quarta-feira, 29 de agosto de 2012
Freguesias rejeitam aglomeração
A aglomeração de freguesias não é pacífica no concelho de Bragança. Pelo menos três freguesias já decidiram em Assembleia de Freguesia não aceitar a fusão no âmbito da reforma administrativa.
Rabal é uma delas.
O autarca local diz que a população não aceita ser anexada a freguesias vizinhas.“A opção mais viável seria Meixedo vir para Rabal, mas como Meixedo escolheu noutro sentido.
Rabal ficaria pendente entre França, Baçal, Aveleda e Carragosa, que é a área geográfica com quem confina, mas nós não concordamos com este tipo de reorganização”, afirma o autarca. Paulo Hermenegildo prefere que seja a Comissão Técnica nomeada pelo Governo a decidir.
O autarca diz que não foi eleito para ser o agente funerário da freguesia que representa.“Eu temo é que esta reorganização vá para a frente. Fui eleito para ser presidente de Junta e para gerir a minha Junta de Freguesia e não compactuar com esta decisão redutora do desenvolvimento local e regional.
Eu não temo que venha a Comissão técnica a decidir. Os presidentes da Junta não foram eleitos para ser os agentes funerários das suas freguesias”, defende o presidente da Junta.A freguesia de Sendas também não aceita aglomerar-se.
O presidente da Junta, Dinis Pinela, não teme que a fusão seja feita por uma comissão externa.“Se cairmos caímos de pé. É o sentimento que reina na nossa freguesia. Achamos que cumprimos os critérios e por isso não vamos concordar com esta medida”, defende o autarca.Deilão também já disse não à fusão.
O secretário da Junta, Fernando Cabecinha, garante que a população vai lutar pelo estatuto de freguesia.“Não é que Deilão tema nada contra S. Julião. Mas nós temos aqui uma área enorme, dita 22 quilómetros de Bragança, a anexa Petisqueira fica a 30 quilómetros e iríamos ficar mais isolados”, defende Fernando Cabecinha.
Entretanto o deputado do PS eleito por Bragança também já se pronunciou sobre esta matéria.
Mota Andrade teme os efeitos negativos para a região de uma aglomeração feita a régua e esquadro.“Vai ficar entregue a uma comissão técnica que não se sabe de quem depende, está pendurada na Assembleia da República. E vão ser estes senhores que vão dividir o País a regra e esquadro. Por isso, temo que o pior venha aí”, realça o deputado.
A reforma administrativa a dividir os autarcas de Bragança, que não querem ter um papel activo na aglomeração das freguesias que representam.
Escrito por Brigantia
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