentos, importa assinalar uma descida igualmente significativa de 50% nos roubos na via pública exceto por esticão, facto que pode confirmar a eficácia das patrulhas preventivas e direcionadas para as zonas mais sensíveis”, disse.

(Artigo completo disponível para assinantes ou na edição impressa)

António G. Rodrigues

Preço do cabrito e cordeiro aumentou esta Páscoa mas pastores não têm mãos a medir para as vendas

 Com a Páscoa à porta, o mercado está animado para os criadores de cabritos e cordeiros da região, que estão a escoar tudo o que têm para vender e até a fazê-lo a preços mais altos


Ainda assim, a subida de preços e procura, deve-se, em grande parte, ao grande decréscimo dos efetivos. As associações dizem que é urgente apoiar as raças autóctones sob pena de se perderem.

Longe vão os tempos, na região, em que os criadores se viram aflitos com a venda destes animais. Corriam os anos de pandemia, 2020 e 2021, quando se deu o sufoco para quem vende, mas, desde aí, a comercialização é risonha. E, este ano, a quadra está, novamente, a ser muito favorável para os criadores.

Gonçalo Rodrigues, de Carrazedo, no concelho de Bragança, vende cordeiros e está animado. “A venda não está má. Vendo-os todos na Páscoa”, disse. 

A grande queixa é a falta de apoios, já que criar animais não é nada barato. “A zona de Trás-os-Montes é sempre a última, chega cá pouquinho”, lamentou. E a atividade, na família, lamentavelmente, ficará por aqui.

João Silva, presidente da Associação Nacional de Caprinicultores de Raça Serrana, esclarece que as vendas estão a correr bem e o preço subiu, mas lamenta que isto se deva à escassez de animais. “É um ano fora de série, já no Natal também se venderam bem, mais caros. Nos últimos dois anos a diferença no cabrito é de 15 a 20 euros, porque a procura é muita e também há menos animais. Tínhamos 19 mil animais inscritos no livro, há seis anos, e agora temos 13 mil”, adiantou.

Fernando Pintor, da LEICRAS - Cooperativa de Produtores de Leite de Cabra Serrana, também confirma as boas vendas mas lamenta igualmente que o efetivo esteja a cair. São urgentes apoios. “Se a raça não tem tido apoios, a população está cada vez mais envelhecida, cada vez há menos pessoas a explorar esta raça, por sua vez no mercado vai haver cabrito transmontano”, criticou.

Andrea Cortinhas, secretária técnica da Associação Nacional de Criadores de Ovinos da Raça Churra Galega Mirandesa, também diz que está tudo vendido e assume ainda que é pela falta de animais.

Páscoa é tempo de folar mas também sabe a cabrito e a cordeiro na região.

E na região, longe vão os tempos em que os criadores se viram aflitos com as vendas destes animais.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Carina Alves

Com a Páscoa à porta o folar de carnes não falta na mesa dos transmontanos

 Já se começam a preparar os fornos para fazer uma das iguarias mais degustadas em Trás-os-Montes: o folar de carnes


Já se começam a preparar os fornos para fazer uma das iguarias mais degustadas em Trás-os-Montes: o folar de carnes.

Para os transmontanos não há Páscoa sem folar. Que o diga Arminda Machado, que se lembra bem de como se vivia esta tradição quando era pequena. “Se não houvesse folar na Páscoa, não havia nada. A minha mãe fazia sempre daqueles folares grandes, para os filhos todos, eramos 16. Estávamos todos contentes, a ajudar a partir os ovos, a preparar, a ver como se fazia, era uma festa para nós fazermos folar”, lembrou.

Ovos, farinha, azeite e carnes. Até parece fácil, mas o segredo está na qualidade dos produtos. Fazer folar é muito mais do que juntar ingredientes. É um momento de aproximação da família e de várias gerações. “Vou fazê-lo sábado de Páscoa, porque a minha filha chega sexta-feira. Ela pediu-me para esperar. Ela também os faz, mas disse que queria estar presente, ela e os filhos querem estar de volta do forno”, contou.

Esta tradição também é mantida pelas mãos de Gina Morais. Folar e os conhecidos económicos não faltam nesta altura do ano. Mas as mesmas mãos que amassam a tradição, amassam a inovação. Há mais de dez anos que faz folar de coco. Uma ideia que partiu de uma brincadeira. “Começou numa brincadeira e é o “meu segredo” porque toda a gente quer a receita do Folar de coco. Vou transmitir este segredo à minha neta, que me ajuda. Vou fazer questão de que ela continue”, frisou.

A avó faz questão de ensinar e a neta faz questão de aprender. Ana Patrícia desde pequena que ajuda Gina a fazer folar. Uma herança que, no que depender de si, não terminará. “Desde muito cedo que ajudo a minha avó. Sempre gostei muito de fazer folar e ela convidava-me para a ajudar. Quero manter a tradição, que já é de família”, sublinhou.

Folar de carnes ou folar de coco: uma coisa é certa, não faltará na mesa dos transmontanos nesta Páscoa.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Ângela Pais