segunda-feira, 23 de abril de 2012

Douro Internacional: Portugueses e espanhóis criam primeira cooperativa de artesãos em território transfronteiriço

A Câmara de Miranda do Douro e o Ajuntamento de Torregamones (Espanha) constituíram a primeira cooperativa transfronteiriça destinada à comercialização de artesanato e produtos da terra.
"Esta iniciativa vem no seguimento da abertura do primeiro posto transfronteiro dedicado ao turismo, junto à antiga fronteira de Miranda do Douro, e após a assinatura de um protocolo com Zamora, para a promoção turística da região do Douro Internacional", disse à Lusa o presidente da Câmara de Miranda do Douro, Artur Nunes.
Segundo o autarca, o número de visitas ao posto de turismo transfronteiriço tem aumentado nos últimos meses, surgindo daí uma oportunidade para os artesão e produtores reginais comercializarem os seus produtos.
"Desde logo, do lado espanhol, houve um conjunto de artesãos que se mostraram interessados em expor e comercializar os seus produtos, naquela que é uma porta de entrada em território nacional. Nesse sentido, avançámos com um proposta conjunta de convidar as pessoas a aderirem ao processo de constituição de uma cooperativa", acrescentou o autarca.
Para integrarem a cooperativa, as duas autarquias raianas convidaram todos os artesãos das suas zonas de influência para um projeto que tem como objetivo criar "valor económico" em tempos de crise.
Nesta fase inicial, há dois espaços disponíveis em locais aonde funcionaram os antigos serviços alfandegários nos dois lados da fronteira.
Os mentores da iniciativa vão aguardar os resultados desta fase inicial e decidir depois sobre a abertura de outros pontos de venda, tanto do lado português como do lado espanhol.
"Não duvidamos que este projeto poderá ser o início de um polo de desenvolvimento de pequenas unidades artesanais, que podem ajudar a criar riqueza na região de fronteira entre o concelho de Miranda do Douro e a região de Zamora", concluiu o autarca.

FYP.
Lusa

1 comentário:

  1. Tem de ser desta forma. Somos um povo muito individualista e o Transmontano ainda mais.

    O caminho do associativismo é uma via que poderá fazer a diferença e trazer-nos benefícios que sozinhos não conseguiremos.

    E quando se trata de políticas transfronteiriças, então ainda melhor, o mercado alarga-se, as experiências trocam-se e os resultados verificam-se. Os maiores sucessos para esta iniciativa.

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