António Marçoa quer adaptar os serviços de saúde às necessidade da população transmontana. O presidente do conselho de administração da Unidade Local de Saúde do Nordeste enumera algumas das características específicas, que o responsável entende que os serviços de saúde têm de ter em conta.
“Uma população envelhecida, em que mais de 25 por cento ultrapassa a idade dos 60 anos, que tem um rendimento per capita que não chega a atingir os 70 por cento da média nacional e uma população escassa, implantada num distrito, juntamente com o concelho de Foz Côa, que tem uma superfície extensa, de 70 mil quilómetros quadrados”.
O responsável da entidade que agrega os centros de saúde e hospitais sob uma mesma gestão, entende que a primeira linha de cuidados está nos centros de saúde e por isso um dos principais objectivos vai passar por atribuir a cada habitante do Nordeste um médico de família. “Não pode existir nenhum utente sem médico de família e esta vai ser a nossa bandeira”, determina Marçoa.
António Marçoa, em entrevista à RBA, garantiu ainda que o futuro vai passar por um reforço dos cuidados primários “com recursos do meio hospitalar”, mas não se comprometeu quanto às extensões dos centros de saúde:
“Com toda a certeza há extensões que nós concluiremos que vale a pena manter, porque têm doentes inscritos com uma dimensão que justifica a deslocação dos médicos a essas extensões. Provavelmente haverá outras, com poucos doentes inscritos e isso tem de ser avaliado, porque um médico quando se desloca a essa extensão de saúde muito provavelmente se não fizesse essa deslocação seria muito mais produtivo a atender doentes nos centros de saúde”.
António Marçoa em entrevista à RBA que pode ouvir na íntegra Domingo, entre as 13h e as 14h.
in:rba.pt
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