O prolongamento do contrato de concessão, que tinha terminado em Janeiro, e que a operadora havia conseguido através de um acordo com o Governo, por meio de ajuste direto, acabou sem a empresa ter qualquer indicação para continuar.
O autarca de Bragança, Jorge Nunes, garantiu que o secretário de Estado das Obras Públicas, Sérgio Silva Monteiro, lhe deu a indicação de que se trata de “uma interrupção”, durante uma reunião, em Lisboa, na passada sexta-feira, onde também participou o autarca de Vila Real, Manuel Martins. “O objectivo é encontrar outro modelo de subvenção para a ligação, cujos contornos não estão totalmente definidos”, explicou Jorge Nunes.
A Comissão Europeia terá manifestado reservas ao modelo de subvenção financeira existente (ao passageiro residente). A situação suscita reservas aos autarcas, “atendendo às circunstâncias e às limitações do mercado aeronáutico no país e ao mercado regional, no que respeita aos utilizadores, “podemos estar perante um eventual início de fim da ligação aérea, o que significaria um retrocesso de mais de 15 anos”.
Num cenário “optimista”, informou a tutela, a ligação aérea será reposta até fevereiro. Sérgio Silva Monteiro terá dito aos autarcas que durante a próxima semana obteria a concordância do Comissário Europeu dos Transportes, e que de imediato iria anunciar e desenvolver o procedimento de modo garantir que as viagens sejam retomadas.
A ideia será criar uma subvenção com financiamento ao passageiro transferindo parte do risco para o operador, o que “aparentemente não parece desajustado, mas não está bem definido e o contexto está condicionado por uma realidade adversa”. Esta situação arrasta-se desde 2011, porque o Governo não lançou o concurso público para a adjudicação da linha.
Em setembro do ano passado o município de Bragança havia proposto hipóteses de tornar o serviço mais atractivo, de o melhor, com uma procura mais ativa. Os autarcas decidiram esperar até março para ver se a ligação prossegue. Nessa altura será feita uma reunião com várias entidades regionais para fazer o ponto da situação “se as coisas estiverem mal temos de tomar uma atitude contrária”, sublinhou.
Jorge Nunes tinha o compromisso do primeiro ministro de que a ligação era para continuar, “esta interrupção belisca a imagem do primeiro ministro junto dos transmontanos”.
in:mdb.pt
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