sexta-feira, 8 de junho de 2012

Antigas mezinhas podem ser um remédio para a crise


As ervas e plantas que outrora trataram e alimentaram as isoladas gentes transmontanas têm potencial para se transformarem num remédio para a crise dos dias de hoje, defenderam, em Bragança, estudiosos e empresários.
No Nordeste Transmontano, existem centenas de espécies, muitas ainda rotuladas com o preconceito da mezinha, mas que podem sustentar projetos de autossuficiência familiar ou mesmo empresariais.
A ideia foi defendida num seminário, na Escola Superior Agrária de Bragança, parceira da Frauga, a Associação para o Desenvolvimento de Picote, no projeto "Cultibos, Yerbas i Saberes" (Cultivos, Ervas e Saberes), que nos últimos dois anos inventariou mais de 300 espécies, apenas no Planalto Mirandês.
O projeto tem como propósito recuperar e preservar este património natural e cultural, mas também mostra e incentivar as pessoas a criarem negócios nesta área, como disse à Lusa Jorge Lourenço, presidente da associação que vai tomar a iniciativa.
A Frauga prepara-se para abrir uma loja de produtos regionais para mostrar o potencial e riqueza desta região nesta área, um espaço que ficará integrado no Centro de Interpretação Ambiental e EcoMuseu Terra Mater, que mostra a diversidade natural das Terras de Miranda.
Entre hortas, cortinhas, bosques e no contacto com as populações, Margarida Telo Ramos, uma das responsáveis pela recolha e inventário das ervas, descobriu também "ensinamentos daqueles que viviam da agricultura e isolados e que podem "ser úteis num contexto como o de hoje em que há dificuldades económicas".


Lusa

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