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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Pastorícia - Lei da fiscalidade é um «atentado» aos pastores e ao mundo rural


A acusação é da Associação dos Pastores Transmontanos (APT) e prende-se com a recente lei sobre fiscalidade para o sector agrícola. A APT alerta para a «incapacidade» do Governo de «resolver os problemas tradicionais de classe». Os pastores continuam a reclamar alguns dos direitos expressos num documento com 30 anos, a Carta de Alforria.
No final de Abril, cerca de cem pastores provenientes de Trás-os-Montes reuniram-se no âmbito da IX Assembleia Geral da Associação dos Pastores Transmontanos. O momento serviu para debater os problemas que afectam a classe profissional e tecer críticas ao Governo «pela sua incapacidade em resolver os problemas tradicionais de classe e pela recente legislação sobre a fiscalidade para todo o sector agrícola», pormenoriza a direcção da APT.
A promulgação da recente lei sobre a fiscalidade, que obriga todos os produtores a colectarem-se e a inscreverem-se coercivamente na Segurança Social independentemente do que cultivam, seja para auto-consumo ou para o mercado, grandes ou pequenos, com posses ou sem elas, é, na perspectiva daquele movimento associativo, um «rude golpe» para a profissão.
A APT esclarece que «esta Lei é impracticável, injusta e liquidacionista das micro-explorações pecuárias, é em suma, um atentado à nossa profissão e ao mundo rural» e conclui que «o Governo, com estas políticas, demonstra a sua incapacidade no sector agro-rural».
Os pastores reunidos em Vila Pouca de Aguiar homenagearam os colegas de profissão que há 32 anos proferiram a primeira carta de alforria para reclamarem «o direito e a liberdade de apascentação dos rebanhos em terras baldias; a defesa e melhoria sanitária dos animais; um seguro de reses e de rebanhos, com prémios baixos; pagamentos dos prejuízos provocados pelos lobos e as questões sociais desta classe».
Passadas três décadas sobre aquele documento, os pastores continuam a reclamar alguns direitos ali expressos. A APT diz que «continuamos, em muitas aldeias da região, a ter condicionalismos na apascentação dos animais, na comercialização dos cordeiros e cabritos, não obstante a sua qualidade intrínseca. As explorações da região continuam a ser fortemente afectadas nos seus estatutos sanitários».
Os pastores transmontanos reclamam ainda o excesso de burocracia para emissões de guia de transporte de animais, acesso a apoios comunitários e alertam para «os prejuízos causados pelo uso indevido dos herbicidas por parte de autarquias, e não só, em plena via pública e zonas de trânsito dos animais, com as Entidades Oficiais a não actuar com o pretexto de não existir legislação para tal».
No final da Assembleia Geral, os pastores sublinharam a necessidade de melhoraria das políticas agro-rurais na próxima reforma da Política Agrícola Comum 2014/2020 e de maior sensibilização governamental para os problemas do sector agrícola e do mundo rural.

in:cafeportugal.net

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