Há cada vez mais famílias com dificuldades em comprar manuais escolares. Às escolas têm chegado cada vez mais pedidos de ajuda, mesmo de famílias de escalões superiores de rendimentos. Na semana passada, a Câmara de Bragança procedeu à entrega de manuais escolares ao Agrupamento de Escolas Paulo Quintela, que serão entregues gratuitamente a 30 alunos de famílias com baixos rendimentos. O director do agrupamento, garante que vão ser uma ajuda preciosa, sobretudo numa altura em que os pedidos de ajuda são cada vez mais. “É muito importante porque há cada vez mais famílias carenciadas e, desta forma, as crianças podem ter acesso aos livros para que possam acompanhar as matérias”, afirma Luís Freitas, salientando que “por vezes surgem famílias a pedir apoio mesmo não estando no escalão da Segurança Social, porque vivem momento difíceis e não estavam a contar ficar desempregados e nós tentamos resolver essas situações através de apoio directo da escola, juntamente com as livrarias e editoras que se disponibilizam para ajudar”. “Este ano verificamos um acréscimo do número de famílias” nesta situação.
Autarquia brigantina vai gastar mais de 900 mil euros em apoio escolar
Esta é apenas uma parte do apoio dado pela autarquia a crianças do primeiro ciclo do concelho de Bragança. A vereadora da Educação, Fátima Fernandes, espera poder aliviar a carga de muitas famílias “que estão a passar algumas dificuldades e com este tipo de apoios podemos facilitar-lhes um pouco a vida”. Os livros serão agora entregues gratuitamente a 30 crianças em vez de ficarem na escola, disponíveis para os próximos anos.
Ao todo, a Câmara de Bragança comprou este ano mais de 700 livros para crianças do primeiro escalão do abono de família, tendo comparticipado ainda 50 por cento da compra de livros de crianças do segundo escalão, num total de 520 alunos apoiados, mais 80 do que no ano passado.
No total, a autarquia brigantina vai gastar mais de 900 mil euros em apoio escolar, que inclui ainda o programa de refeições a 1150 alunos dos 1350 matriculados no primeiro ciclo e os 600 mil euros do transporte escolar.
in:jornalnordeste.com
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