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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

O que se pisa é ouro no Planalto de Jales

Prospecção e pesquisa de ouro estão em vias de regressar a uma região que teve das mais importantes minas do Império Romano. Habitantes e autarcas perspectivam dias melhores.
No Planalto de Jales, em Vila Pouca de Aguiar, diz-se que o que se pisa é ouro. A história parece confirmá-lo.
As minas de Tresminas terão sido das mais importantes do Império Romano e eram geridas directamente pela guarda do Imperador. O auge da exploração de ouro terá ocorrido durante os séculos I e II. Depois, também os portugueses exploraram o filão do ouro em Campo de Jales até meados dos anos 90.
Augusto Silva foi mineiro durante 33 anos. A uma profundidade de 650 metros, o trabalho era duro, mas orgulha-se de ter tocado ouro com as suas mãos. "Tirei muitas toneladas de ouro cá para fora", conta. O minério extraído da Mina vinha em pedras: "Eram pedras em azul que tinham algumas pintinhas em amarelo, que é o arsénico. O azul é que era o ouro".
Luís Delgado também trabalhou nas antigas Minas de Jales e não tem dúvidas de que a zona "é rica em ouro". Sustenta a sua convicção com "as próprias pesquisas que têm sido feitas" e não esconde a satisfação por ver o regresso das prospecções - e possível exploração de ouro - à terra. "Será uma grande riqueza, será ouro sobre azul."
O fecho das minas foi um duro castigo para a região, mas o sol pode voltar a brilhar devido a um concurso lançado pelo Governo para retomar a prospecção e pesquisa de ouro. Norberto Pires, presidente da Junta de Freguesia de Vreia de Jales, diz que a história confirma a existência de subsolo dourado e perspectiva um futuro rico, já que a exploração de ouro "fixará de nova as pessoas na terra".
Norberto Pires refere que, "desde o fecho das antigas minas até agora, houve uma perda de população na ordem dos 20%". "Da forma como está, tudo será oportunidade para fixar pessoas e atrair outras e assim desenvolver a economia", sublinha.
Trinta quilos de ouro por mês
Atrair pessoas e desenvolver o concelho é também o que antevê Domingos Dias, presidente da Câmara de Vila Pouca de Aguiar, que sorri com a possibilidade de voltar a ser explorado ouro no concelho. "Chegaram a trabalhar 800 trabalhadores nas minas de Jales, no pico das explorações, e eram extraídos 30 quilos de ouro por mês - um quilo por dia", revela.
O autarca realça que há "uma mais-valia muito grande em Jales", que espera ver repercutida no concelho "com a criação de emprego e de riqueza".
Esta quinta-feira pode bem ser um dia de ouro para as terras de Jales - vai ser conhecida a empresa que vai fazer prospecções e pesquisas do metal precioso. Ao vencedor será concedida uma área para a exploração experimental pelo período de três anos e uma outra área adjacente para prospecção e pesquisa.
Nesta primeira fase, a empresa que vencer tem um caderno de encargos que prevê um investimento que ronda os dois milhões de euros. Passados os três anos iniciais, pode ser solicitada uma concessão definitiva e, com isso, pode arrancar a exploração normal. Caso se concretize, prevê-se que o investimento possa rondar os 100 milhões de euros.

Olímpia Mairos in Renascença

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