Está emperrado e a aguardar viabilização financeira o projecto Rota das Catedrais fruto de um acordo de cooperação entre a Conferência Episcopal Portuguesa e o Ministério da Cultura, admitiu o secretário de Estado da Cultura, durante uma deslocação a Sendim, em Miranda do Douro, no passado dia 4 de Agosto.
“Há atrasos conjunturais, relacionados com a reprogramação dos fundos comunitários”, explicou José Mário Viegas, que garantiu que “o projecto não pode parar”, explicando ainda que estão a ser envidados esforços para que a situação seja desbloqueada em breve. “As coisas não avançam por falta de dinheiro, só por isso, não é por falta de vontade, nem falta de empenhamento”, sublinhou.
Anunciada com pompa e circunstância em Junho de 2009, a Rota das Catedrais, que incluiu a Catedral de Bragança, nomeadamente o novo edifício e a velha igreja da Sé, bem como a Concatedral de Miranda do Douro, ainda não saiu do papel, todavia José Mário Viegas assegurou que o projecto “está de pé”.
A Secretaria de Estado da Cultura está a renegociar o investimento, mas o governante deixou a promessa de que é uma iniciativa “decisiva e um dos projectos centrais para a área do património”. A Rota das Catedrais foi lançada pelo anterior Governo como forma de afirmação do valor religioso, histórico, cultural, simbólico e patrimonial das Catedrais portuguesas.
O projecto tem como objectivo devolver a estes monumentos uma atenção global e corresponsabilizante, assumindo-se como dinamizador de uma actuação concertada não apenas para acudir a situações de mais evidente degradação, mas sobretudo para alcançar a capacitação dos monumentos, através de uma qualificada intervenção de recuperação e conservação de valores patrimoniais inestimáveis.
Na Rota estão associadas várias Catedrais e Concatedrais, como a Catedral de Vila Real, a Sé de Elvas, a Sé Velha de Coimbra ou a Sé de Silves, num total de 25 edifícios religiosos.
Por: Glória Lopes
in:mdb.pt
Sem comentários:
Enviar um comentário