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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

domingo, 24 de maio de 2015

Lenda de Ervedosa e da Casa do Ti Caexo

No sítio das Corujas, termo de Ervedosa, concelho de Vinhais, habitava um fidalgo rico muito soberbo, possuidor de uma grande quinta, situada na margem esquerda do rio Tuela, junto à Foz da Ribeira, afluente do mesmo rio.
Um dia o Fidalgo ordenou à sua criada que à hora da ceia tivesse pão de trigo na mesa. Não podendo obter trigo, a criada apresentou-lhe centeio, do qual o Fidalgo não gostou.
Envaidecido da sua posição social, prorrompeu em injúrias contra este cereal a que chamava comida de perros. Logo, de tão envaidecido que estava, no auge da fúria e num gesto mortal, esfaqueou o pão, que começou a jorrar sangue.
Imediatamente veio uma praga de formigas que invadiu essa encantadora quinta, obrigando o Fidalgo rico e sua família, logo nessa mesma noite, a abandonar a sua vivenda e o Lugar de Corujas e a refugiar-se no alto mais próximo.
Dizem os mais antigos, que nesse alto existe ainda hoje a primeira casa construída nessa época a qual chamam "Casa do ti Caexo", que chegou quase intacta aos nossos dias.
As pessoas que se refugiaram nesse alto, dedicavam-se principalmente à pastorícia. Este local era rico em pastagens, sobretudo de uma erva à qual chamavam "Erva Doce", que com o decorrer do tempo deu origem ao nome desta localidade. "Erva Doce - Ervedosa". Aí se formou o povo de Ervedosa, tendo sido vila e concelho durante muito tempo.

1 comentário:

  1. Uma bela lenda. este fidalgo não sabia que em Tras os Montes o pão é sentido como o símbolo do suor do trabalho.

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