A maior transformadora e exportadora de castanha, a Sortegel, de Bragança, está a alargar a área de negócio a outros produtos agrícolas com a promessa de ajudar os pequenos agricultores a escoar toda a produção, informou a empresa.
Criada há 25 anos, a empresa tornou-se numa referência da castanha, um dos produtos agrícolas mais rentáveis da região transmontana, com clientes em 12 países e as exportações a representarem quase 80% da faturação anual de 17 milhões de euros.
Aplicar a experiência e conhecimento deste negócio a outros produtos da região é a aposta para a nova fase de expansão, com um convite aos pequenos produtores locais para que se juntem ao projeto, como indicou à Lusa o presidente do Conselho de Administração, José Alfonso Mateo Garcia.
"Pretendemos ser dinamizadores dos produtos de Trás-os-Montes, que outras produções se juntem a nós e utilizem o conhecimento que temos para colocar os produtos internacionalmente", afirmou.
A empresa garante "uma cadeia de escoamento, experiência de venda no estrangeiro e espaço para produzir, embalar e congelar" produtos como a amêndoa, azeitona ou a mais variada fruta.
A estratégia passa, para já, por criar uma rede de pontos de venda nos grandes mercadores abastecedores do país.
Segundo o presidente, desde 01 de julho que abriram dois locais de venda no Mercado Abastecedor de Lisboa, onde se estão "a escoar produtos da região: cereja, pêssego, melão, azeite, azeitona, batata".
Numa região onde a maioria dos que trabalham a terra são pequenos agricultores, a empresa promete escoar-lhes "a produção toda, já com preço marcado".
"Os produtores ganham em terem a certeza quando se associam a nós do escoamento da produção e o preço que lhe garantimos logo", sustentou.
A empresa "ganha mais volume de negócio e fixa fornecedores com uma recolha mais alargada e variada de produtos", segundo os responsáveis que acreditam estarem também a dar resposta a uma lacuna na região: a falta de uma rede de concentração ou recolha das produções.
A Sortegel, instalada em Sortes (Bragança), foi criada por um grupo de agricultores da região e operadores ligados à comercialização de produtos alimentares e adquirida, em 2002, pelo Grupo Galilei".
"Vive numa situação de autonomia financeira, sem sentir a crise", segundo garantiu outo administrador, Vasco Veiga, que atribui o "desafogo financeiro" às exportações e à ligação da empresa à terra.
A empresa trata perto de um terço das 30 a 40 mil toneladas de castanha da Terra Fria Transmontana, a zona de maior produção nacional.
Garante uma centena de postos de trabalho permanentes, número que ascendem a 150 nos meses de campanha.
Da produção anual de castanha, cerca de 25% destina-se à comercialização em fresco e os restantes ao descasque, congelação e transformação.
A empresa coloca este produto em países como França, Espanha, Inglaterra, Itália, Suíça, Hungria, Grécia, Alemanha, Japão ou Brasil.
Para além da castanha, congela e comercializa outros produtos como a framboesa e o morango de montanha que produz nas suas propriedades e está a incentivar os agricultores a cultivarem.
HFI // JGJ
Lusa/fim
Número total de visualizações do Blogue
Pesquisar neste blogue
Aderir a este Blogue
Sobre o Blogue
SOBRE O BLOG:
Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço.
A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)
(Henrique Martins)
COLABORADORES LITERÁRIOS
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário