quarta-feira, 26 de dezembro de 2012
Turismo Porto e Norte - Produtos de qualidade potenciam «notoriedade da região»
Enchidos, carnes e queijos com certificado de qualidade, provenientes do Norte de Portugal, ganharam projecção nos últimos anos e contribuem para a entrada de dinheiro na região. O presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP), Melchior Moreira, considera que se trata de «um importante recurso turístico do território, permitindo que o produto «Gastronomia e Vinhos» se afirme como relevante para a promoção do destino».
Do Minho a Trás-os-Montes existem quase 40 produtos regionais da área agroalimentar classificados pela União Europeia com certificado de qualidade, seja de Denominação de Origem Protegida (DOP) ou Indicação Geográfica Protegida (IGP). Queijos, carnes, vinhos, enchidos ou mel movimentam valores «na ordem dos 200 milhões de euros anualmente» na região Norte, referiu recentemente o Director Regional de Agricultura e Pescas do Norte, Manuel Cardoso.
Uma notoriedade dos produtos nortenhos que o presidente do TPNP, Melchior Moreira, classifica como «uma oferta diferenciadora que tem na sua base, não só quantidade, como uma enorme qualidade, advindo daí, também, a importância dos produtos endógenos da Região Norte para a crescente notoriedade deste destino de férias».
«São produtos de excelência que se vêm afirmando no mercado e com uma satisfação crescente por parte dos consumidores. Aliás, estes produtos afiguram-se mesmo como mais um importante recurso turístico da região Norte, permitindo que a “Gastronomia e Vinhos” se afirme como um relevante produto para a promoção do destino», considera Melchior Moreira.
Apesar de não dispor de dados concretos, o responsável realça que a tendência, acompanhada pelo TPNP, em algumas feiras locais, tem sido a do crescimento do mercado dos enchidos, queijos e carnes na região Norte de Portugal.
«Para além disso, nas nossas acções de promoção, quer no mercado interno, quer no mercado interno alargado, temos vindo a contar com um crescente entusiasmo e o estabelecimento de parcerias com empresários e municípios. Aliás, julgo que é mesmo fundamental o papel que os mesmos têm vindo a desenvolver na preservação e promoção destes saberes e sabores que vão perdurando no tempo e mantendo a nossa identidade gastronómica. Com produtos de qualidade e únicos, a promoção do território é bem mais fácil e o retorno informativo das parcerias é bem positivo», vinca.
Melchior Moreira recorda que sempre que há uma aposta nos produtos endógenos, «isso significa estarmos a apostar no desenvolvimento da economia local e regional». Para além disso, «pelos atributos dos produtos em si, sabemos que para quem conhece, facilmente os consome».
Todavia, sustenta que «não podemos esquecer que o mercado nacional está cada vez mais atento ao que de melhor existe para oferecer. A garantia de qualidade e a certificação destes produtos são essenciais para a decisão de compra. Sem estes requisitos, não haverá trocas comerciais, o que provoca uma aceleração da desertificação das nossas comunidades rurais e o território ficará mais empobrecido económica e culturalmente. Na conjuntura actual, estes produtos poderão fazer a diferença na viabilidade económica de algumas empresas, de cariz familiar e até no próprio sector da restauração», salienta Melchior Moreira.
Todo este sucesso tem de ser capitalizado em termos de dormidas, recorda o responsável. Os dados oficiais no Instituto Nacional de Estatística (INE) indicam que as dormidas no Norte de Portugal voltaram a crescer 2,1% em Setembro último, contrariando os anteriores cinco meses de resultados negativos.
Nesta medida, o presidente da TPNP afirma que «estamos conscientes da importância que representa o mercado nacional na dinâmica turística da região».
«Apesar das dificuldades que têm surgido, os empresários do Norte têm sabido combater as mesmas com sabedoria e empenho. Estamos conscientes que poderemos sempre fazer mais e melhor se trabalharmos em conjunto e, a uma só voz, não sendo por acaso que sempre defendemos a promoção interna e externa com base numa estratégia comum, em prol da imagem e da interiorização do destino», explica Melchior Moreira.
Com a actual crise económica, «é indubitável apostar no que é nosso», e «agora muito mais e sobretudo tendo em consideração o muito que de bom temos».
«Embora isto se deva aplicar a todos os sectores, em Turismo é imperativo apostar e promover o mais possível. Para isso, precisamos que todos se esforcem no sentido de encarar o sector turístico como vital para a economia deste país».
Para Melchior Moreira, a «promoção da região e do país deverá contemplar os dois mercados adequadamente», o interno e o externo. «O mercado interno é fundamental e nós temos felizmente sentido o que isso representa para nós. No entanto, não podemos esquecer que há países no mercado externo com elevado poder de compra, dispostos a conhecer a região e que não queremos perder de mira», vinca, referindo-se a mercados emergentes como o Brasil.
«Para além disso, temos vindo a registar o crescimento no Porto e Norte de outros mercados como o italiano ou o alemão, bem como, não devemos esquecer a aposta continuada nos tradicionais mercados, como Espanha, França, ou o Reino Unido, de entre outros. Isto apena para dizer que a aposta deverá ser sempre, tanto no mercado interno, como no mercado externo», conclui o presidente do TPNP.
Ana Clara: Fotos - TPNP
in:cafeportugal.net
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