sábado, 22 de setembro de 2012
Pouco mais de 20 pessoas juntaram-se em Bragança contra medidas de austeridade
Pouco mais de 20 pessoas aderiram, em Bragança, à concentração marcada para a hora em que decorre, em Lisboa, o Conselho de Estado, desapontadas pela fraca adesão numa região onde consideram existirem razões acrescidas para protestar.
Bragança "tem ainda mais razões para se manifestar", na opinião de Sandra Liberal, nomeadamente pelas carências desta região do interior, como as vias de comunicação, mas foram poucos os que se juntaram, como ela, na Praça Cavaleiro de Ferreira.
"Este povo deve estar todo rico", desabafa outra manifestante, corroborada por Branca Garcia, de 70 anos, que fez questão de estar presente, lamentando o "comodismo" da cidade quando vê "que há pobreza".
Os cartazes e faixas com frases de protestos concorriam em número com os presentes, um dos quais transportados por uma menina com a pergunta: "Os meus pais estão desempregados, o que vai ser de mim?".
José Pires passava no local ao final da tarde, "por acaso", e sentou-se na praça desconhecendo que tinha sido convocada, pelas redes sociais, uma concentração/vigília.
Não desconhece, todavia, "a reunião de hoje com o presidente da República" e sabe que "há uma contestação do povo" que "está contra este Governo e contra as medidas que está a tomar".
José acredita que, no caso de Bragança, "o povo não se deve ter apercebido de que havia a manifestação", mas confessa que gostava de "ver a praça e a cidade cheia contra este Governo".
Sandra Liberal acha que "as pessoas estão à espera" dos resultados do Conselho de Estado" e que se a situação "não se resolver pode ser que se manifestem mais".
Lusa
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