Dar maior relevo ao sobreiro, alertando as autoridades para os problemas que afectam esta árvore tão importante para a economia portuguesa são objectivos que a AAP e a ATN querem alcançar com a classificação do sobreiro como «Árvore Nacional de Portugal». Uma iniciativa que pretende, ainda, sensibilizar a uma efectiva preservação desta espécie e dos valores biológicos, paisagísticos e culturais associados à mesma.
Além da petição online, que conta a 14 de Junho com 1487 signatários, decorre uma petição em papel. «No total temos perto de duas mil assinaturas», adianta Pedro Santos, da AAP. O mesmo responsável diz que estão quase a atingir metade do total de assinaturas necessárias para levar a questão a discussão parlamentar. «Necessitamos de cinco mil assinaturas», afirma.
Pedro Santos acrescenta, ainda, que «antes de atingir esse número, o assunto pode ser já levado a discussão junto das comissões parlamentares. Aguardamos apenas a formação de novo Governo».
O responsável pela AAP mostra-se optimista e conclui: «mesmo sem fazermos grandes esforços, há movimentos políticos interessados na nossa causa. Entre os signatários está o ex-ministro da Agricultura, António Serrano, entre outras figuras políticas».
O sobreiro está presente em quase todo o território nacional, ocupando em Portugal continental perto de 737 mil hectares (Inventário Florestal Nacional/ 2006), o que corresponde a cerca de 32% da área que a espécie ocupa no Mediterrâneo ocidental.
Além da protecção ambiental e da manutenção da paisagem de montado, candidato a Património da Humanidade da UNESCO, o sobreiro tem forte impacto económico e social. Portugal produz perto de 200 mil toneladas de cortiça por ano (mais de 50 % do total mundial).
(Sara Pelicano)
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