A Orquestra de Foles faz-se com a gaita-de-foles e a gaita transmontana, acompanhadas por percussões tradicionais, como caixas e bombos, assim como as flautas de tamborileiro.
O grupo nasceu em 2011, no seio da Associação Gaita-de-Foles, com o objectivo de «primeiro dar continuidade ao trabalho feito pela Escola de Gaitas da Associação e integrar os alunos que acabam o curso num grupo semi-profissional dando-lhes assim uma mais-valia na sua formação. Em segundo lugar o grupo também tem a função de representar a Associação e de divulgar a Gaita-de-foles», explica o director musical, Vasco Ribeiro Casais.
O projecto destaca-se no panorama musical não só pelos instrumentos, mas também pelos arranjos feitos com temas tradicionais portugueses, «de Torres Vedras a Trás-os-Montes, e também alguns temas galegos», adianta Vasco.
A Orquestra de Foles prepara-se para, em breve, apresentar composições originais. «Uma das coisas que nos diferencia de outros grupos deste género é o tipo de arranjos que temos feito. Temos trabalhado bastante a parte das gaitas tocando em várias vozes, muitas vezes chegando a resultados parecidos com a música erudita e, por outro lado, temos procurado dar muita força a toda a secção rítmica fazendo um trabalho de percussão muito elaborado e com muita força», pormenoriza o director musical.
No total são dez os membros desta Orquestra, embora o número varie «dependendo dos alunos que acabam o curso e que querem fazer parte deste projecto», que se preparam para a curto prazo editar um disco.
«Depois do disco queremos continuar o nosso trabalho divulgando a gaita-de-foles por Portugal e pelo mundo», sublinha Vasco Ribeiro Casais.
Além de fazer música, um dos objectivos da Orquestra de Foles é promover este instrumento e a sua sonoridade. Para Vasco Ribeiro Casais, «em geral» a sociedade valoriza e aprecia a gaita-de-foles.
«Os comentários que recebemos são sempre muito bons. Claro que ainda existe um grande desconhecimento em relação aos nossos instrumentos, a maioria das pessoas pensa sempre que as gaitas são da Escócia», comenta.
O combate a esta ideia e o incremento do interesse por parte da sociedade faz-se, defende o nosso interlocutor, com «mais divulgação e interesse», aspectos que «vêm com o tempo».
«Neste momento já existe em Portugal um número significativo de gaiteiros e a escola da Associação já chegou a ter cerca de 40 alunos anualmente. Existe um movimento considerável em torno do instrumento», conclui.
A Orquestra de Foles percorre o país. Apresentações que podem ser acompanhadas no site da Associação Gaita-de-Foles.
Sara Pelicano; Foto: Associação Gaita-de-Foles
in:cafeportugal.net
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