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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Miranda do Douro: Artesão de Sendim constrói palhetas únicas para as tradicionais gaitas de foles

Um artesão de Sendim, concelho de Miranda do Douro, é o único construtor de palhetas no país destinadas em "exclusivo" às tradicionais gaitas de fole mirandesas e transmontanas, instrumentos de sopro caracterizados pelo seu timbre peculiar.
"No início, a construção de palhetas para gaita de fole era um passatempo. Atualmente, tenho-me dedicado com mais afinco ao estudo e fabrico destes artefactos musicais, já que a procura é constante por parte dos músicos", explicou Henrique Fernandes.
Por semana, o artesão chega a construir mais de meia de centena de palhetas. Porém, a sua procura é crescente e o “stock” depressa se esgota, tudo porque os instrumentistas aparecem um pouco de todo o país.
Nem o preço de 10 euros por unidade, com tendência para uma subida, devido ao aumento do custo da matéria-prima e de impostos como o IVA, faz demover os amantes das gaitas de fole na aquisição de uma série de palhetas por cada instrumento.
"Uma boa palheta é fundamental para se conseguir um som mais genuíno. Por esse motivo, é preciso escolher os materiais e aplicar técnicas que permitam respeitar a tradição e integridade do instrumento”, destacou.
A matéria-prima destinada à construção deste pequeno objeto musical é importada diretamente de França, devido à qualidade da cana, que está na origem das palhetas.
Depois de escolhido o pedaço de cana, têm de ser aplicadas as medidas certas, que serão depois adaptadas às gaitas de foles, tanto mirandeses como transmontanas, já que se tratam de dois instrumentos muito semelhantes, mas com sonoridades distintas.
"A palheta vai-se degradando com o tempo e, por isso, cada tocador tem obrigatoriamente de ter as suas reservas", observou o artesão.
Henrique Fernandes, também sargento do Exército, depressa se apercebeu que a falta de palhetas para as gaitas de foles era uma constante, facto que obrigava ao recurso ao mercado espanhol, que desvirtuava o som característico das gaitas de fole.


in:rba.pt

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