segunda-feira, 30 de abril de 2012

Contas de Bragança de 2011 aprovadas sem votos contra na Assembleia Municipal

As contas foram aprovadas, mas as políticas não convenceram os deputados da Assembleia Municipal de Bragança. Mesmo assim, na sexta-feira foi aprovado o relatório de contas da autarquia referente a 2011, com mais de meia centena de votos favoráveis, 23 abstenções e nenhum voto contra. A oposição coincide num ponto, o relatório é tecnicamente correcto mas reflecte políticas erradas para a região.
“A câmara apresenta contas certinhas mas que resultam de investimentos que não são os melhores para o nosso concelho”, diz Luís Pires, do PS. Já José Lourenço, do Movimento Independente Sempre Presente, diz que a prova que os investimentos foram mal direccionados é o facto de “todos os dias se verem jovens licenciados e empresários abandonarem a região”. A CDU também se mostrou contra porque “também esteve contra a apresentação do plano”, explicou Leonel Fernandes. O Bloco de Esquerda reconhece “a qualidade das contas apresentadas”, mas “as opções políticas é que deviam ser outras”, frisou Luís Vale. Da parte do PP, Guedes de Almeida diz que “no aspecto técnico o relatório está correcto mas revela que em 2011 a autarquia esteve praticamente inactiva, com uma ou outra obra faraónica, que vai hipotecar o futuro das gerações vindouras”. Para além disso, Guedes de Almeida frisa ainda que se conseguiu algum equilíbrio “mas à custa de mais desemprego, pois a autarquia tem o menor número de trabalhadores de sempre, o que é mau em termos sociais”.

 Satisfeito com a aprovação estava o presidente da câmara de Bragança, Jorge Nunes.
“Os resultados operacionais são positivos, o resultado líquido é positivo, a taxa de execução ainda é mais elevada do que no ano passado, e o nível de endividamento reduziu-se e estamos com 30,95 por cento do orçamento do ano e a generalidade dos municípios andam com duas a três vezes o orçamento anual”, frisou o autarca.

 Jorge Nunes destaca ainda outros aspectos do orçamento.
“A evolução patrimonial também é positiva, a regularidade nos actos de gestão e de execução por parte dos trabalhadores também está garantida.”
A taxa de execução superou os 80 por cento, ou seja, a autarquia executou grande parte das coisas a que se propôs em 2011, enquanto a média nacional se situa nos 55 por cento.
O endividamento também foi reduzido em cerca de dez por cento e o saldo foi positivo em mais de um milhão e setecentos mil euros.


Escrito por Brigantia (CIR)
in:brigantia.pt

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