O troço do Itinerário Complementar 5 (IC5) que liga Mogadouro a Duas Igrejas (Miranda do Douro) abrirá ao tráfego “em meados” de Setembro, avançou fonte da Estradas de Portugal. O IC5, considerada pelos autarcas da região como uma via “estruturante”, é há muito reclamada pelos concelhos do nordeste interior e vai ligar o concelho de Miranda do Douro ao nó da futura auto-estrada transmontana, junto ao Alto do Pópulo, no concelho de Alijó.
“O IC5 é uma via estruturante que poderá trazer desenvolvimento económico aos concelhos por onde passa, já que nos aproxima do litoral. Como é uma via que não terá portagens, poderá ser uma alternativa para quem se desloca ao sul do distrito de Bragança”, considerou o presidente da Câmara de Mogadouro, Moraes Machado.
Por outro lado, o autarca está convencido de que a abertura do IC5 poderá “em muito” potenciar o turismo da região, considerado a sua “principal” indústria.
Segundo uma fonte da concessionária Ascendi, o valor da empreitada do troço entre Mogadouro e Duas Igrejas ronda os 45 milhões de euros, para uma extensão de via com cerca de 37 quilómetros incluída na concessão Douro Interior, que junta o IC5 e IP2.
Já o presidente da Câmara de Miranda do Douro considera o IC5 com uma das portas de entrada de espanhóis em Portugal, apesar de o itinerário terminar a cerca de 10 quilómetros da fronteira.
“O IC5 vai desencravar todo a parte sul do distrito de Bragança e criar novos desafios. No entanto, fica pendente a sua ligação com Espanha. Contudo, com a inauguração deste troço ficam esclarecidas algumas dúvidas em relação à conclusão da obra”, acrescentou Artur Nunes.
Segundo o autarca mirandês, a discussão do prolongamento do IC5 para a região de fronteira estará “em cima da mesa” na próxima Cimeira Ibérica.
A concessão do Douro Interior (IP2 e IC5), gerida pela Ascendi, tem uma extensão de cerca de 270 quilómetros, dos quais 261 são de nova construção, e abrangerá uma área de 14 concelhos transmontanos e durienses.
“Relativamente à ligação Mogadouro - Alfândega da Fé, a obra tem vindo a decorrer de acordo com o que se encontra contratualmente estabelecido”, avançou fonte ligada à Ascendi.
in.rba.pt
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