quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Obras afastaram pessoas do centro de Bragança - Intervenções do Polis e do PROCOM “arrumaram a cidade”, mas tornaram-na pouco funcional

As intervenções na zona histórica de Bragança, no âmbito do Polis e do PROCOM, contribuíram para afastar as pessoas do centro da cidade.
A constatação é do arquitecto João Ortega, que na passada terça-feira participou no colóquio “Reabilitação Urbana no contexto das Novas Políticas Urbanísticas”, promovido pela Assembleia Municipal de Bragança.
João Ortega afirma que o comércio saiu prejudicado, porque as intervenções dificultam a vinda das pessoas ao centro da cidade. “Estas duas intervenções, sobretudo o PROCOM, reduziram claramente a plurifuncionalidade da nossa rua, o que significa que temos os lugares arrumados para cada uma das funções, mas aquelas que não foram previstas é muito difícil acontecerem, nomeadamente o simples parar para comprarmos o jornal ou qualquer outro produto”, salienta o arquitecto.
O arquitecto, que também é professor no ensino secundário, afirma que os estudantes não conhecem o centro histórico de Bragança, uma situação que considera preocupante.
“Eu como professor sempre que tento abordar a cidade com os meus alunos há duas constatações muito preocupantes, primeiro que não conhecem a cidade e segundo que não gostam da cidade”, realça o professor.
João Ortega afirma que a solução para dinamizar o centro histórico é voltar a trazer serviços para esta zona da cidade. “Para mim, uma das questões do centro histórico passa pela recuperação da centralidade que ela perdeu. Saíram os serviços públicos e podemos enumerá-los desde os bombeiros, a outras instituições públicas, que só regressando podemos resolver o problema do despovoamento na zona histórica”, remata João Ortega.



Por: Teresa Batista
in: jornalnordeste.com

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