Bordados em seda, arte ancestral de Freixo de Espada à Cinta |
«O bicho-da-seda e a respectiva extracção desta matéria-prima por processos ancestrais e artesanais é uma arte tradicional», contou Susana Martins, responsável pela administração da Associação para o Estudo, Defesa e Promoção do Artesanato de Freixo de Espada à Cinta (AEDPA). Criada há 26 anos, a Associação tem vindo a desenvolver o processo de produção de seda, a sericicultura, de um modo totalmente artesanal. «Aqui em Freixo, todos nos orgulhamos desta arte, os mais novos chegam mesmo a pedir larvas, alimentam-nas, e depois trazem-nas aqui quando já estão em casulo. Todos nos envolvemos», narrou vivamente Susana.
Quando a larva se fecha sobre si mesma
O desafio da Associação começa quando as larvas nascem. Por esta altura medem pouco mais do que um milímetro e requerem muito alimento para ganharem peso. «As folhas de amoreira são o seu único alimento, e têm de ser novas todos os dias, porque os bichinhos não as comem de um dia para outro», explicou Susana. Enquanto cresce, o bicho-da-seda passa por quatro fases de desenvolvimento, sendo a última o processo de libertação de todas as impurezas do seu corpo. «Neste momento, segrega uma baba, filamentosa e brilhante, que origina o casulo», acrescenta, entusiasticamente, a nossa interlocutora. A Associação tem aqui um papel importante porque possibilita que o casulo se desenvolva em boas condições, colocando ramos de arçãs que servem de suporte aos casulos. O bicho-da-seda fica fechado sobre si mesmo cerca de 15 dias. «Por esta altura temos de ter o cuidado de não deixar a borboleta nascer, porque o líquido que deita para furar o casulo e voar, danifica-o». De resto, a borboleta apenas nasce para reproduzir, colocando 400 a 500 ovos que viabilizam a continuação desta arte ancestral.
Um casulo, um delicado fio de seda
Casulos do Bicho-da-seda |
Uma tradição com potencial económico
Bicho-da-seda |
Como posso obter bichos da seda ? Alguém vende? Obrigado
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