Popularmente conhecido por Coronel Faria ou o Lendário Coronel, marcou o imaginário de muitos Mirandelenses.
Nasceu a 30.9.1897, na freguesia e concelho do Mogadouro. Filho do ilustre advogado e republicano Eduardo Ernesto de Faria e da professora e poetisa Laurinda Augusta de Abreu Faria. Faleceu a 6.1.95, em Mirandela. Estudou em Bragança e a seguir ingressou na Escola de Guerra, tendo feito parte do Corpo Expedicionário Português na 1 a Grande Guerra (1914-18) e na 2.' Grande Guerra combateu nos Açores.
Como cadete conheceu pessoalmente o Presidente Sidónio Pais, tendo lhe feito guarda de honra em 14.12.1918, dia em que foi assassinado. Foi combatente da República, sob o comando do General Hipólito Raposo, na Traulitada, em 19.2.1919, em Mirandela, contra Paiva Couceiro e as investidos da "Causa Monárquica".
A sua bravura valeu-lhe a medalha Torres Espada, de Valor, Lealdade e Mérito. Sendo de destacar, entre outras condecorações, a Medalha e Crachat da Ordem Militar de Aviz e de Cristo.
Foi ainda em Vila Real, no RI n.º 13, que mais marcou a vida castrense, até chegar a comandante e passou à reserva em 1960. Foi sócio fundador do Sport Clube de Mirandela e ajudou a adquirir o estádio de S. Sebastião.
A sua vida pode ser resumida nesta quadra do poeta mirandelense Abel Trigo Moutinho:
“Homem que nunca mendigou favores,
Ninguém atropelou aos empurrões.
A política era a voz dos corações
Dos que ainda hoje lhe rendem louvores”.
Jorge Lage
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