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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

A angústia de um ex-combatente da guerra do ultramar


O Guerrilheiro da Frelimo

Através de uma mensagem de correio eletrónico enviada ao NetBila, um antigo combatente da guerra do ultramar pede-nos para ajudar na divulgação de uma das suas histórias passadas durante a guerra em Moçambique contra o movimento de libertação daquele território ultramarino, a Frelimo. O antigo combatente português, Alferes de Operações Especiais - Ranger -, Jaime Froufe Andrade, sente ainda hoje, após mais de quarenta anos, uma enorme angústia por causa de um simples aparelho de rádio pertencente a um guerrilheiro daquele movimento de libertação. O facto passou-se no dia 17 de setembro de 1968 na província de Tete:
O guerrilheiro da Frelimo, como nos conta o Jaime Froufe Andrade, foi capturado na sequência de um golpe de mão levado a cabo pelas tropas portuguesas a uma base de considerável dimensão, instalada por um dos quadros opositores ao exército português que mais tarde viria a ser o Presidente da República Popular de Moçambique - Samora Machel. O guerrilheiro foi surpreendido por um pequeno grupo de combate helitransportado que atuou sob o comando de Jaime Andrade. O guerrilheiro de quem não se sabe o nome trazia consigo, além da arma de fabrico chinês imediatamente retirada das suas mãos, um aparelho de rádio sendo este confiscado particularmente pelo comandante do grupo atacante antes de entregar o prisioneiro para interrogatório.
Voltando de Moçambique para a Metrópole, o ranger Jaime Andrade trouxe consigo o pequeno rádio portátil. Alcançada alguma acalmia por entre o stress de guerra, o famigerado aparelho deu volta à cabeça àquele que não se sentia de modo nenhum o seu dono. Tem sido assim durante estes longos anos. O rádio andou escondido lá por casa durante muito tempo, só que não lhe desaparecia da cabeça, pois trazia-lhe à memória outras recordações de outros momentos e outros factos ocorridos. Assim, o rádio acabou por tomar um lugar de destaque na mesa de trabalho do nosso amigo ranger. O pequeno aparelho é como um dedo que persiste em apontar para mim, confessa Jaime Andrade. Este, com uma grande angústia tem contado a sua história publicamente em diversos fóruns, conseguindo mesmo fazer a sua divulgação em alguns canais de televisão portugueses, despertando inclusivamente o interesse de um jornalista da BBC.
É desejo do nosso Alferes, alimentando uma enorme esperança, reencontrar o seu antigo adversário de guerra por quem sente hoje um admirável respeito. Pretende simplesmente devolver-lhe o rádio, dar-lhe um forte abraço e pedir-lhe desculpa!


in:jornal.netbila.net
A HISTÓRIA DE JAIME ANDRADE

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