Freixo de Espada à Cinta, Alfândega da Fé, Torre de Moncorvo e Carrazeda de Ansiães são os municípios do distrito com maior volume de dívida por habitante, segundo o Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses de 2010.
O problema é que os valores divulgados no documento não correspondem à divisão do passivo total pelo número de habitantes.
O presidente da Câmara de Freixo de Espada à Cinta, José Santos, contesta os valores do anuário e lembra que em 2010 a autarquia até reduziu a dívida.
“A dívida da Câmara baixou. No anuário não está bem a dívida, nem o número de habitantes”, garante o autarca.
De acordo com o documento, Freixo passou de um passivo de cerca de 4 mil euros em 2009 para 8 mil euros em 2010. No entanto, ao dividir os 15 milhões de passivo total pelos cerca de quatro mil habitantes, a dívida por habitante desce para cerca de 3500 euros por munícipe.
O mesmo acontece com o município de Alfândega da Fé, que passa de uma dívida de 3 mil euros para 6 mil euros por habitante. O valor ultrapassa a divisão do passivo total de cerca de 19 milhões pelos 5 mil habitantes, que perfaz pouco mais de 3 mil euros.
Mirandela e Macedo de Cavaleiros são os municípios mais endividados, contratando com Vinhais e Vila Flor
Para a autarca local, Berta Nunes, as contas estão mal feitas. “A dívida total corresponde ao valor que está no anuário mas o valor por habitante está errado. No entanto, isso não significa que não haja problemas no nosso município, que vai continuar com uma dívida bastante elevada, que só nos próximos anos vamos conseguir reduzir”, constata a autarca.
De acordo com o anuário de 2010 os municípios com maior passivo são Mirandela, com 21 milhões, e Macedo de Cavaleiros, com 20 milhões. Segue-se Alfândega da Fé e Torre de Moncorvo, com cerca de 19 e 18 milhões, respectivamente.
A liderar a lista das autarquias mais desafogadas está Vinhais, com 4 milhões de passivo, e Vila Flor com cerca de 5 milhões de dívida total. Vimioso e Mogadouro, com cerca de 6 e 8 milhões euros de euros de endividamento, respectivamente, também estão entre as autarquias do Nordeste Transmontano com mais saúde financeira.
in:jornalnordeste.com
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