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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 9 de julho de 2013

A velha e o carvão

Local: MIRANDELA, BRAGANÇA

Uma velhota de Vila Verdinho, concelho de Mirandela, andava um dia a guardar umas ovelhas num campo pegado à aldeia, quando lhe apareceram três mouras a pedirem-lhe um pouco de leite para matarem a sede. 
    A velhota, como era pessoa bondosa, foi logo mugir as ovelhas, deu o leite a beber às mouras e ainda lhes ofereceu parte da merenda que tinha consigo. As mouras agradeceram e uma delas pega então nuns pedaços de carvão e dá-lhos como paga, dizendo que os guardasse até casa e que não se arrependeria. 
    Ela guardou os pedaços de carvão no avental, mas, quando ia a caminho de casa, com medo que o marido viesse a saber que tinha dado o leite às mouras, resolveu atirá-los fora. Mais tarde, já em casa, ao sacudir o avental, viu que uns restinhos do carvão se tinham transformado em bocadinhos de ouro. O marido, que estava ao pé, ficou muito admirado, obrigando-a a contar tudo. Soube então da história do carvão e logo trataram de ir os dois, muito ligeiros, à procura dos bocados que ela tinha atirado fora no caminho. 
    Mas já nada encontraram. Há quem diga que ainda lá andam, para cá e para lá, a saber do carvão.

Fonte:PARAFITA, Alexandre A Mitologia dos Mouros: Lendas, Mitos, Serpentes, Tesouros Vila Nova de Gaia, Gailivro, 2006 , p.280

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