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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 7 de março de 2012

Operação Censos Sénior registou mais 900 casos do que em 2012

O distrito de Bragança é o que mais idosos a viver sozinhos tem em todo o país. Num trabalho denominado Censos Sénior 2012, realizado entre Janeiro e Fevereiro, a GNR identificou 2442 idosos sozinhos em todo o distrito, cerca de mais 900 do que no ano passado.
“Este ano tivemos um registo superior. O aumento teve a ver com a consolidação destes sensos que nós estamos a fazer. No ano passado era novidade, foi menos tempo. Enquanto os militares se aperceberam do que é que era necessário fazer demorou algum tempo e não se fez um trabalho tão aprofundado como desta vez”, revelou o Major Rui Pousa, da GNR de Bragança, adiantando ainda que a operação deste ano contou com uma novidade. O recurso ao GPS.
“Este ano tiramos as coordenadas GPS dos idosos isolados ou a viver sozinhos. Isso pode facilitar, numa situação de catástrofe ou de emergência em que tenha de ir lá alguém sem ser nós, como o caso de bombeiros, ou até do helicóptero. Com as coordenadas GPS torna-se muito mais fácil a localização”, acrescentou.
Em todo o país, a GNR identificou 23 mil idosos a viver sozinhos ou isolados. O distrito de Bragança, com 2442 é o que mais casos regista. Destes, 2402 residem sozinhos e quarenta em locais isolados.
Os concelhos de Vimioso, com 624 casos, Torre de Moncorvo, com 450, e Bragança, com 365, são os mais afectados.
José Rodrigues, o presidente da câmara de Vimioso, entende que este fenómeno é culpa dos sucessivos Governos e do abandono a que votaram a região.
“Neste momento está a acontecer o mesmo. Saem serviços dos municípios e as pessoas têm de sair dos nossos concelhos para o litoral. Tudo temos feito para atrair pessoas para Vimioso mas não tem acontecido tanto como nós gostaríamos”, frisou o autarca.

 A segunda edição da “Operação Censos Sénior” decorreu entre 15 de Janeiro e 29 de Fevereiro e teve como objectivo registar todos os idosos que vivem sozinhos ou em locais isolados na área de responsabilidade da GNR, o que corresponde a cerca de 94 por cento do território nacional e a 54 por cento da população residente.
Ora, no concelho de Carrazeda de Ansiães, fomos encontrar Herculano Tiago.
Tem família mas já mora sozinho há três anos. Por companhia, tem apenas alguns, poucos, vizinhos, e as paredes da casa.
Tem 76 anos e mora na pequena aldeia de Penafria, em Carrazeda de Ansiães, e desde que enviuvou deixou de ter companhia:
 “Está a caminhar para três anos. Tenho um filho na Suíça, dois na Espanha e um em Lisboa. Estão cá pouco tempo mas às vezes vêm. A cada passo estão a telefonar. Às vezes passam-se oito dias sem telefonarem mas querem saber do pai.”
Se Herculano Tiago precisar de ajuda, tem de recorrer aos vizinhos. Horácio Vieira, de 74 anos, vive com a mulher mesmo ao lado e procuram estar atentos para ajudar em caso de necessidade:
 “Temos que ajudar”, diz Horácio Vieira. Conta que houve um dia em que o vizinho teve de ir para o hospital e nós não sabíamos. Mas depois ligámos para lá e descobrimos”, recorda.
O tema da solidão preocupa, naturalmente, estes idosos, sobretudo quando tomam conhecimento de casos, nomeadamente nas grandes cidades, de idosos que morrem sozinhos nas suas casas e só são descobertos muito mais tarde.
Nesta altura, a GNR está ainda a fazer o tratamento dos dados recolhidos para, então, saber, quantos casos novos há em relação ao ano passado.


Escrito por Brigantia/Rádio Ansiães (CIR)
in:brigantia.pt

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