Número total de visualizações do Blogue

Pesquisar neste blogue

Aderir a este Blogue

Sobre o Blogue

SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

O Criado Lobisomem

Local: VINHAIS, BRAGANÇA
Informante: Guilhermino Bernardino Fernandes (M), 70 anos


Conta-se em algumas aldeias transmontanas que, certo dia, um homem recolheu em casa um criado para trabalhar na sua fazenda. Porém, passado algum tempo, o dono da casa começou a aperceber-se que, durante a noite, havia ruídos estranhos vindos do sítio onde o criado dormia. 
 Uma noite, o homem resolveu tirar tudo a limpo e pôs-se a vigiar o criado, acabando por descobrir que era costume, à meia noite, ele sair de casa para ir correr fado. 
 — Tenho um lobisomem em casa! — disse para consigo. — Está ele desgraçado e estou eu! 
 No entanto, como se tinha já afeiçoado bastante ao criado, resolveu não lhe dizer nada. E nem quis pensar, sequer, em pô-lo fora de casa, pois, para isso, teria de dizer-lhe o motivo. Tratou foi de procurar uma forma de o ajudar. 
 Assim, certa noite, uma noite gelada de Inverno, esperou que ele saísse de casa e foi no seu encalço até à encruzilhada onde ia espojar-se. Quando o criado se despiu, o patrão assenhorou-se da roupa sem que ele se apercebesse e foi queimá-la à beira do rio. Depois regressou a casa e trancou-lhe a porta. 
 Ao levantar-se na manhã seguinte, o dono da casa abriu a porta e encontrou o criado morto na soleira. Estava nu e enregelado. Sem a roupa que o patrão queimara, o infeliz havia sucumbido ao frio da noite.

Fonte:PARAFITA, Alexandre Antologia de Contos Populares

Sem comentários:

Enviar um comentário