Oito freguesias do concelho de Bragança, que são atravessadas pela Auto-estrada Transmontana, estão descontentes com os acessos que estão a ser construídos.Os presidentes de junta reuniram-se ontem junto à obra para protestar esta situação.
Os autarcas de Quintanilha, Rio Frio, Gimonde, Rebordãos, Sortes, Santa Comba de Rossas, Salsas e Quintela de Lampaças queixam-se que os caminhos rurais estão a ficar com inclinações acentuadas.“Nós tínhamos caminhos paralelos à auto-estrada com bons acessos às propriedades agrícolas e agora estão a deixá-los com muita inclinação. Isto não tem pés nem cabeça, é só para matar os tractoristas”, refere Adriano Rodrigues, representante dos presidentes de junta, acrescentando que “são declives loucos de 30 e 35%, enquanto que a lei não permite mais de 15% e já tem de ter alcatrão”.
Adriano Rodrigues alerta ainda para os perigos da situação por causa da neve no Inverno.“Esta é uma zona muito fria no Inverno e com neve não dá para passar”, afirma e “em alguns casos nem há alternativas.
Nós não exigimos mais do que tínhamos. Só queremos o que tínhamos”.Aos autarcas juntaram-se ainda o presidente da câmara de Bragança, o director da delegação da Estradas de Portugal e representantes do consórcio que está a construir a auto-estrada.O presidente da câmara diz que é preciso encontrar soluções para todos os casos.“Numa estrada com esta extensão há muitos problemas específicos que escapam ao planeamento global da obra. De vez em quando é preciso discuti-los e avaliá-los no terreno para encontrar as soluções”, refere Jorge Nunes, garantindo que “em relação aos problemas que preocupavam a freguesia de Rebordãos, que eram significativos e com prejuízo para o povo, já ficou acordada a resolução”.
“Os caminhos paralelos vão ser melhorados, vão ser feitos outros onde não existiam e vão ser criadas acessibilidades a zonas que estavam inacessíveis” adianta.
O director da delegação de Bragança da Estradas de Portugal não quis prestar declarações sobre o assunto sem antes visitar todos os locais em causa e fazer o levantamento dos problemas, de forma a poder apesentar soluções numa reunião já marcada para a próxima segunda-feira.
Escrito por Brigantia
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