Seis meses depois da suspensão do serviço, os autarcas de Bragança e Vila Real nada sabem sobre o ponto em que está o processo para que se retomem as ligações aéreas entre Trás-os-Montes e Lisboa e queixam-se de gastar dinheiro com dois aeroportos que não servem para coisa alguma.
O Governo prometeu resolver o assunto até março mas, findo o prazo, o social democrata Jorge Nunes, presidente da câmara de Bragança diz na TSF que «o secretário de Estado [dos Transportes] tem dado alguma informação, muito sumária a dizer que continuam a aguardar a aprovação do modelo de financiamento».
«Da nossa parte desconhecemos completamente qual o modelo de financiamento e operação que está desenhado, quais são as condições financeiras», garante o autarca que desconhece se o que está em estudo «representa sustentabilidade e atratividade, quer do ponto de vista dos potenciais operadores, quer do ponto de vista dos passageiros».
Quando o serviço foi suspenso, há meio ano, o Governo alegou que a União Europeia (UE) não autorizava o modelo de financiamento estatal. Esse representava 2,5 milhões de euros. A solução alternativa passaria por substituir o subsídio dado à empresa que assegurava as ligações por um modelo de subvenção dos utentes do serviço.
Enquanto o caso não se resolve, Jorge Nunes sublinha que há despesas que continuam a pesar nos orçamentos das duas autarquias já que «tanto Bragança como Vila Real dispõem de infraestruturas aeroportuárias bastante desenvolvidas, certificadas, que custam imenso dinheiro em manutenção de pessoal, das proprias infraestruras, de seguros e de responsabilidades diversas».
A TSF tentou saber junto do secretário de Estado dos Transportes em que ponto está o processo, mas não foi possível.
TSF
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