quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Candidatura de Bragança a património já tem equipa constituída

Já estão constituídos os grupos de trabalho de Portugal e Espanha para estudar a viabilidade da candidatura de Bragança-Zamora a Património Mundial. Os estudos que vão determinar se a candidatura conjunta à UNESCO é para avançar só deverão estar concluídos dentro de um ano.Até lá investigadores portugueses e espanhóis vão contar com o apoio de um consultor da UNESCO.  “A equipa espanhola acabou por já estar constituída, nós já temos a equipa portuguesa e convidamos um professor italiano que nos vai acompanhar neste seminário e reflectir connosco sobre a viabilidade desta candidatura. Ou seja, não é uma candidatura ainda para a UNESCO é o estudo que nos vai dizer se é possível ou não apresentar esta candidatura”, avança Fernando de Sousa, presidente do Centro de Estudos que está a trabalhar na candidatura.Para além do património construído de Bragança e Zamora, a candidatura também vai incluir os principais pontos de ligação destas duas cidades transfronteiriças. Miranda do Douro será uma das cidades que também vai fazer parte desta candidatura, pela sua proximidade linguística com a região de Léon.Para além da candidatura a património mundial decorre em simultâneo outra candidatura para unir o distrito de Bragança e as províncias de Zamora e Salamanca. O presidente da Câmara de Bragança, Jorge Nunes, afirma que o objectivo é criar novas oportunidades para as pessoas e empresas.“Paralelamente decorre outra candidatura que envolve o distrito de Bragança, a Província de Salamanca e Zamora para classificar o território como território da Biosfera e no fundo obter também uma referência de qualidade deste território e a partir daí potenciar a oportunidade em potenciar os recursos, a actividade das pessoas e das empresas”, realça Jorge Nunes.Para o Professor Adriano Moreira, a união dos povos é um passo importante para ultrapassar a crise económica que assombra a Europa.“É um projecto que mesmo que não tenha êxito e eu penso que o terá. É uma consagração das regiões transfronteiriças e isso tem um significado geral que eu vou tentar resumir da seguinte maneira: há uma tradição infeliz europeia em que os países nunca têm um Estado vizinho. Têm sempre um inimigo íntimo, que é o caso da relação da França com a Alemanha e o que nós aprendíamos em relação à Espanha de onde não vêm bons ventos, nem bons casamentos. Finalmente passamos a ter vizinhos e vizinhos cooperantes no projecto europeu”, enaltece Adriano Moreira.
Estas questões estão a ser debatidas no primeiro seminário internacional sobre o tema “Bragança, Uma Cidade Europeia”, que decorre até amanhã, em Bragança. 
Escrito por Brigantia
in:brigantia.pt

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