O IC5 abriu ao trânsito no Planalto Mirandês, mas, tal como aconteceu com o caminho-de-ferro, a via rápida não chega a Miranda do Douro, ficando-se por Duas Igrejas.
A ligação à sede de concelho está dependente do prolongamento da estrada até à fronteira da Senhora da Luz e dos estudos no lado espanhol, que deverão ser discutidos na próxima Cimeira Ibérica.
Mesmo assim, o presidente da Câmara de Miranda do Douro, Artur Nunes, vê no IC5 uma das portas de entrada de espanhóis em Portugal. “Vai desencravar todo a parte sul do distrito de Bragança e criar novos desafios. Fica pendente a sua ligação com Espanha, mas com a inauguração deste troço ficam esclarecidas algumas dúvidas em relação à conclusão da obra”, defende o edil.
Considerado pelos autarcas da região como uma via “estruturante” e há muito reclamada pelos concelhos do nordeste interior, vai ligar o concelho de Miranda do Douro ao nó da futura Auto-Estrada Transmontana, junto ao Alto do Pópulo, no concelho de Alijó.
Segundo nota das as Estradas de Portugal (EP), este lanço, que se desenvolve paralelamente à EN 221, engloba os nós de ligação Mogadouro, Sanhoane, Urrós, Sendim e Duas Igrejas, com a empresa a considerar que constitui uma “alternativa de excelência”, com significativa diminuição do tempo de percurso, e melhoria da segurança e circulação rodoviária.
Via diminui tempo de viagem e aumenta níveis de segurança
“O IC5, itinerário transversal que se desenvolve entre os distritos de Vila Real e Bragança, ligará Murça a Miranda do Douro, numa extensão aproximada de 132 quilómetros, servindo os concelhos de Murça, Alijó, Carrazeda de Ansiães, Vila Flor, Alfandega da Fé, Mogadouro e Miranda do Douro, destina-se a estabelecer acessibilidades entre estes concelhos, actualmente descontínuas em alguns locais e a melhorar as condições de segurança e combate à sinistralidade”, pormenoriza a EP.
Por outro lado, e na opinião dos autarcas das região, o IC5 é uma via estruturante que poderá trazer “desenvolvimento económico” aos concelhos por onde passa, já que os aproxima do litoral.
“Como é uma via que não terá portagens, poderá ser uma alternativa para quem se desloca ao sul do distrito de Bragança e para o IP4”, acredita o presidente da Câmara de Mogadouro, Moraes Machado.
Segundo uma fonte da concessionária Ascendi, o valor da empreitada do troço entre Mogadouro e Duas Igrejas ronda os 45 milhões de euros, para uma extensão de via com cerca de 37 quilómetros, incluída na concessão Douro Interior, que junta o IC5 e IP2.
Longroiva-Pocinho é o novo troço do IP2
Também já entrou ao serviço o lanço do IP2 entre Pocinho / Nó de Longroiva, com uma extensão de 18,3 quilómetros, integrado na Subconcessão Douro Interior.
A conclusão deste troço do IP2 dá continuidade aos lanços já em serviço, entre a A25 em Celorico da Beira, Trancoso e Longroiva.
O restante IP2, incluído nesta Subconcessão, entre Junqueira a norte do Douro e Bornes, será aberto ao trânsito no decorrer do mês de Novembro, passando a atual ligação entre a A25 em Celorico e a A4 em Macedo de Cavaleiros a fazer-se em condições de circulação e segurança acrescidas e poderá ser percorrida em muito menos tempo (cerca de 1H10 em vez das 2H00 actuais). Esta nova via serve directamente os concelhos de Celorico, Trancoso, Meda, Vila Nova de Foz Coa, Torre de Moncorvo, Vila Flor e Macedo de Cavaleiros.
O conjunto de lanços do IP2 e IC5 terminará no final do 1.º trimestre do próximo ano e em conjunto com a duplicação do actual IP4 e com a Concessão do Túnel do Marão significará a construção de cerca de 380 quilómetros de novas vias em Trás-os-Montes num período de 4 anos (2008-2012).
in:jornalnordeste.com
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