Em menos de um mês, um apicultor de Souto da Velha, no concelho de Torre de Moncorvo, foi alvo de dois furtos, cujos prejuízos representam cerca de dois mil euros, pois já ficou sem 14 colmeias.
Na aldeia de Lombo, em Macedo de Cavaleiros, também na última semana houve prejuízos com origem semelhante.
É um desalento para quem trabalha e vê o seu esforço roubado por outros. No ano passado, os furtos começaram em março, este ano desde novembro que vêm sendo registados casos. “Nos últimos tempos há relatos de furtos todas as semanas”, referiu Francisco Rogão, apicultor e comerciante do setor em Macedo de Cavaleiros.
Os apicultores da região dizem que a situação está a atingir proporções “preocupantes e alarmantes”. Já estão a tentar todos os meios disponíveis para minimizar o problema. “Para quem tem material de valor em campo é uma preocupação pensar que as coisas estão ali à mão de semear dos amigos do alheio”, acrescentou.
Em Macedo de Cavaleiros e Mirandela muitos organizaram-se em equipas de vigilância para tentar evitar os furtos, fazendo rondas. Dizem que não se podem dar ao luxo de estar em casa a dormir enquanto os apiários são alvos fáceis de gatunos. Somam ao esforço físico e mental, as horas roubadas ao sono e à família, os gatos em combustível, refeições e tempo. Não têm alternativa.
Outros estão a recorrer às tecnologias, instalando câmaras de filmar e sistemas localizadores GPS. “Pouco mais podemos fazer. Seria preciso mais vigilância das autoridades”, referiu o apicultor. Estas tecnologias implicam um investimento, “que acresce ao que já temos”, dizem. Além de que é incomportável financeiramente instalar um sistema em cada colmeia. “Num apiário de 50 colmeias nem todas podem ter GPS, logo podem roubar as que não têm”, afirmou o comerciante.
in:mdb.pt
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