A intervenção no conjunto pictórico resultou de uma candidatura conjunta entre a DRCN e a Câmara de Freixo de Espada à Cinta, financiada pelo Programa Operacional do Norte (ON2), e que custou cerca de 57 mil euros.
Na intervenção foi ainda assegurada a conservação para o futuro deste "importante" espólio do século XVI. Ainda de acordo com Paula Silva, a Igreja Matriz de Freixo de Espada à Cinta poderás sofrer outras obras de restauro e consolidação da sua estrutura, aguardando para o efeito financiamento, através de fundo do Quadro de Referência de Estratégia Nacional.
Por seu lado, o vice-presidente da Câmara de Freixo de Espada à Cinta, Pedro Mora, sempre foi dizendo que ao fim de mais de uma dizia de anos “ foi devolvida a dignidade” a este património. “Concluímos este processo de recuperação dos painéis, que reflete a responsabilidade que os freixenistas têm com o seu património, já que nunca deixaram que a recuperação dos retábulos fosse feita fora da sua vila”, concluiu o autarca.
A DRCN promove agora uma exposição e acesso público às pinturas quinhentistas da Igreja Matriz de Freixo de Espada à Cinta.
A exposição já foi inaugurada sexta-feira e prolonga-se até 30 de setembro. Esta mostra permite, antes da recolocação do conjunto na capela-mor, um acesso excecional e privilegiado aos painéis, habitualmente colocados longe do olhar do visitante. Segundo os técnicos da DRCN, o conjunto de painéis encontrava-se em avançado estado de degradação, tem sido efetuada “ uma intervenção séria” que permitisse a sua recuperação e conservação. “Os painéis estavam muito mau estado, já que as infiltrações de água na igreja, fumo das velas e os dejetos de aves e morcegos causaram danos nas pinturas”, disse Isabel Costa, técnica da DRCN.
Toda intervenção obedeceu as técnicas de restauro morosa que envolveu uma equipa interdisciplinar. Ainda segundo a DRCN, as pinturas expostas são originárias de um anterior retábulo quinhentista e estiveram integradas na talha barroca que reveste as ilhargas da capela-mor, datada dos finais do Século XVII, inícios do século XVIII, adaptadas em quatro fiadas, sem qualquer sequência temática. A divulgação dos retábulos surgiu apenas em 1940, com a realização da exposição "Os Primitivos Portugueses".
Em 2004, pela realização de obras de consolidação estrutural da abóbada da capela-mor, confirmou-se o adiantado estado de degradação daquele importante acervo cultural. O conjunto retabular retrata passos da vida da Virgem e da Paixão de Cristo.
Durante muito tempo atribuído a Vasco Fernandes, o” lendário” Grão Vasco, constitui um acervo patrimonial "de indiscutível relevância local e nacional". Segundo os especialistas, a data provável da execução do conjunto pictórico está situada entre os anos de 1535 e 1540.
Por: Francisco Pinto
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Uma notícia e uma recuperação de louvar e principalmente por ter sido feita no interior do país.
ResponderEliminarSalvou-se a honra do convento, uma obra magnífica e a memória, a serem dele, de um dos grandes vultos da expressão artística deste país.