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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Portugal na 1ª Guerra Mundial

Em Portugal, com Bernardino Machado na presidência da República, a Alemanha em 9 de Março de 1916 declara guerra a Portugal. E foi o General Norton de Matos (mais tarde candidato às eleições presidenciais de 1949), Ministro da Guerra entre 1915 e 1917, com a colaboração do General Fernando Tamagnini, o responsável pela organização do Corpo Expedicionário Português (CEP) que no centro de instrução de Tancos (o chamado milagre de Tancos ) se transformaram em soldados aptos e capazes para um conflito duro, homens que pouco tempo antes, tinham uma vida civil, pacata e tranquila.
Neste cartaz de 1916 depois do governo britânico, a 16 de Fevereiro, solicitar a intervenção de Portugal na 1ª Grande Guerra, o Rei Jorge V de Inglaterra e o Presidente da República portuguesa Bernardino Machado.
Na foto a seguir (da esquerda para a direita): O comandante do CEP (Corpo Expedicionário Português) general Fernando Tamagnini de Abreu e Silva, o general inglês Hacking e o comandante da 2.ª Divisão General Gomes da Costa. Na outra foto o CEP de partida.

Ao chegarem à Frente Ocidental as tropas portuguesas adaptaram-se rapidamente à guerra de trincheiras, mostrando grande eficiência e espírito combativo. No entanto as condições foram piorando ao longo dos tempos, sobretudo devido à falta de reforços que impediam a substituição e descanso das tropas. Esta situação era agravada por outros factores tais como o Inverno frio e húmido, muito diferente do que o que os portugueses estavam habituados. As condições foram-se agravando a tal ponto que o Comando do 1º Exército Britânico decidiu a rendição das tropas portuguesas por tropas britânicas, com o objectivo de permitir o descanso daquelas. É justamente no dia previsto para a rendição do CEP que se dá a ofensiva alemã e a Batalha do Lys, apanhando as forças portuguesas numa posição completamente desfavorável.

Presidente Bernardino Machado em França



Prisioneiros portugueses da Batalha de La Lys

 Telegrama do Presidente da República Bernardino Machado ao comandante do CEP General Tamaguini

Com a ofensiva "Georgette" dos alemães, montada por Ludendorff, os portugueses, não motivados e muito mal preparados, acabaram por sofrer uma derrota estrondosa na Batalha de La Lys (sector de Ypres), em 9 de Abril de 1918, logo após a derrota do Exército Britânico em Arras. Não se pode definir um tempo de duração da fase inicial da ofensiva do Lys sobre a 2.ª Divisão do CEP, contudo, tendo começado o bombardeamento preparatório às 4h15 da madrugada de 9 de Abril, a última resistência dos Portugueses só cessou próximo do meio-dia de 10, em Lacouture. Os Portugueses tiveram cerca de 7.000 baixas, sendo que o maior número foi de prisioneiros por terem sido cercados pelos flancos da Divisão, como se comprova pelo facto de os Alemães lhes surgirem pela retaguarda, próximo das 11 horas da manhã. Essa derrota já era esperada pelo comandante do CEP general Fernando Tamagnini de Abreu e Silva e pelo comandante da 2.ª Divisão Gomes da Costa e pelo Chefe do Estado-Maior do Corpo, João Sinel de Cordes, que por diversas vezes avisaram o governo de Portugal e o comando do 1º Exército Britânico, das dificuldades existentes.
Regresso dos prisioneiros de guerra portugueses, da Alemanha a bordo do navio inglês Northwestern Miller, em 1919 

in:restosdecoleccao.blogspot.com

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