sábado, 28 de abril de 2012
Três agrupamentos de escolas em Bragança são demais
Três novos agrupamentos escolares em Bragança são demais para o número de alunos que se prevêem para os próximos anos. Esta foi uma das preocupações manifestadas esta sexta-feira no programa da Brigantia “O Estado da Região”. A fusão de escolas vai levar os agrupamentos a utilizarem estratégias para captar alunos, o que, a longo prazo, poderá obrigar ao desaparecimento de, pelo menos, um agrupamento por falta de alunos. Teresa Sá Pires, directora da Escola Abade de Baçal, deu a sua opinião pessoal no programa e diz que eram suficientes, apenas, dois agrupamentos na cidade de Bragança.“A nossa população escolar é tão reduzida neste momento que tem que haver aqui bom senso a gerir esta população entre os agrupamentos.
Embora eu seja da opinião que só dois agrupamentos seriam suficientes”, defende Teresa Sá Pires.A transferência de alunos entre agrupamentos para completar turmas é uma situação que preocupa os pais.
A presidente da Associação de Pais do Agrupamento de Escolas Augusto Moreno, Adília Alves, defende que a proximidade da escola é fundamental para os encarregados de educação. “Preocupa-me porque numa cidade, embora seja pequena, o serviço de transporte público não é o melhor e isso significa que os pais tenham que levar as crianças a uma escola que a mim me fica a meia hora a pé de casa.
Como eu muita gente mora e trabalha na freguesia da Sé e deslocar-se até à zona onde se situa a Escola Miguel Torga não é uma decisão sensata”, realça Adília Alves. A fusão de escolas em Bragança contraria a tendência nacional dos mega-agrupamentos.
A dirigente do Sindicato dos Professores do Norte, Alice Suzano, contesta a criação de tantos agrupamentos na cidade e diz mesmo que este processo é uma guerra política.“Aqui o espanto, e parabéns ao doutor José Carrapatoso, é fazer de uma escola que estava completamente moribunda, que tem 300 alunos, consegue aglutinar o pré-escolar e o primeiro ciclo e ainda lhe vão criar lá o segundo ciclo. Isto aqui mais parece uma guerra entre uma Junta de Freguesia e de outra”, salienta Alice Suzano.
De recordar que o coordenador do grupo de estudo da carta educativa justifica a criação do agrupamento que une a Escola Miguel Torga e o Centro Escolar de Santa Maria com a necessidade de dar vida ao centro histórico. Henrique Ferreira reconhece que este agrupamento terá mais dificuldades em captar alunos e a sua capacidade de sobrevivência só poderá ser avaliada a longo prazo.
Escrito por Brigantia (CIR)
in:brigantia.pt
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