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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Mirandês integra plataforma on-line para defesa e recuperação de línguas em extinção


O mirandês, a segunda língua oficial portuguesa, falada no nordeste transmontano, é um dos sete mil idiomas em risco de desaparecimento que constam de uma nova plataforma da Google. O projecto que visa recuperar e salvaguardar línguas em risco de extinção apela ao contributo documental de todos quantos queiram participar.
Projeto Línguas em Risco «oferece a todos os interessados na preservação das línguas uma plataforma on-line para guardarem e acederem a informação, investigações e pesquisas, partilharem recomendações e colaboração», refere o texto de apresentação da iniciativa, da responsabilidade da Google.
Suportado pela organização internacional Aliança para a Diversidade Linguística, a plataforma reúne informação sobre sete mil línguas, incluindo onde são faladas e quantos falantes têm na actualidade, permitindo ao utilizador enviar documentação sobre cada um dos idiomas citados, tanto em texto como em vídeo ou som.
Segundo, a Google línguas em vias de extinção são «metade daquelas faladas em todo o mundo». E acrescenta que a longo prazo o objectivo da iniciativa é que os investigadores destas línguas assumam a liderança do projecto e possam trabalhar em parceria com outras entidades interessadas na preservação destas línguas. 
No caso do mirandês, a entrada respectiva informa que está classificada como «vulnerável», é falada por 15 mil pessoas (dados apresentados respeitantes ao ano 2000) e contém informação vária, como a legislação sobre o seu ensino em Portugal.
Em terras de Miranda do Douro tem sido feito um trabalho de campo para a preservação da segunda língua oficial portuguesa. Recentemente, obras maiores da literatura nacional como a «Mensagem» e os «Lusíadas» de Fernando Pessoa, mas também de cariz internacional como o «Principezinho» de Antoine de Saint-Exupéry, foram vertidas para mirandês.
O investigador desta língua, Amadeu Ferreira, adianta que o mirandês está «em condições de contribuir, de modo autónomo, para o enriquecimento da literatura portuguesa». Além disso, defende que é fundamental «reestruturar todo o ensino da Língua, tornando-o obrigatório» e a promoção da fala entre as gerações mais jovens. 
 Depois do arranque, o projecto vai ser entregue pela Google às organizações First Peoples Cultural Council e Institute for Language Information and Technology (The LINGUIST List), da norte-americana Eastern Michigan University. As duas entidades irão desenvolver futuramente a plataforma.
No texto de apresentação desta iniciativa é apontado como exemplo a recuperação de uma língua usada antigamente na região do Médio Oeste americano e cujo último falante fluente faleceu em 1960.
Anos depois, Daryl Baldwin, um membro da tribo Miami, do estado norte-americano do Oklahoma, começou a ensinar a língua Miami-Illinois a partir de manuscritos históricos.
Actualmente, trabalha com a Universidade de Miami, no Ohio, onde continua a revitalizar o idioma com a publicação de artigos, ficheiros áudio e outros materiais educativos, conseguindo deste modo que crianças estejam a aprender a língua e a ensiná-la, elas próprias, aos colegas.


in:cafeportugal.net

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