A população da aldeia de Gimonde, em Bragança, está farta de maus cheiros e de água de esgoto a correr à beira da porta.O sistema de esgotos da aldeia entope frequentemente e causa incómodos aos habitantes.A última vez foi há poucos dias. Um cheiro nauseabundo. É disso que se queixam os habitantes da aldeia de Gimonde, cada vez mais próxima da cidade de Bragança.Há poucos dias, as condutas de saneamento entupiram, outra vez.A população já está farta que isso aconteça.
“A cada pouco já está entupido”, diz Cândida Fernandes. “Pois, ainda por cima é água choca, com um cheiro esquisito. E já há muitos anos que está assim”, assegura Marcelino Rodrigues. Já Mária de Fátima Gonçalves diz que “é só porcaria que nasce ali”. “Desde que cheguei aqui há nove anos, isto repete-se. Então de Verão, nem se podem abrir janelas nem portas por causa do cheiro”, explica Jorge Barros, que é dos mais inconformados. Diz que a aldeia cresceu tanto que esgotou a capacidade das tubagens.
“A freguesia de Gimonde já é quase um bairro da cidade. Com duas padarias, quatro cafés, cinco restaurantes, tem um movimento extraordinário e se põe um tubo de 20 cm a descarregar num açude a céu aberto, não dá”, diz.Os técnicos da autarquia estiveram no local a limpar as condutas. Foi retirada alguma gordura que se vai acumulando, numa zona em que está também instalada uma fábrica de fumeiro.“A fábrica é capaz de aumentar os problemas nas condutas mas se as condutas já são estreitas. Eles [da câmara] é que têm de analisar, que têm lá os técnicos.”O responsável pela fábrica escusou-se a prestar declarações gravadas sobre o assunto, mas sempre foi adiantando que o sistema de saneamento da aldeia é demasiado limitado para as empresas que ali já estão instaladas. Da parte da autarquia, e apesar de diversos pedidos, não foi possível obter qualquer reacção.Já a Junta de Freguesia lamenta a situação. Vítor Alves, o presidente, admite que o sistema terá sido mal dimensionado quando foi construído há cerca de uma década.“Efectivamente o saneamento foi dimensionado para uma aldeia normal e Gimonde tem características que a tornam diferente e com alguma indústria.”Vítor Alves diz que a Junta tem tido alguma atenção, até porque a aldeia vive do turismo.“Temos tido uma preocupação constante com os saneamentos, nomeadamente porque o tratamento de esgotos e afluentes é extremamente importante para a aldeia, que vive do turismo e tem tido um aumento de turistas a visitar-nos.”
Já houve contactos com a autarquia para resolver o problema mas o presidente da Junta diz que, para já, não haverá obras.
Escrito por Brigantia (CIR)
in:brigantia.pt
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